Terra dos orixás fica lá embaixo no mapa
Escrito por Laís Duarte
2 de fevereiro – dia de Iemanjá
Às margens do rio Guaíba, os orixás são cultuados com respeito e bombachas. Dados do IBGE chocam até os mais crentes: o Rio Grande do Sul é o estado que proporcionalmente concentra o maior número de adeptos da umbanda e do candomblé no País: 1,63% da população declara que segue a religião dos orixás. Famosa por seus terreiros e mães de santo, a Bahia tem um número bem menor. Apenas 0,09% dos baianos afirma ser da religião, ou da nação, como dizem os gaúchos. No Brasil todo, são 0,3%.
No Rio Grande do Sul, os terreiros se multiplicam com o ritmo dos tambores. São cerca de 30 mil divididos em três vertentes: batuque (a mais tradicional), umbanda e linha cruzada.
A fotógrafa gaúcha Mirian Fichtner, descendente de europeus, nasceu mergulhada no catolicismo. Qual não foi sua surpresa ao saber que ali, no quintal de casa, a informação oficial do censo apontava uma devoção imensa e quase desconhecida. Resolveu investigar com câmera a tiracolo os mistérios que regem esses templos. Pediu licença em cada terreiro e dedicou quatro anos de seus cliques às religiões africanas no Sul dos olhos azuis. Ficou tão íntima que as entidades, incorporadas em pais e mães de santo, deram à fotógrafa a alcunha de “moça-luz”, por causa dos flashes disparados a torto e a direito.
Da sensibilidade dela, unida à fé dos filhos de santo, brotaram mais de 10 mil fotos. Retratos de uma África transportada para a região com mais descendentes de europeus no Brasil. Por lá, os orixás gostam mesmo é de chimarrão e churrasco.
SAIBA MAIS
Cavalo de Santo – Religiões Afro-gaúchas, de Mirian Fichtner (edição do autor, no prelo).
Escrito por Laís Duarte
2 de fevereiro – dia de Iemanjá
Às margens do rio Guaíba, os orixás são cultuados com respeito e bombachas. Dados do IBGE chocam até os mais crentes: o Rio Grande do Sul é o estado que proporcionalmente concentra o maior número de adeptos da umbanda e do candomblé no País: 1,63% da população declara que segue a religião dos orixás. Famosa por seus terreiros e mães de santo, a Bahia tem um número bem menor. Apenas 0,09% dos baianos afirma ser da religião, ou da nação, como dizem os gaúchos. No Brasil todo, são 0,3%.
No Rio Grande do Sul, os terreiros se multiplicam com o ritmo dos tambores. São cerca de 30 mil divididos em três vertentes: batuque (a mais tradicional), umbanda e linha cruzada.
A fotógrafa gaúcha Mirian Fichtner, descendente de europeus, nasceu mergulhada no catolicismo. Qual não foi sua surpresa ao saber que ali, no quintal de casa, a informação oficial do censo apontava uma devoção imensa e quase desconhecida. Resolveu investigar com câmera a tiracolo os mistérios que regem esses templos. Pediu licença em cada terreiro e dedicou quatro anos de seus cliques às religiões africanas no Sul dos olhos azuis. Ficou tão íntima que as entidades, incorporadas em pais e mães de santo, deram à fotógrafa a alcunha de “moça-luz”, por causa dos flashes disparados a torto e a direito.
Da sensibilidade dela, unida à fé dos filhos de santo, brotaram mais de 10 mil fotos. Retratos de uma África transportada para a região com mais descendentes de europeus no Brasil. Por lá, os orixás gostam mesmo é de chimarrão e churrasco.
SAIBA MAIS
Cavalo de Santo – Religiões Afro-gaúchas, de Mirian Fichtner (edição do autor, no prelo).
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