As sereias e outros seres fantásticos, antropomórficos ou não, fazem parte do imaginário popular mundial.
Aparecem nas mais diversas culturas do mundo. Seus mitos são muitos antigos. Tal como os anjos, as sereias são seres que qualquer pessoa reconheceria facilmente mas que dificilmente serão vistos realmente, por alguém.
Existem relatos e representações milenares porém registros atuais, simplesmente, inexistem. Nesta pós-modernidade e bem antes disso, desde o fim do século XVIII, apesar da incredulidade de cientistas ortodoxos, pesquisadores têm fotografado fantasmas, ou ao menos, o fenômeno da exsudação de ecoplasma e, ainda, filmado OVNIs e outros objetos voadores não identificados, supostos Ietis [ou Yetis, Pé Grande] ou mesmo o monstro de Loch Ness. Não há fotos de sereias e sereios.
Mas, diferente dos anjos, as sereias não se relacionam a nenhuma doutrina ou mesmo metáfora teológica que explique sua existência. Não há um texto de referência histórico nem dogma da sereia de nenhum tipo. As sereias são criaturas ambíguas. Boas e malignas, aliadas ou inimigas da raça humana, elas aparecem nas tradições orais do folclore de diferentes povos e habitam igualmente o mundo das artes de todas as épocas, onde inspiram pintores, escultores, escritores de ficção, cineastas.
Ninguém sabe de onde saiu a idéia da existência de sereias [e também homens-marinhos, aquáticos]. Homens e mulheres-peixe são, talvez, uma fantasia inevitável. A Humanidade tem povoado os oceanos e os céus com criaturas híbridas, antropomórficas mas dotadas de atributos próprios do meio onde transitam: águas, ar, fogo.
A mente cria o desconhecido a partir do familiar: assim são concebidos os híbridos, cuja morfologia apresenta uma combinação de seres conhecidos. Esfinges, centauros, sátiros, são parentes das Sereias. No caso das Sereias [e sereios], é possível que sua origem seja o reflexo de algum tipo de memória ancestral do desenvolvimento evolucionário vida, em si mesma e da espécie humana.
Deuses ; Demônios
Os mesopotâmicos foram mestres da hibridização. Criaram figuras diversas e não somente cruzamentos peixe-humanos mas, também, as mais exóticas criaturas: peixe=carneiro, homem-escorpião, homem-leão, serpente-dragão, por exemplo.
Na Mesopotâmia a investigação arqueológica encontrou gravuras em pedra e esculturas que mostram homens-peixes [e só ocasionalmente, mulheres-peixe]. Porém, estes híbridos mesopotâmicos não são representados do modo mais conhecido atualmente, como seres metade peixe, metade gente em uma atmosfera lúdica, de fantasia. Não aparecem em paisagens aquáticas. Assemelham-se a homens vestidos ou caracterizados como peixes, retratados em ambiente civilizado e ocupando posições de destaque na sociedade.
Usam mantos que imitam o peixe, ainda que alguns mostrem a pele escamosa. Os híbridos da antiga Mesopotâmia são escribas e sacerdotes. Outros, são entidades sobrenaturais: demônios e deuses. Destes, que seriam entes sobrenaturais, o ícone mais representativo e historicamente é Oannes. Um tipo de personagem arcano, misterioso fundador e instrutor da civilização. Oannes é representado com o corpo de peixe, cabeça e pés humanos. Segundo a tradição, Oannnes saiu do mar para ensinar aos Homens as artes e ciências da civilização, como a agricultura, a a arquitetura etc..
ancestrais
HARPIAS, SEREIAS COM ASAS
Gravura de Matthius Merian. Uma Harpia, em Ulisses
Aldrovandi's Monstrorum Historia, Bologna, 1642.
Os textos gravados nas tábuas de argila da Mesopotâmia são fragmentados e, por isso, a figura de Oannes permanece um mistério. Porém, é possível deduzir que Oannes faz parte de um universo ou mundo paralelo ao mundo humano. Este outro mundo é habitados por seres sobrenaturais. Amigáveis, como Oannes, ou hostis, todos estes seres podem ser entendidos como deuses e demônios.
Os entes femininos aquáticos mais destacados da mitologia grega são as Oceanídeas, as Náiades e as Nereidas. São descritas como figuras afáveis. Ocasionalmente, são representadas montadas em golfinhos.
