CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Lavagem cerebral



Lavagem cerebral




Lavagem cerebral (também conhecido como Reforma de pensamento ou Reeducação) é qualquer esforço constituído visando premir certas atitudes e crenças de uma pessoa - crenças consideradas indesejáveis ou em conflito com as crenças e conhecimentos das outras pessoas.

 Motivos para a lavagem cerebral podem incluir o objetivo de afetar o pensamento e comportamento do indivíduo que o sistema de valores padrão considerada indesejavél. A lavagem cerebral é atualmente um elemento forte na cultura popular globalizada e muitas vezes é retratada como uma teoria conspiratória.



Em 1987, a Câmara de Responsabilidade Social e Ética para a Psicologia (BSERP) da American Psychological Association (APA), provisoriamente recusou o reconhecimento da lavagem cerebral, pela carência de informações científicas sólidas ao seu favor, embora o debate continue.



Terminologia

As palavras "reeducar" e "re-educação", já existem com vários sentidos desde 1808, mais foi na década de 1940 que passou a expressar especificamente conotações políticas. O termo "lavagem cerebral" foi utilizado pela primeria vez no idioma português na década de 1950. Formas anteriores de coação por persuasão ocorreram, por exemplo durante a Caça às Bruxas e no decurso de dos julgamentos contra os "inimigos do Estado" na União Soviética, mas o termo surgiu nas primeiras décadas da República Popular da China, sendo usado para uso interno na luta contra a os “inimigos do povo” e invasores estrangeiros.



O termo em chinês 洗脑 (xǐ não, literalmente "lavagem cerebral") inicialmente referia-se aos métodos coercivos de persuasão utilizados na 改造 (gǎi Zao, "reconstrução", "mudança", "alterar") dos padrões de pensamento feudal de cidadãos chineses, já existia um termo semelhante no taoísmo "limpeza/lavagem do coração" (洗心xǐ xin), sendo utilizado porque os chineses acreditavam precisar estar “limpos” espiritualmente antes de realizar certas cerimónias ou entrar em determinados lugares santos, sendo que em chinês, a palavra "心 "xin" também refere-se à alma ou o espírito, o que contrasta com cérebro. O termo entrou em uso geral nos Estados Unidos e no mundo na década de 1950 durante a Guerra da Coréia (1950-1953) para descrever os métodos aplicados pelos comunistas chineses que resultaram em permanentes mudanças comportamentais em prisioneiros.



O termo lavagem cerebral conseqüentemente entrou em uso nos Estados Unidos para explicar por que, ao contrário das guerras anteriores, uma porcentagem relativamente elevada de soldados norte-amercianos havia ido para o lado inimigo depois de ficar prisioneiros de guerra na Coréia. Posterior análises determinou que algumas das principais metodologias empregadas sobre eles durante a sua prisão incluia privação do sono e outras métodos de torruta psicológica destinadas a minar autonomia dos indivíduos.



Após a Guerra da Coreia, o termo "lavagem cerebral" veio a aplicar-se a outros métodos de persuasão coercitiva e até mesmo para o uso eficaz das propaganda ordinárias e doutrinação.



 Origem

 Guerra da Coreia (1950-1953)

O Partido Comunista da China utilizou a frase "xǐ nǎo" ("lavagem cerebral", 洗脑) para descrever seus métodos de ortodoxia em persuadir os membros que não estão em conformidade com a mensagem do Partido. A frase foi baseada no xǐ xin (洗心 "lavagem de coração"), uma exortação - encontrada em muitos templos taoístas – para que os fiéis limpassem seus corações dos desejos impuros, antes de entrar.



Em Setembro de 1950, o Miami Daily News publicou um artigo de Edward Hunter que continha pela primeira vez o termo "lavagem cerebral" em inglês, que rapidamente se tornou uma frase popular na propaganda da Guerra Fria. Hunter, identificado por alguns como "um operador de propaganda da CIA", fez diversos livros e artigos sobre o tema. Um outro artigo de Hunter sobre o mesmo assunto apareceu em Nova Leader Magazine em 1951 . 

