HISTÓRICO
Com o crescimento em todo o país, das manifestações de Intolerância Religiosa, a ASSOCIAÇÃO CULTURAL, RELIGIOSA E BENEFICENTE “COMUNIDADE DE OYÁ E DE OGUN” se propôs a organizar mais um projeto, que contribuísse com o processo de resistência, contra a discriminação e o preconceito.
Desta vez o segmento escolhido foi o formado pelos adeptos das Religiões Afro-brasileiras, que eram Policiais Militares.
Inspirado num trabalho semelhante, já existente no Estado da Bahia, o NAFRO-PM/SP surgiu de uma conversa e sugestão de um dos seus integrantes, o Babalorixá Pece de Oxumarê, liderança Religiosa da Casa de Oxumarê – Salvador/BA, que informou ao Babalorixá Flávio de Yansan que um Grupo de Policiais Militares, adeptos dos cultos afro-brasileiros, formavam o NAFRO-PM/BA e, que no Estado de São Paulo, os PM´s dos cultos afros, também poderiam se organizar para realizar uma ramificação do NAFRO baiano.
Sabendo que na Polícia Militar do Estado de São Paulo, existiam representantes de outros credos, o Babalorixá Flávio de Yansan achou que também seria um direito dos Cultos Afro-brasileiros serem representados na PM Paulista, entendendo que desta forma o Estado Laico, definido na Constituição Federal do Brasil de 1988, estaria sendo fortalecido.
O primeiro contato, para os esclarecimentos de como estruturar o NAFRO-PM/SP, aconteceu na sede da ASSOCIAÇÃO CULTURAL, RELIGIOSA E BENEFICENTE “COMUNIDADE DE OYÁ E DE OGUN” , no dia 12 de novembro de 2006, com a presença do Sargento Eurico, Fundador e Coordenador do NAFRO-PM/BA.
A partir desta data, o JORNAL A GAXÉTA, escrito e on line, iniciou a divulgação do Projeto, para convocar PM’s interessados em compor e organizar o NAFRO-PM/SP. A primeira reunião aconteceu no dia 25 de março de 2007.
Em 28 de abril de 2007 houve a explanação dos princípios que movem o NAFRO e a apresentação dos PMs do NAFRO-PM/Ba: o Sargento Eurico, o Major Teixeira e o Soldado Evilásio, que gentilmente vieram a serviço da Polícia Militar do Estado da Bahia para demonstrar a estrutura do Núcleo Afro da Bahia, bem como suas atividades, conquistas, compromissos e desafios.
No dia 22 de Julho de 2007, foi realizada a primeira Assembléia, sob a Presidente do Babalorixá Flávio de Yansan, para decidir: a aprovação do Estatuto e o processo eletivo da Diretoria e, no dia 09.11.2007 o lançamento oficial do NAFRO PAULISTA, na Câmara Municipal de São Paulo, com o apoio do Vereador Waddih Mutran.
Assim o NAFRO-PM/SP tornou-se uma associação de direito privado, constituída por tempo indeterminado, sem fins econômicos, de caráter organizacional, filantrópico, assistencial, promocional, recreativo, educacional, social e religioso, sem cunho político ou partidário, com a finalidade de atender a todos que a ela se dirigirem, independente de classe social, nacionalidade, sexo, raça, cor ou crença religiosa.
A 1ª Diretoria definitiva foi empossada no dia 26.10.2008, e foi composta:
PRESIDENTE – CB PM Alexandre Ferreira da Costa e adepto dos Cultos Afro-brasileiros;
VICE-PRESIDENTE – CAP PM Denílson Miotto e adepto dos Cultos Afro-brasileiros;
SECRETÁRIO - Sd PM Reinaldo Galdino da Silva e adepto dos Cultos Afro-brasileiros;
TESOUREIRA - Sra. Marisabel de Souza, da Sociedade Civil, e adepta dos Cultos Afro-brasileiros ;
ASSESSOR JURÍDICO - Dr. Anivaldo dos Anjos Filho, OAB/SP nº : 273.069, da Sociedade Civil e adepto dos Cultos Afro-brasileiros.
Nas relações administrativas e sociais do NAFRO-PM/SP, não imperará a hierarquia e autoridade militar, e sim, a hierarquia e relações religiosas.
Seu Estatuto foi finalmente registrado em 25 de agosto de 2008.
Tem como “patrona” o Orixá, Yansan ou Oyá.
Oyá não é um antílope, que embora tímido pode ser persuadido a ficar onde está.
Com sorte, o caçador aproxima-se dele.
Oyá é um búfalo, que além de atento é impetuoso, corajoso e agressivo.
Seu objetivo é fazer com que o caçador, fuja!
OYA IJEGBE OGAN A JI SAN IDÀ OBIRIN
Oyá, mulher corajosa que, ao despertar, carrega a espada
A PARCERIA DO NAFRO-PM/SP COM A
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
A primeira aproximação do NAFRO-PM/SP, com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo nasceu de uma reunião realizada no dia 07 de Maio 2008, com os Secretários: de Justiça e Defesa da Cidadania, Dr. Luiz Antonio Guimarães Marrey e o de Segurança Pública, Dr. Ronaldo Marzagão, com os religiosos: Egbomy Conceição do Ogun, Babalorixá Flávio de Yansan, Mãe Carmem de Oxum, Mãe Liliane de Oxun, Babalorixá Carlito de Oxumarê, Pai Rosevaldo de Oxumarê onde foi apresentada um “Carta de Solicitações” expressando ajuda e medidas do Estado no combate a Intolerância Religiosa e discriminação aos adeptos das religiões afro-brasileiras.
Logo em seguida, no dia 17.06.08 uma nova reunião dentro da SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO, presidida pelo Secretário Dr. Ronaldo Marzagão, na qual estavam presente: o Comandante Geral da PM e o Delegado Geral, com os religiosos Egbomy Conceição do Ogun, Babalorixá Flávio de Yansan, Mãe Liliane de Oxun, Egbomy Marisabel de Xangô, momento em que o Comandante Geral Cel Diniz, solicitou apoio do NAFRO-PM/SP para viabilizar treinamentos e esclarecimentos das corporações sobre as Religiões Afro-brasileiras e o Delegado Geral, Dr. Maurício se prontificou a tomar medidas pertinentes dentro da Polícia Civil do Estado.
No dia 23 de Junho de 2008, o NAFRO-PM/SP, foi convocado pelo Comando Geral da PM de SP, momento que tiveram contato e solicitações do Comandante Geral da PMSP, Cel PM Diniz e com a TEN CEL PM FEM Yamamoto, do 5º EM/PM.
A partir deste encontro o NAFRO-PM/SP iniciou uma parceria com a DIVISÃO DE POLÍCIA COMUNITÁRIA E DIREITOS HUMANOS – Comissão de Direitos Humanos da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
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