Existem ainda os masculinos Typhon [ou Tifão], Oceanus [filho de Uranos e Gaia, Céu e Terra. Oceanus era o mais velho dos Titãs e Aqueloo, deus do rio homônimo, filho de Oceanus e Tétis. [Hoje o rio Aquelôo é chamado Aspropótamo e é o maior rio da Grécia. Na verdade Oceanuse Tétis, ela também uma Titânia, juntos, geraram três mil rios e três mil Oceânidas [ninfas do mar].
Aquelôo é considerado o pai das sirenes, sirenias ou sereias porém há controvérsias. Outra versão diz que as Sereias são filhas do deus marinho Fórcis. Estas sereias têm um mito repleto de peripécias. Elas seriam quatro mas somente os nomes de três delas é mencionados: Lígia, Leucósia e Partênome. Em sua origem eram pássaros com cabeça de mulher que habitavam uma ilha do Mediterrâneo. Malignas, tinham um canto melodioso que atraía os marinhos até que suas naves se chocassem contra os rochedos. Ou seja, as sereias que assombram os marujos não são híbridos mulher-peixe.
A mais conhecida aparição de Sereias é relatada por Homero, na Odisséia. O herói, Ulisses [ou Odisseus] sabe que ouvir o canto das Sereias é fatal: os marinheiros enlouquecem e se atiram no mar. Prevenido, Ulisses providencia que todos os marujos tapem seus ouvidos com cera. O próprio Ulisses, ordenou que o amarrassem a um mastro. Deste modo, todos escaparam do melodioso chamado da morte. Sobre as Sereias, Homero diz apenas que elas habitam um prado florido cercado pelas ossadas de suas vítimas. Homero não faz referência a atributos de peixe.
Nos vasos gregos e murais romanos, as sereias são representadas como mulheres pássaro. Às vezes, somente com a cabeça humana, outras, humanas até a cintura, dotadas de tronco feminino e braços, necessários para tocarem seus instrumentos musicais. Na condição de pássaros, correspondente ao mito grego mais antigo, as Sereias-Sirenes se confundem com as Harpias, filhas da famosa Electra com Taumante [divindade das nuvens, dos vapores e da chuva]. Também chamadas raptoras, as Harpias são três: Aelo, Ocípite e Celen. Os nomes significam, respectivamente: Borrasca, Vôo Rápido e Obscuridade. Raptavam principalmente crianças e almas. [ANDRADE, 1973]*.
* ANDRADE, Maria Soares de. Dicionário de mitologia greco-romana. São Paulo: Abril Cultural/V.
Civita, 1973.
BESTIÁRIO MEDIEVAL
A Sereia habitante das águas, híbrida mulher-peixe, somente se tornou uma figura comum já na Era Cristã. A forma graciosa tornou-se a mais usual e não corresponde a nenhuma lenda ou tradição de referência: a crença é de elas estão lá, em algum reino habitado por seres fantásticos. Todavia, a remota ligação com as macabras Harpias deixou sua marca: a beleza das sereias é ao mesmo tempo uma armadilha e uma alucinação. São poderosas e perigosas com suas maneiras sedutoras e sua arma mais terrível, o canto. Seus adereços característicos, o espelho e o pente, revelam, ainda, a sensualidade e vaidade das Sereias.
Nos Bestiários Medievais, embora a origem clássica grega das Sereias seja, eventualmente, mencionada, elas são figuradas como mulheres-peixe. Às vezes aparecem elementos arcanos originais, como asas, além da cauda pisciana e/ou, ainda pés de pássaros e escamas. Apesar dos atributos malignos, as sereias estão presentes nas Iluminuras que decoram as margens de antigos pergaminhos cristãos, como personagens integrantes de esculturas e murais que adornam as igrejas.
Isso pode parecer [e ̶ é] moralmente deslocado no contexto da religiosidade cristã, tanto mais que as sereias exibem os seios nus, porém no imaginário medieval, o simbolismo grotesco e obscuro das imagens de entidades pagãs eram uma arte justificada com o suspeito argumento de fornecer informações profiláticas aos fiéis.
As sereias dos Bestiários e outros manuscritos medievais desempenhavam duas funções básicas: 1. Mostrar a bondade e a riqueza da Criação de Deus; 2. personificar os pecados mortais, as tentações da carne e a vaidade como pecado corporificado na beleza, no espelho e no pente, os inseparáveis objetos característicos da imagem contemporânea das sereias.