 Em 1954 e 1956, dois estudos sobre a Guerra Coreana feitos por Robert Lifton  e por Edgar Schein concluiram que havia um efeito de lavagem cerebral transitória utilizada em prisioneiros de guerra. Lifton e Schein constataram que os chineses não se engajaram em qualquer reeducação sistemática dos presos, mas geralmente utilizaram as técnicas de persuasão coercitiva para perturbar a capacidade mental dos prisioneiros. Os chineses, teriam tido sucesso na obtenção de alguns dos prisioneiros a fazer anti-americano declarações colocando os presos em condições adversas, físicas e sociais de privação e perturbação e, em seguida, ofereciam-lhes uma situação mais confortável como dormir em locais melhores, qualidade alimentar, roupas mais quentes ou cobertores. No entanto, os psiquiatras ainda alegaram que estas medidas de coação se demosntraram ineficazes pois provocaram mudanças de atitudes na maioria das pessoas. Sendo que os presos não adotavam efetivamente as crenças comunistas. Pelo contrário, muitos deles se comportavam como com extrema violência física. Além disso, os poucos prisioneiros influenciados pela doutrinação comunista aparentemente sucumbiram por características de personalidade que já existiam antes da prisão.



Lifton e Schein concluíram que a lavagem cerebral era resultado de uma mistura de aspectos sociais, psicológicos e físicos e pressões aplicadas à um indivíduo para produzir mudanças em suas crenças, atitudes e comportamentos. Lifton e Schein alegam que tais práticas podem ter sucesso na presença de um elemento físico de confinamento, forçando o indivíduo à uma situação na qual para sobreviver fisicamente e psicologicamente, ele precisa mudar de personalidade. Eles também concluíram que tais métodos tiveram sucesso somente em uma minoria, sendo que coerção manteos indíviduos mantiveram-se muito instáveis, e a maioria voltou à sua condição anterior logo após terem deixado ambiente coercivo.



Após o armistício que interrompeu hostilidades na Guerra da Coreia (Julho de 1953), um grande grupo de oficiais da inteligência, psiquiatras, psicólogos e soldados das Nações Unidas receberam missões para repatriar os soldados. O governo dos Estados Unidos queria entender o nível sem precedentes de colaboração, a repartição de confiança entre os prisioneiros, e outros indícios de que os chineses tinham conseguido eficazmente no seu tratamento dos prisioneiros de guerra. Estudos formais em revistas académicas começaram a surgir em meados dos anos 1950, bem como alguns relatos de antigos prisioneiros. Em 1961, dois especialistas na área publicaram livros que sintetizaram estes estudos para os não-especialistas preocupados com as questões de segurança nacional e política social. A lavagem cerebral estava destinada a produzir confissões, para fazê-los sentirem-se culpados de crimes contra o Estado, torná-los desejosos de uma mudança fundamental nas perspectivas para as instituições da nova sociedade comunista e, finalmente, para realmente cumprir as alterações desejadas na lavagem cerebral/reforma de pensamento. Diz-se que as técnicas utilizadas para a lavagem cerebral foram:



desumanização das pessoas, mantendo-os em locais sujos;

privação do sono;

privação sensorial parcial;

assédio moral;

sentimento de culpa;

pressão de grupos sociais.

 Críticas às teorias de "lavagem cerebral" na Guerra da Coréia

Segundo a psicóloga forense Dick Anthony a CIA inventou o conceito de "lavagem cerebral", como uma estratégia de propaganda anti-comunista e que os prisioneiros nos campos coreanos comunistas tinham voluntariamente expressado sua simpatia pelo comunismo. Anthony descreveu os livros de Edward Hunter (que possuía ligações com a CIA) estava se passando por um jornalista e era “um grande especialista na guerra psicológica” apresentando ao público em geral a teoria da lavagem cerebral da CIA. Ele afirmou ainda que, por vinte anos, começando no início dos anos 1950, a CIA e o Departamento de Defesa conduziram investigações secretas em uma tentativa de desenvolver práticas de lavagem cerebral mais sua tentativa fracassou.



