CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O Domínio das Mentes e a Imposição Religiosa







A Questão da Realidade e o Delírio





“Enquanto, o homem amar um fantasma no céu mais do que ama o seu próximo, nunca haverá paz sobre a terra; enquanto o homem adorar um tirano como sua ‘Paternidade Divina’, nunca haverá a ‘Irmandade dos Homens’. Você deve fazer a escolha, deve tomar sua decisão. Deus ou o homem? Igrejas ou lares? Preparação para a morte ou felicidade por viver?” (Joseph Lewis).



Vivemos em uma sociedade profundamente religiosa. Sim, isso pode não parecer, mas é verdade. A religião está em tudo. Toda nossa sociedade se encontra assentada sobre bases religiosas, mais especificamente, cristãs. Nossa formação, educação, forma de ser e ver o mundo, nossas leis, nossos valores morais e éticos; enfim, tudo em nossa sociedade tem o sangue religioso cristão correndo em suas veias. E isso não é apenas uma mera influência religiosa. As pessoas fazem do cristianismo sua própria vida… e também as dos outros. Os cristãos não têm consciência de que sua religião é apenas uma religião. E que outras pessoas também têm direitos de seguirem outros caminhos…



Por que será que o cristianismo, com suas crenças irracionais, absurdas e primitivas, em pleno século XXI, está, ainda, impregnado dessa forma nas pessoas? Para entender melhor (e ter uma resposta) é preciso voltar um pouco no tempo e remontar (refletindo) a religião na sua origem.



Em que momento o homem desenvolveu o sentimento, senso religioso? (sim, para chegarmos à religião teremos que começar do zero e ir até ao seu germe). Observações de primatas mais próximos do homem revelaram que eles também têm sentimentos bem próximos ao religioso. Sentimentos similares podem está na origem do sentimento religioso dos humanos. Legal né? A religião já começa a se desmontar.



Considerando que isso também, possivelmente, ocorreu com os hominídeos, podemos arriscar que a religião tem origens perfeitamente naturais. Outra descoberta cientifica diz que, sim, o homem tem o gene da crença no sobrenatural. Nossos ancestrais desenvolveram o sentimento religioso natural e gradualmente, nada caiu do céu. Não foi uma aparição divina quem os deu. Nada disso.



O desenvolvimento de tal sentimento foi importante para a nossa sobrevivência e afirmação como dominantes sobre os demais animais e sobre, até mesmo, a natureza como um todo. No momento hostil à sobrevivência – a competição por comida, por parceiros sexuais e por território com outras espécies e afins, somada à catástrofes naturais e mazelas como doenças, por exemplo – o homem encontrou em tal sentimento forças para vencer tais empecilhos e continuar. A princípio, tal sentimento compunha-se de uma espécie de profunda admiração e respeito pela própria natureza e seus elementos. (Tal como mostrou as observações de primatas próximos ao homem, já aludidas), vistos dentro de sua complexidade. Com o tempo, tais sentimentos se tornaram reverência, medo e adoração. O que resultou, inevitavelmente, no sentimento de profunda inferioridade por parte do homem ante a complexidade da natureza e sua incapacidade de entendê-la e desvenda-la. Isso resultou, fatalmente, na personificação da complexidade destes elementos. Ter-se-ia aí a origem dos deuses com, basicamente, essa seqüência: naturismo (na forma como teorizado por Adalberto Kuhn), animismo, panteísmo até o monoteísmo.



No entanto, uma coisa é o sentimento religioso e outra é a religião. Você pode ter sentimento religioso e não ter religião.



Após ter os deuses já criados e reinando sobre suas cabeças, o homem passou a “organizar” a crença. Criou a religião. O mal aconteceu quando os deuses se separarem da natureza, portanto a partir do panteísmo, e esta, assim como o próprio homem, passar a ser considerada apenas como mais uma criação deles. Os deuses, agora separados da natureza, vão ter moradia própria em algum lugar que revela, firma e confirma sua posição superior a toda e qualquer criação suas. No lugar deles, na Terra, a serviço deles, fica o homem.

O ser humano, assim, passa a ter um poder enorme em suas mãos, afinal está no lugar dos deuses! Domina, assim, sobre os demais animais e sobre a natureza no seu sentido mais amplo. O homem, então, descobre que, sendo de certa forma um deus, suas vontades são divinas. A sua vontade é a vontade dos deuses.



Agora, o ser humano dispõe de uma arma poderosa para finalmente dominar sobre os empecilhos e hostilidades. O homem agora tem todo o aval e poder que precisava para se impor. Para combater, inclusive, seus afins.







Recebe, por conseguinte, a “missão” de levar a “vontade de Deus a todo mundo” Terá a incumbência de eliminar o paganismo, o infiel, o herege. E os meios para isso? Não importam quais são. O importante é que a “vontade de Deus” seja feita. Afinal, o homem foi “escolhido” e se cumprir sua “missão” corretamente, vai receber um prêmio. (Talvez a vida eterna no céu ao lado do Pai, cantando hosanas ao seu nome eternamente! Ou seria um paraíso com tudo o que sempre sonhou, incluindo dezenas de virgens totalmente a seu serviço).



Mas para isto basta disperdiçar toda a sua vida em algo que você acredita, ou seja, uma crença inútil que te faz parecer pequeno, também serve para ocultar o que não deve ser divulgado, sobre a sua real origem, a verdadeira magnitude de quem você é, pois se você descobrisse, iria acabar com seus conceitos a ponto de revisar todos e mudá-los para melhor.



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