DETALHE ▲ Mappa Mundi, Hereford Cathedral, Inglaterra.
Este mapa medieval data do século XIII, anos 1200 da Era Cristã.
No alvorecer da Idade Moderna, durante o chamado Ciclo das Grandes Navegações, mapas, cartas marítimas, eram ilustradas com a figura da sereia já estilizada como um ser aquático. Como neste Mappa Mundi, Hereford Cathedral ̶ Inglaterra.
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Naqueles mapas, a sereia era o signo do território oceânico e, também, a ilustração das estranhas realidades que poderiam surpreender os navegantes em alto mar ou, ainda, em mares desconhecidos. As sereias [e, ocasionalmente, sua contraparte masculina, sereios, tritões], assim como os unicórnios, dragões e grifos que aprecem em símbolos heráldicos [brasões]. Nas cidades marítimas, nos bares, tavernas, hotéis, o tema da sereia aparece em peças decorativas. Destas, talvez a mais significativa destas peças seja a London's Mermaid Tavern, famosa no começo do século XVI [anos 1500 d.C.] por sua clientela de literatos, escritores, artistas, incluindo Sir Walter Raleigh [1552-1618], Benjamin Jonson [1572-1637 ̶ ou Ben Jonson, dramaturgo renascentista, autor de Volpone, The Alchemist etc.] e Shakespeare. Algumas de Shakespeare peças incluem estranhas referências às sereias sem sem explicar o quê elas elas são, como em Midsummer Night's Dream [Sonhos de uma noite de verão].
Na peça, o personagem Oberon, rei das fadas, recorda uma sereia que cavalga um golfinho e canta tão maravilhosamente que as estrelas saem de suas esferas somente para escutá-la. Estudiosos acreditam que esta sereia de Shakespeare é uma referência a Mary, rainha da Escócia, que foi casada com o Delfim da França. Quando Mary perdeu a realeza, espalhou-se uma propaganda maldosa. Um cartoon de 1567, em Edinburg, retrata Mary como uma sereia, o quê, naquela época, era o mesmo que caracterizá-la como prostituta. Mulher escorregadia abaixo da cintura, como a sereia e suas artimanhas que levam um homem à destruição.
LENDAS POPULARES
Sobre esse aspecto existem lendas populares, baladas que falam de pescadores que aprisionam uma sereia, com ela se casam e têm filhos. A sereia pode parecer conformada por muitos anos mas, secretamente, alimenta a esperança de fugir, voltar ao oceano. Ela é obrigada a permanecer em terra porque o pescador fez um feitiço cujo poder se concentra em um objeto mágico. Se a sereia consegue se apoderar do objeto estará livre. Freqüentemente, esse objeto é uma capa vermelha.
MITO DE SELKIE ̶ São ecos do mitos antigos como as Lendas de Selkies, [do folclore das Ilhas Feroe, Islândia, Irlanda e Escócia]. Selkie é uma a mulher-foca ̶ seal-woman . As Selkies são mulheres e focas ao mesmo tempo. Podem retirar sua pele de mamífero marinho e viver na terra em forma humana. As lendas são dramáticas: muitas vezes, o homem não sabe que sua mulher é uma Selkie; outras, é a Selkie que se vê aprisionada pelo homem que esconde sua pele de foca. [Entre os gregos, se um homem conseguia roubar o lenço de ninfa da água esta era obrigada a desposar tal homem. É um enredo tradicional, recorrente do folclore das criaturas fantásticas: apoderar-se de um de um objeto encantado para manter servil seu possuidor.]
SOBRE A ALMA DAS SEREIAS ̶ A LENDA IRLANDESA DE LIBAN
No contexto da religião católico-cristã, diante de um ser de natureza ambígua, meio humano, meio animal, surgia complexa questão de definir: 1. se tais seres possuem uma alma; 2. se esta alma poderia, de algum modo, alcançar a salvação em Cristo. Esse problema aparece na lenda irlandesa de Liban, datada do século VI [anos 500 d.C.] mas somente registrada por escrito no século XVII [anos 1600].
Liban era uma jovem humana que sobreviveu a uma enchente. Era filha de Eochaid, rei Firbolg e da rainha Etain. Um dia, um poço sagrado transbordou e esta foi a causa da enchente. A moça foi arrastada pelas águas junto com com seu cão de estimação. Eles não foram engolidos pelas águas. A princesa encontrou abrigo em uma pequena gruta junto ao mar.