 Cultos religiosos

Existem debates sobre a possíveis práticas de lavagem cerebral em seitas e novos movimentos religiosos. Pesquisadores acadêmicos de seitas discordam sobre a existência de um processo social tentando de influência coerciva, e também discordam sobre que as pessoas se tornam influenciados contra a sua vontade.



Teorias sobre a lavagem cerebral, também se tornam alvo de discussões jurídicas em tribunais, em que os peritos tiveram que se pronunciar seus pontos de vista perante júris em termos mais simples do que os utilizadas em publicações acadêmicas e onde a questão foi apresentada claramente.



 Lavagem cerebral nas massas

O conceito de lavagem cerebral é, por vezes, aplicado em algumas sociedades onde o Estado mantém um controle sobre os meios de comunicação em massa o sistema de ensino, e usa este controle para difundir uma propaganda particularmente intenso, que poderia "lavar o cérebro" de grandes camadas da população.



A propaganda visa influenciar o sistema de valores dos cidadãos e sua conduta, por meio de um discurso persuasivo buscando adesão dos seus interesses. A sua abordagem usa informação distribuída maciçamente com a intenção de apoiar uma determinada opinião política ou ideológica. Embora a mensagem possa ser verdadeira, ou incompleta, e não-partidária, como uma desinformação, ela não apresenta uma imagem neutra e equilibrada da opinião em questão, que é sempre referida como assimétrica, subjetiva e emocional. A sua principal utilização é no contexto político, geralmente patrocinada por governos ou partidos para convencer as massas; secundariamente refere-se a ela como a publicidade de empresas privadas.



 Referências

1. Compare: brainwashing. Dorland's Medical Dictionary for Healthcare Consumers. Merck/Elsevier (2007). Página visitada em 2008-09-13.

O Domínio das Mentes e a Imposição Religiosa







A Questão da Realidade e o Delírio





“Enquanto, o homem amar um fantasma no céu mais do que ama o seu próximo, nunca haverá paz sobre a terra; enquanto o homem adorar um tirano como sua ‘Paternidade Divina’, nunca haverá a ‘Irmandade dos Homens’. Você deve fazer a escolha, deve tomar sua decisão. Deus ou o homem? Igrejas ou lares? Preparação para a morte ou felicidade por viver?” (Joseph Lewis).



Vivemos em uma sociedade profundamente religiosa. Sim, isso pode não parecer, mas é verdade. A religião está em tudo. Toda nossa sociedade se encontra assentada sobre bases religiosas, mais especificamente, cristãs. Nossa formação, educação, forma de ser e ver o mundo, nossas leis, nossos valores morais e éticos; enfim, tudo em nossa sociedade tem o sangue religioso cristão correndo em suas veias. E isso não é apenas uma mera influência religiosa. As pessoas fazem do cristianismo sua própria vida… e também as dos outros. Os cristãos não têm consciência de que sua religião é apenas uma religião. E que outras pessoas também têm direitos de seguirem outros caminhos…



Por que será que o cristianismo, com suas crenças irracionais, absurdas e primitivas, em pleno século XXI, está, ainda, impregnado dessa forma nas pessoas? Para entender melhor (e ter uma resposta) é preciso voltar um pouco no tempo e remontar (refletindo) a religião na sua origem.



Em que momento o homem desenvolveu o sentimento, senso religioso? (sim, para chegarmos à religião teremos que começar do zero e ir até ao seu germe). Observações de primatas mais próximos do homem revelaram que eles também têm sentimentos bem próximos ao religioso. Sentimentos similares podem está na origem do sentimento religioso dos humanos. Legal né? A religião já começa a se desmontar.



