A Nossa Yáefun, Juliana de Oxaguian
Ya Efun,
Cabe à Iá-Efun o preparo do atim, ou seja, dos pós que irão dar o desenho da família.
É aquela que irá pintar a/o Yawô nas saídas de Santo, aquela que vai “marcar” com o atim, a pemba ralada, a/o Yawô com as cores e formas daquela determinada tribo.
Não somente pintar o noviço e sim ser responsável pela mesa de iniciação deste, tornando possível a concentração do Sacerdote ao ato iniciático, essa Sacerdotisa tem a função de uma dirigente direta do Orixá em questão, no ritual, ela preside, acompanha e protege o devoto do início do ritual sagrado até o final é responsável por muitos atos segretos e delicados, é na verdade dentro do corpo iniciático do ritual uma pessoa indispensável e necessária, pois é ela quem sagraliza o corpo do devoto e todos os seus objetos sagrados, dando vida a tudo e condições de purificações ao Orixá (Divindade).
Ela também compõe o conjunto de Altas Sacerdotisas dentro do panteão africano, sua pessoa é a pura personificação do acordo do devoto com a vida nova, ou melhor um novo nascimento, uma nova vida.
Em nosso Axé a Sacerdotisa da purificação, consagração e perpetuação do elemental da vida divina ( Ya Efum ), logo que iniciada é indicada pelo oráculo de Yemanjá, preparada, ensinada e com o passar das comemorações de datas iniciáticas até chegar aos sete anos, dentro do culto é diplomada, com o posto o qual pertence a Casa de Oxalá e toda a comunidade ritualística de matrizes africanas pois seu posto é Universal dentro do culto !
Para assumir este cargo é preciso ser iniciada no Santo e ter, no mínimo, sete anos de feitura.
Ya Efun, dona do efun (pemba), e que está encarregada de pintas os Yaôs (iniciantes que estão recolhidos para fazerem o Orixá); e finalmente os filhos de Santos, que são as pessoas que “rasparam o Santo”, ou melhor, rasparam a cabeça para um Santo a pedido deste.
É um cargo feminino.
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