Ali, rezou para a deusa Dana, a Mãe de Todos. Pediu para ser transformada em um salmão para que pudesse ser nadar, ser livre como os peixes que ela via perto de seu abrigo. A deusa atendeu o pedido e Liban foi transformada; porém, não completamente. Metade dela permaneceu com aparência humana da cintura para cima e foi dotada com uma cauda de peixe no lugar das pernas. Seu cãozinho foi transformado em um leão marinho.
Ela viveu 300 anos nos mares da Terra até que foi capturada. Um padre, chamado Beoc, à bordo de navio com destino a Roma, ouviu o canto da sereia, deteve a embarcação e convenceu a criatura a seguir com ele. Em civilização, Liban converteu-se ao Cristianismo e foi batizada. Durante mais 300 anos ela ainda viveu na Terra e quando morreu, tinha uma alma que foi direto para o Paraíso. No mundo, tornou-se uma figura reverenciada como virgem santa sob o nome de Murgelt [or Murgen, sea-born, sereia].
Mas Liban tinha nascido humana e, assim, foi considerado que tinha, certamente, uma alma humana. Resta saber se sereias nascidas sereias também têm alma humana. Esse ponto do debate conduz a um segundo tipo de estória na qual a sereia apaixona-se por um homem. Nesse caso, ou ela arrasta o homem para o fundo das águas ou busca um meio mágico para viver como uma mulher.
A PEQUENA SEREIA
No Ocidente, todas estas lendas soam familiares. Isso é o reflexo de um tipo de literatura do fantástico que apareceu em 1811 com a novela Undine, de Friedrich de la Motte Fouquet [1777-1843]. Foi um sucesso internacional. Uma ninfa da água, Undine, apaixonada por um humano, submete-se a terríveis condições de existência para ficar perto de seu amado.
O enredo termina em tragédia: os dois mundos não se misturam. A estória foi adaptada para a ópera e para o balé, inspirou músicas, pinturas e inspirou o escritor alemão Hans Christian Andersen que, em 1837, publicou sua própria variação do tema em A pequena sereia.
A heroína precisa obter uma alma imortal através do sofrimento. Com ajuda de uma feiticeira do mar, ela consegue aparência humana [quarta ilustração ao lado]. Tem pernas no lugar da causa de peixe mas a cada passo que dá, sofre a dor lancinante de quem pisa sobre facas afiadas. Também perde seu canto, sua voz. Na terra firme, é muda.
Apesar de todo sacrifício, o príncipe que ela ama casa-se com outra moça, porque é humana, porque tem uma alma. A sereia poderia romper o feitiço e voltar ao seu mundo oceânico mas isso, somente se matasse seu amado. Ela tem a oportunidade mas prefere morrer lançando-se ao mar. Transforma-se em um espírito do ar que poderá, eventualmente, renascer como alma humana e chegar ao Paraíso.
SEREIA NO CINEMA ̶ Na foto acima, a atriz Glynis Johns, sereia pioneira nas telonas, estrela de Miranda, filme inglês de 1948. A sereia protagonista é maligna e disfarça sua natureza híbrida locomovendo-se em uma cadeira de rodas.
Nesta outra imagem, a sereia como ser maligno não tem sequer o atributo da beleza. Sua aparência é um feitiço, uma ilusão de ótica. Seu objetivo: matar seres humanos. Essa versão aparece em um dos episódios da série de televisão Sobrenatural [Supernatural].
Selo das Ilhas Feroe,
território da Dinamarca,
mostra a captura de uma mulher-foca
Liban
Ilustração: Robert M. Place.
IN Celtic Prints
FONTES
ANDERSON, Gail-Nina. Mermaids in Myth and Art. In FORTEAN TIMES, novembro de 2009
[http://www.forteantimes.com/features/articles/2401/mermaids_in_myth_and_art.html]
Liban. [http://www.orderwhitemoon.org/goddess/Liban/]
ESTRANHA NOTÍCIA
Misterioso anfíbio humanóide observado no Mar CáspioPravda - 25 de março de 2005
Nos últimos dois anos, moradores de áreas costeiras a sudoeste do Mar Cáspio têm observado uma criatura estranha, com aparência zoomórfica, entre um anfíbio e um ser humano. Em março deste ano uma testemunha, Gafar Gasanof, capitão de um barco de pesca disse à reportagem do jornal iraniano Zindagi: "Essa criatura nadou próxima ao barco por muito tempo. No começo nós pensamos que era um peixe grande mas então vimos que tinha cabelos na cabeça do monstro e suas nadadeiras pareciam estranhamente belas. A parte da frente do corpo tinha braços!" Em seu retorno ao Azerbaijão, quando contou o ocorrido, ninguém acreditou na história do capitão. Alguns simplesmente insinuam que o marujo tomou uns drinques a mais.