Considerando que isso também, possivelmente, ocorreu com os hominídeos, podemos arriscar que a religião tem origens perfeitamente naturais. Outra descoberta cientifica diz que, sim, o homem tem o gene da crença no sobrenatural. Nossos ancestrais desenvolveram o sentimento religioso natural e gradualmente, nada caiu do céu. Não foi uma aparição divina quem os deu. Nada disso.



O desenvolvimento de tal sentimento foi importante para a nossa sobrevivência e afirmação como dominantes sobre os demais animais e sobre, até mesmo, a natureza como um todo. No momento hostil à sobrevivência – a competição por comida, por parceiros sexuais e por território com outras espécies e afins, somada à catástrofes naturais e mazelas como doenças, por exemplo – o homem encontrou em tal sentimento forças para vencer tais empecilhos e continuar. A princípio, tal sentimento compunha-se de uma espécie de profunda admiração e respeito pela própria natureza e seus elementos. (Tal como mostrou as observações de primatas próximos ao homem, já aludidas), vistos dentro de sua complexidade. Com o tempo, tais sentimentos se tornaram reverência, medo e adoração. O que resultou, inevitavelmente, no sentimento de profunda inferioridade por parte do homem ante a complexidade da natureza e sua incapacidade de entendê-la e desvenda-la. Isso resultou, fatalmente, na personificação da complexidade destes elementos. Ter-se-ia aí a origem dos deuses com, basicamente, essa seqüência: naturismo (na forma como teorizado por Adalberto Kuhn), animismo, panteísmo até o monoteísmo.



No entanto, uma coisa é o sentimento religioso e outra é a religião. Você pode ter sentimento religioso e não ter religião.



Após ter os deuses já criados e reinando sobre suas cabeças, o homem passou a “organizar” a crença. Criou a religião. O mal aconteceu quando os deuses se separarem da natureza, portanto a partir do panteísmo, e esta, assim como o próprio homem, passar a ser considerada apenas como mais uma criação deles. Os deuses, agora separados da natureza, vão ter moradia própria em algum lugar que revela, firma e confirma sua posição superior a toda e qualquer criação suas. No lugar deles, na Terra, a serviço deles, fica o homem.

O ser humano, assim, passa a ter um poder enorme em suas mãos, afinal está no lugar dos deuses! Domina, assim, sobre os demais animais e sobre a natureza no seu sentido mais amplo. O homem, então, descobre que, sendo de certa forma um deus, suas vontades são divinas. A sua vontade é a vontade dos deuses.



Agora, o ser humano dispõe de uma arma poderosa para finalmente dominar sobre os empecilhos e hostilidades. O homem agora tem todo o aval e poder que precisava para se impor. Para combater, inclusive, seus afins.







Recebe, por conseguinte, a “missão” de levar a “vontade de Deus a todo mundo” Terá a incumbência de eliminar o paganismo, o infiel, o herege. E os meios para isso? Não importam quais são. O importante é que a “vontade de Deus” seja feita. Afinal, o homem foi “escolhido” e se cumprir sua “missão” corretamente, vai receber um prêmio. (Talvez a vida eterna no céu ao lado do Pai, cantando hosanas ao seu nome eternamente! Ou seria um paraíso com tudo o que sempre sonhou, incluindo dezenas de virgens totalmente a seu serviço).



Mas para isto basta disperdiçar toda a sua vida em algo que você acredita, ou seja, uma crença inútil que te faz parecer pequeno, também serve para ocultar o que não deve ser divulgado, sobre a sua real origem, a verdadeira magnitude de quem você é, pois se você descobrisse, iria acabar com seus conceitos a ponto de revisar todos e mudá-los para melhor.



O Imperialismo na África



O Imperialismo na África





No fim do século XIX as potências europeias viviam a chamada "Segunda Revolução Industrial" e desejavam expandir seus mercados consumidores, ampliar investimentos e explorar outras fontes de matéria-prima. Dessa forma, em 1884 se reuniram na Alemanha para uma reunião que se tornaria um marco na história do Imperialismo, a "Conferência de Berlim". A partir dessa reunião, foram criadas colônias e protetorados no continente africano pelas potências Inglaterra e França. Nessa conjuntura, a África respondia às necessidades econômicas e financeiras das nações europeias. Para tanto, a dominação do velho continente não poderia ser viabilizada pela "condenável" justificativa do lucro.






