Maio é comemorado com o prenúncio do fechamento do festival das feiticeiras no culto de matrizes africanas na Casa Poderosa Dos Filhos de Yemanjá, em Francisco Morato, São Paulo/SP.
A nascente da Casa de Axé é o ponto do preceito principal, dirigido pela renomada Yalodê do Culto, a senhora Omim D´Ewá, iniciada em Oxum Apará no Ilê Axé Yamassê (Casa do Gantois ) onde foi presidido pela saudosa Mãe Meninia, esse culto que existe somente na Casa Poderosa Dos Filhos de Yemanjá é a louvação da estação das chuvas, conseguentemente a adoração das Deusas das Águas e a dona da nascente da CASA DE YEMANJÁ.
O festival que reúne inúmeras Sacerdotisas do candomblé tradicional de Salvador e de outros Estados é iniciado no mês de março no primeiro dia de lua nova e fechado em maio com a maior cerimônia festiva, para a Deusa Matriarca da Fertilidade, o presente de Oxum em gratidão a vida na Terra regana por toda a sua Fortuna, Oxum como possuídora do primeiro tìtulo de Yalodê ( Presedente de uma sociedade segreta de feiticeiras africanas ) tem por direito e necessidade em homenagiar as Primeiras e Supremas Mães da Fertilidade, asYami Oxorongá em seu BOSQUE MÍSTICO na CASA DE YEMANJÁ
Os preceitos dessa cerimônia sagrada é fechada ao público.
Exeto o candomblé de Oxum, em maio !!!
OXUM !
Dona das águas. Na áfrica, mora no rio oxum.
Senhora da fertilidade, da gestação e do parto, cuida dos recém-nascidos, lavando-os com suas águas e folhas refrescantes. Jovem e bela mãe, mantém suas características de adolescente.
Cheia de paixão, busca ardorosamente o prazer.
Coquete e vaidosa, é a mais bela das divindades e a própria malícia da mulher-menina.
É sensual e exibicionista, consciente de sua rara beleza, e se utiliza desses atributos com jeito e carinho para seduzir as pessoas e conseguir seus objetivos.
Quando Orunmilá estava criando o mundo, escolheu Osun para ser a protetora das crianças.
Ela deveria zelar pelos pequeninos desde o momento da concepção, ainda no ventre materno, ate que pudessem usar o raciocínio e se expressar em algum idioma.
Por isso, oxum é considerada o orisa da fertilidade e da maternidade.
Por sua beleza, Osun também é tida como a deusa da vaidade, sendo vista como uma orixá jovem e bonita, mirando-se em seus espelhos e abanando-se com seu leque (abebê ).
Arquétipos: São pessoas graciosas e elegantes, com paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas caras.
São o símbolo do charme e da beleza.
Voluptuosos e sensuais.
Sob a aparência graciosa e sedutora, escondem uma vontade muito forte e um grande desejo de ascensão social.
No tempo da criação, quando Osun estava vindo das profundezas do orun, Olodumare confiou-lhe o poder de zelar por cada uma das crianças criadas por Orisa, que nasceriam na terra.
Osun seria a provedora de crianças.
Ela deveria fazer com que as crianças permanecessem no ventre de suas mães, assegurando-lhes medicamentos e tratamentos apropriados para evitar abortos e contratempos antes do nascimento ... Não deveria encolerizar-se com ninguém a fim de não recusar crianças a inimigos e conceder gravidez a amigos.
Foi a primeira Iyami encarregada de ser Olutoju awo omo - aquela que vela por todas as crianças e Alawoye omo - a que cura crianças.
Em seus oriki assim é evocada
Osun, graciosa mãe, plena de sabedoria!
Que enfeita seus filhos com bronze
Que fica muito tempo no fundo das águas gerando riquezas
Que se recolhe ao rio para cuidar das crianças
Que cava e cava a areia e nela enterra dinheiro
Mulher poderosa que não pode ser atacada
Mulheres louvam a fertilidade trazida por Osun, repetindo: Yeye o, yeye o, yeye o.
Oh, graciosa mãe, oh, graciosa mãe, oh, graciosa mãe! Alguns mitos referem-se a ela como Osun Osogbo - Osun da cidade de Osogbo, outros enfatizam sua proximidade com Logunede, ora apresentado como filho, ora como mensageiro, havendo entre ambos tão estreita relação que chegam a ser considerados complementares.
Outros mitos, ainda, a apresentam como esposa de Ifá. E aqueles que a apresentam como esposa de Sangô narram que ao tomar conhecimento da morte do marido, ficou desesperada, transformou-se num rio.
Bastante cultuada em Osogbo, é considerada também, a divindade protetora de Abeokuta.
Seus devotos freqüentemente dedicam-lhe um córrego ou rio, chamando-o de odo Osun - rio de Osun, ao lado do qual colocam o santuário.
Chamada mãe das crianças, a ela pertence a fertilidade de homens e mulheres.
Todo ano, por ocasião do festival realizado em sua homenagem, mulheres estéreis tomam água de seu santuário esperando retornar no ano seguinte com os filhos por ela concedidos, para agradecerem a graça alcançada. Não apenas a fertilidade pertence a Osun.
A prosperidade também.
Além disso, confere a seus devotos a desejada proteção contra acontecimentos adversos.
Assim sendo, é invocada nas mais distintas circunstâncias, pois não há o que não possa fazer para ajudar seus devotos.
Os sacerdotes de Osun, normalmente, trançam os cabelos de modo feminino e usam colares feitos de contas transparentes da cor do âmbar, tornozeleiras, braceletes e diversos objetos de bronze e metais amarelos. Seu assentamento guarda o ota (pedra); uma espada de metal amarelo ou um leque; uma tornozeleira; alguns búzios; moedas; pente, peregun; tecido branco.
Ao lado fica um pote de água com seu axé.
Em muitos assentamentos encontramos, também, estatuetas representando uma mulher de cabelos trançados, segurando um bebê ou amamentando.
É comum encontrarmos o assentamento de Logunedé junto ao de Osun.
Aceita em sacrifício: galinha, gin, osun (espécie de giz vermelho), obi, ole (prato preparado com feijão moído), akara (bolinho parecido com o acarajé brasileiro) e eko (mingau preparado com amido de milho branco).
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