Entretanto, pouco tempo depois da publicação da entrevista, as redações dos jornais iranianos foram inundadas por numerosas cartas de leitores que afirmavam acreditar na história que consideravam como mais uma evidência da existência do chamado "homem-do-mar". Os leitores chamam a atenção para o fato de que muitos pescadores têm visto a estranha criatura desde fevereiro, depois que vulcões submarinos deram sinais de atividade ao tempo em que se intensificaram os trabalhos de exploração petrolífera no Mar Cáspio.
As testemunhas concordam na descrição do homem marinho: altura entre 1,65 e 1,68 m, compleição forte, estômago pronunciado, pés deformados como garras e mãos com quatro dedos ligados por membranas. Seus cabelos parecem entre negros e verdes, pele branca e luminosa como a luz da lua. As pernas e os braços são curtos e parecem pesados. Além das unhas nos dedos ele possui protuberâncias semelhantes no nariz aquilino semelhante ao focinho bicudo de um golfinho. Não há informações sobre as orelhas. Seus olhos são grandes e pronunciados tal como os dentes e o maxilar superior; em compensação, não tem queixo.
Os iranianos apelidaram a criatura de Runa-Shah ou "O Mestre dos Mares e Rios", inspirados nas histórias sobre cardumes de peixes que acompanham o homem marinho em suas aparições. Dizem, também, que nos lugares percorridos pelo estranho ser as águas tornam-se claras, cristalinas, e assim permanecem por dois ou três dias. Os pescadores acreditam que os peixes que permanecem vivos na rede podem sentir o homem-peixe se aproximando, vindo das profundezas do mar. Os peixes observados produzem um barulho quase inaudível, como se fosse um chamado, cuja resposta é um barulho semelhante produzido pela criatura que, de fato, se aproxima.
Muitos pesquisadores acreditam que onde há fumaça há fogo e as histórias que circulam no Iran podem ser verdadeiras. Além disso, há um ano, em maio do ano passado, Runan-Shah foi visto por um pescador, morador de uma vila localizada entre as cidades de Astara e Lenkoran. Especula-se que a criatura não está sozinha; existiria uma família de humanos submarinos engajados em uma missão: deter os problemas ambientais que começam a ameaçar o Mar Cáspio, cuja fauna e flora tem se deteriorado significativamente desde que começaram as atividades da indústria petrolífera na região coincidindo com a reativação de vulcões no fundo do mar. Com o implemento de outra indústria, a de alimentos, que trabalha com frutos-do-mar, a situação do ecossistema deve piorar este ano.
O Runah-Shah do Mar Cáspio não é a única ocorrência de homem-aquático relatada na história. Herótodo (o Pai da História) e Platão acreditavam que a humanidade foi originalmente anfíbia e seus descendentes, hoje ocultos, fundaram uma civilização submarina. Estudiosos atuais acolhem a teoria e cogitam que o soluço é uma reação atávica remanescente de tempos muito recuados quando os homens possuíam dois órgãos respiratórios: pulmões e guelras.
The Universe and Humankind (O Universo e a Raça Humana), uma coletânea de artigos científicos publicados em São Petersburgo, em 1905, contém a estória de uma mulher marinha que teria sido capturada no Caribe. Também há registros de cadáveres de homens anfíbios encontrados na região das Ilhas Açores, em 1876. As descrições destes especimens coincidem com as observações das testemunhas do Mar Cáspio.
FONTE: Misterious amphibious human-like creature spptted in the Caspian Sea
IN PRAVDA ENGLISH ̶ publicado em 25/03/2005. Acesso em 30/04/2010
[http://english.pravda.ru/science/19/94/378/15170_amphibious.html]
tradução: Ligia Cabus ̶ publicado originalmente em Sobrenatural.org
nossa adorei essa postagem... eu sou simplismente apaixonada por esses seres magicos sempre fui fascinada!!!
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