O imperialismo representou a ação das grandes potências mundiais sobre as regiões menos desenvolvidas com a finalidade de controlar o mercado e a economia destas regiões.



Para justificar o domínio na África os europeus se basearam na chamada "Teoria Evolucionista" formulada por uma nova ciência gerada no bojo Imperialismo: a antropologia. Edward Burnet Tylor, considerado pai da primeira definição de cultura concebeu um conceito que definia a humanidade em estágios evolutivos, sendo os europeus civilizados e os africanos primitivos. Dentro dessa perspectiva, atribuiu-se um juízo de valor nas teorias científicas de Tylor para justificar a ação predatória europeia na África. Diversos antropólogos tiveram suas pesquisas financiadas por governos europeus para atribuir um caráter científico na exploração no amplo continente.



Porém, além do caráter “científico” a “missão do homem branco” no continente africano se configurou em transposição de valores religiosos, católicos-protestantes, com intento de salvar as almas selvagens desprovidas de noção eclesiástica ocidental. Os missionários europeus condenavam as práticas religiosas africanas por compreendê-las enquanto anticristãs. Esta percepção etnocêntrica justificava e legitimava a catequização dos povos africanos.







Os países imperialistas dominaram o continente africano, e compreendiam suas ações como justas e benéficas à humanidade em nome da ideologia do progresso.





Além de explorar os recursos naturais, o imperialismo provocou graves conflitos étnicos na África e as manifestações culturais africanas não foram respeitadas neste processo.



Concomitantemente, a ação imperialista trouxe mudanças na estrutura sociocultural de forma totalitária, sem respeitar os costumes locais em prol da busca incessante da exploração capital.



Portanto, o imperialismo aplicado pelos europeus na África na segunda metade do século XIX, originou distintos problemas perceptíveis na atualidade.



SOBRE A ANCESTRALIDADE





Muito se indaga sobre esse fator



Para os yorubás , a vida não se finda com a morte.



Àtúnwa, é o nome dado ao processo divino de existência única:



A continuidade da vida. Olodumare , o supremo deus yorubá



No momento do nascimento oferece aos homens um conjunto de forças sagradas que possibilita a vida.são elas:



Ara: o corpo físico vindo da lama.



Ese: elementos do organismo humano.



Okan: coração físico e espiritual - órgão que centraliza o poder de vida e sede da inteligência, do pensamento e da ação.



Ojiji: essência espiritual.



Emi: o sopro divino de vida.



Ori: a individualidade e a identidade.



Odu: o destino e o caminho a ser percorrido.



Asé: força movimentadora da vida.



Orisá: guardião de cada existência humana.



Todos estes aspectos não morrem...voltam as suas origens, isto é, ao orun, pois pertencem a olorun e só ele pode liberá-las.



Estas forças divinas, animaram os antepassados, os ancestrais, as raízes mães do asé orisá, ao partirem do aiyê e voltam ao aiyê para animar seus descendentes e discípulos. A ancestralidade confirma a imortalidade, pois a vida continua no orun como ancestrais.



Do orun a ancestralidade a tudo assiste.no culto de orisá, ancestrais significa:



"Aqueles que um dia tiveram a energia de vida no aiyê e que cuja energia de vida é repassada as novas gerações, garantindo a continuidade da vida e do culto aos deuses africanos”.



"Como conclusão a vida presente depende da vida passada de nossos ancestrais”.











O Yorubà e Orisà





                                            A Religião dos Òrìsás esta ligada a família.




A família numerosa, originária de um mesmo antepassado, que engloba os vivos e os mortos.

O Òrìsá seria, em princípio, um ancestral divinizado, que em sua vida, estabeleceu vínculos que lhe garantiram um controle sôbre certas forças da natureza.






