É o termo que resume a noção genérica de uma entidade ou entidades inteligentes por trás de eventos como a origem do universo, da vida na Terra ou das próprias espécies.
Na mitologia de Yorubá, o processo de criação envolve várias divindades.
Uma das versões dessa mitologia diz que Olorum – Senhor Deus Universal – criou primeiramente todos os Orixás (divindades) para habitar Orun (o Céu, mundo espiritual), com o objetivo de usá-los como auxiliares para executar todas as tarefas que estariam relacionadas com a própria criação e o posterior governo do mundo.
Então, Olorum encarregou Obatalá de criar o mundo; mas este, com pressa, não rendeu a Bará os tributos devidos e, durante sua caminhada parou para beber vinho de palmeira e, embriagando-se, adormece.
Oduduá, a divina Senhora, foi ao encontro de Obatalá e ao vê-lo adormecido, pegou os elementos da criação e começou a formação física da terra.
Ela mandou que cinco galinhas d’angola começassem a ciscar a terra, espalhando-a, dando assim origem aos continentes.
Oduduá soltou então os pombos brancos - símbolo de Oxalá – e assim nasceram os céus.
De um camaleão fez surgir o fogo e com caracóis, Ela criou o mar.
Na mitologia chinesa, P’an Ku, o Deus-Absoluto, nasce a partir de um Ovo Primordial e o processo de criação se concretiza com um sacrifício divino.
P’an Ku morre dando então origem à vida: de seu crânio surgiu a abóboda do firmamento, e de sua pele a terra que cobre os campos; de seus ossos vieram as pedras, de seu sangue, os rios e os oceanos; de seu cabelo veio toda a vegetação.
Sua respiração se transformou em vento, sua voz em trovão; seu olho direito se transformou na lua, seu olho esquerdo, no sol.
De sua saliva e suor veio a chuva.
E dos vermes que cobriam seu corpo surgiu a humanidade.
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