Na Umbanda, utiliza-se litúrgica e ritualisticamente, as ervas de nossa flora para amacís, imantações, banhos de descarga, etc. As Plantas dos Orixás se dividem em 3 grupos primordiais, à saber: POSITIVAS, NEGATIVAS e NEUTRAS.
Elas são assim catalogadas, conforme a fase lunar da colheita.
Positivas - deverão ser colhidas na fase Crescente ou Cheia
Neutras - deverão ser colhidas na fase Nova
Negativas - deverão ser colhidas na fase Minguante
Entretanto a sua polarização final vai sempre depender das seguintes condições explícitas:
Vibração de quem vai usá-la
Vibração das demais ervas utilizadas
Vibração da intenção com que serão usadas
POSITIVAS: são ervas que, quando usadas, só positivam, não podendo ser intrinsecamente usadas para outro tipo de trabalho.
NEUTRAS: são todas as ervas que servem para, material ou espiritualmente, neutralizar o efeito de outras ervas, o efeito de doenças, assim como o efeito de vibrações negativas e/ou positivas.
NEGATIVAS: são ervas usadas explicitamente para negativar.
A erva é sempre positiva quando colhida nos dois primeiros dias da lunação respectiva; a dita erva torna-se neutra quando colhida nos 3o , 4o e 5o dias da lunação, e negativa quando colhida nos 6o e 7o dias da lunação. Diz-se Dia de Lunação, porque as ervas devem ser colhidas das 6hs às 18hs, portanto sob o efeito dos raios solares (apesar de regidas pelas fases da lua). Jamais deve-se colher uma erva antes das 6hs ou depois das 18hs, como também, nunca se deve plantar qualquer erva no mesmo período.
As ervas devem ser usadas de três formas diferentes:
Para efeito medicinal
Para efeito litúrgico
Para efeito ritualístico
A) Para efeito medicinal, as ervas podem ser usadas:
Como tratamento preventivo
Como tratamento normal da doença
Como abortivo rápido e definitivo da referida doença
I) Para uso preventivo, as plantas devem ser colhidas nos 1o e 2o dias da lunação respectiva.
II) Para uso no tratamento normal da doença as plantas devem ser colhidas nos 3o ,4o e 5o dias da lunação respectiva.
III) Para uso como abortivo as plantas devem ser colhidas sempre no 6o e 7o dias da lunação respectiva.
B) Para efeito litúrgico, as ervas podem ser usadas:
Como imã, para atrair as vibrações do Orixá desejado.
Como neutralizante entre duas forças ou Orixás.
Como ação repulsiva ao Orixá não desejado.
I) Como imã, as ervas devem ser colhidas nos 1o, 2o e 3o dias da lunação respectiva.
II) Como neutralizante, as ervas devem ser colhidas nos 3o, 4o e 5o dias da lunação respectiva.
III) Para efeito repulsivo, as ervas devem ser colhidas nos 6o e 7o dias da lunação respectiva.
C) Para efeito ritualístico, as ervas podem ser usadas:
Como afirmação ou concordância de efeito litúrgico.
Como equilíbrio entre as forças vibratórias implantadas durante a ação litúrgica.
Como discordância com as forças imantadas.
Entende-se por força imantada, toda a vibração atuante no Ser, mesmo que seja à revelia do mesmo.
I) Como afirmação, as ervas devem ser colhidas nos 1o e 2o dias da lunação respectiva.
II) Como equilíbrio, as ervas devem ser colhidas nos 3o, 4o e 5o dias da lunação respectivo.
III) Como discordância (descarga), as ervas devem ser colhidas nos 6o e 7o dias da lunação respectiva.
RELAÇÃO DAS ERVAS POR ORIXÁS
LINHA DE OXALÁ: arruda, arnica, laranja da terra (folhas), hortelã, poejo, girassol, vassoura branca, erva de Oxalá, erva cidreira, alecrim do campo, levante, alecrim miúdo, bambu (folhas), erva quaresma.
LINHA DAS SENHORAS: lágrimas de Nossa Senhora (folhas), mastruço, rosa branca (folhas), pariparoba, orirí de Oxum, erva-de-santa-luzia, espada-de-santa-bárbara, trevo (folhas), quina roxa, abóbora dantas, vitória-régia, açucena, erva-de-santa-bárbara, malva rosa, suma roxa.
LINHA DE IBEJI: amoreira (folhas), alfazema, salsaparrilha, manjericão, ipecacuanha, anil (folhas), capim pé-de-galinha, arranha gato.
LINHA DE XANGÔ: limoeiro (folhas), erva lírio, café (folhas), saião (folhas), erva-de-são-joão, abre caminho, quebra mandinga, erva de Xangô, quebra-pedra, Rui Barbo, louro, aperta ruã, Maria Nera, erva Moura, Maria Preta, erva de bicho.
LINHA DE OGUM: comigo ninguém pode, espada de Ogum, lança de Ogum, flecha de Ogum, cinco folhas, jurupitã (folhas), jurubeba (folhas), musgo (marinho), ipê (folhas), losna, romã (folhas), sabugueiro, erva-de-coelho.
LINHA DE OXÓSSI: picão do mato, cipó caboclo, barba de milho, mil folhas, funcho, fava de quebranto, gervão roxo, tamarindo (folhas), alecrim do mato, boldo, malvarisco, sete sangrias, unha de vaca, azedinha, chapéu de couro, grama barbante.
LINHA DAS ALMAS: café (grão), guiné pipíu, arruda (folhas), cambará, sete folhas, aroeira (folhas), erva grossa, vassoura preta, cravo de defunto, mal com tudo, cipó cabeludo.
ALQUIMIA DA UMBANDA
Na Alquimia da Umbanda, utiliza-se derivados de 3 reinos, à saber:
Reino Mineral
Reino Vegetal
Reino Animal
I) REINO MINERAL: São utilizados, a pedra viva (Otá), ferro, cobre, latão, alumínio, zinco, assim como uma série de metalóides.
II) REINO VEGETAL: É utilizado um número incalculável de ERVAS, sendo que as principais já foram vistas acima.
III) REINO ANIMAL: Através de sacrifícios e também com os animais vivos, são efetuados na Umbanda diversos rituais.
É um engano pensar que na Umbanda só utilizamos animais sacrificados, muito pelo contrário a maior parte dos rituais de uma Umbanda Racional, utiliza o animal vivo, que permanece vivo, sendo de mais ou menos (+/-) 10% o número de animais sacrificados.
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