O poder, ÀSE, do ancestral-Òrìsá teria, após sua morte, a faculdade de ancarnar-se, momentaneamente, em um de seus descendentes durante um fenômeno de possessão por êle provocado.



A passagem da vida terrestre à condição de Òrìsá desses seres excepcionais, possuidores de um ÀSE poderoso, produz-se em geral, em um momento de paixão/ira.



Esses antepassados divinizados não morriam de morte natural. Possuidores de um ÀSE muito forte e poderes excepcionais, sofriam uma metamorfose nesses momentos de crise emocional, provocado pela cólera e outros sentimentos violentos. O que nêles era material desaparecia, queimado por essa paixão, e dêles restava sòmente o ÀSE, poder em estado de energia pura.



Para que o culto pudesse ser criado, era precisa que um ou vários membros da família tivesse sido capaz de estabelecer ODU ÒRÌSÁ, "um vaso enterrado no chão, até mais ou menos três quartos de sua altura, pelos seus adeptos ". Êle serve de recepiente ao objeto suporte da força, "o ÀSE do Òrìsá ". Este objeto suporte é a " base material palpável, estabelecida pelo Òrìsá, que receberá a oferenda e será impregnada pelo sangue do animal sacrificado; devidamente sacrilizado, será o traço de união entre os homens e a divindade ". A natureza desses objetos está ligada ao caráter do deus, quer por êle ser uma emanação como a pedra, EDUN ARA, de SÀNGÓ, ou um seixo do fundo do riacho, OTA, de ÒSUN ou YEMONJA, quer seja um símbolo, como as ferramentas de ÒGÚN ou o arco e flexa de ÒSÓÒSÌ.



O Òrìsá é uma força pura, ÀSE imaterial que só se torna perceptível aos seres humanos, incorporando-se em um dêles, possibilitando ao Òrìsá voltar à terra para saudar e receber provas de respeito dos que o evocam.



Nas cerimônias de adoração ao ancestral divinizado, que ao incorporar-se ao ÌYÀWÓ, reencontra, por alguns instantes, sua antiga personalidade espiritual de outrora com suas qualidades e seus defeitos, seus gostos, suas tendências, seu caráter agradável ou agressivo, voltando assim, momentâneamente, a terra, entre seus descendentes; durante as cerimônias de evocação, os Òrìsás dançam diante dêles e com êles, recebendo seus cumprimentos, "ouvem as suas queixas, concedem graças, resolvem as suas desavenças e consola seus infortúnios. O mundo celeste não está distante, nem superior, e o crente pode conversar diretamente com os deuses e aproveitar da sua benevolência ".



Na África, cada Òrìsá estava ligado, originalmente, a uma cidade ou a um país inteiro. Tratava-se de uma série de cultos regionais ou nacionais, SÀNGÓ em OYO, YEMONJA em EGBÓ, YEWÀ em EGBADO, ÒGÚN em EKITI e ondo, ÒSUN em IJEXÁ e IJEBU, ERINLÉ em OLOBU, LOGUNEDE em ILEXA, OTIN em INIXÁ,ÒÒSÀÀLÀ-OBATALA em IFÉ, subdividido em OSÀLÚFÓN em IFAN e OSOGUIAN em IJIGBÓ.



Os Òrìsás viajaram, em seguida, para outras regiões africanas, levados pelos povos no curso de suas migrações. Se as pessoas formavam um grupo numeroso, o Òrìsá tomava tal amplitude que englobava o conjunto da família, e alguns OLORISÁS, sacerdotes do Òrìsá, asseguravam o culto para todo o grupo. Se alguém se fixava com sua família restrita a sua mulher e seus filhos, o Òrìsá assumia uma feição pessoal.



Na África, a realização das cerimônias de adoração ao Òrìsá é assegurada pelos sacerdotes designados para tal. Os outros membros da família ou grupo não têm outros deveres senão o de contribuir materialmente para os custos do culto, podendo, entretanto, se assim o desejar, participar nos cantos, danças e festas animadas que acompanham essas celebrações. Devem, além disso, respeitar as proibições alimentares e outras ligadas ao culto do seu Órisá, e assim agindo, estão perfeitamente em regra com as suas obrigações.



Embora os crentes não africanos não possam reivindicar os laços de sangue com os seus Òrìsás, pode haver, no entanto, entre êles, certas afinidades de temperamento. Africanos e não africanos têm em comum, tendências inatas e um comportamento geral correspondente àquele de um Òrìsá, como a virilidade devastadora de SÀNGÓ, a feminilidade elegante e coquete de ÒSUN, a sensualidade desenfreada de OYA, a calma benevolente de NÀNÁ, a virilidade e a independência de ÒÒSÀÀLÀ , o masoquismo e o desejo de expiação de OMOLU, etc. Podemos chamar essas tendências de arquétipos da personalidade porque, não há nenhuma dúvida, certas tendências inatas não podem desenvolver-se livremente dentro de cada um, no decorrer de sua existência, se elas entrarem em conflito com as regras de conduta admitidas nos meios em que vivem. A educação recebida e as experiências vividas, muitas vezes alienantes, são as fontes seguras de sentimentos de frustação e de complexos, e seus consequentes bloqueios e dificuldades.





Religião Yoruba



A religião yoruba abrange as crenças e práticas religiosas dos yorubas, tanto na África (principalmente na Nigéria e República do Benim), e no Novo Mundo, onde tem influenciado e deu origem a várias religiões afro-americanas, como a Santería em Cuba e Candomblé no Brasil




Entende-se por religião yoruba a religião do povo yoruba que tem uma forte relação entre os mundos sobrenatural (Orun céu) e o natural (Aiye terra), que se complementam entre si.



A cidade de Ilê-Ifé é considerada pelos yorubas o lugar de origem de suas primeiras tribos. lfé é o berço de toda religião tradicional yoruba é um lugar sagrado, onde as divindades orixás funfun chegaram, criaram e povoaram o mundo e depois ensinaram aos mortais como os cultuarem, nos primórdios da civilização.



A semana yoruba era de quatro dias, cada dia correspondia a um elemento da natureza, chamada ossé, é dedicado a uma divindade (Ojô Awô, Ojô Ogum, Ojô Xangô, Ojô Obatalá).



Os Elementos: Terra, Ar, Água e Fogo



Cada dia tem 4 Odus, num total de 16 Odus principais, que desdobrando-se entre si, perfazem o total de 256 odus.



A tradição religiosa africana no Brasil conta com diversas raízes. Uma delas é a Nagô Yoruba.

A principal é a Ketu. Esta Nação tem Chefe da Casa Real ao Orixá Oxossi, que é o apócope de "Oxoto kan soso", o Caçador de uma flecha só.

 Todas as pessoas consagradas nesta Nação tem sua cabeça pintada com waji (azul) que é a cor Real de Ketu.



Entidades espirituais




Entidade ou entidades, são espíritos que atingiram uma evolução de luz e tem permissão de se comunicar com os seres humanos, através de médiuns como conselheiros, orientadores.


Ver também mentores, guias espirituais, orixás, caboclos, preto-velho, etc.  


 Estas entidades sempre fazem parte de uma corrente espiritual do bem, com filosofias de vida bem definidas.


Quando uma manifestação aparenta ser isolada então entendemos que se trata da manifestação de um espírito que ainda está dependente dos planos terrenos e poderíamos então classificar sua intenção como boa ou má.




Divindade ( conceito )




O conceito de divindade assumiu, ao longo dos séculos, várias concepções, evoluindo desde as formas mais primitivas provenientes das tribos da antiguidade até as dogmáticas definições das religiões.




 Conceito

Divindade é um ser sobrenatural, usualmente com poderes significantes, cultuado, tido como santo, divino ou sagrado, e/ou respeitado por seres humanos. Normalmente as divindades são superiores aos seres humanos e à natureza.



Divindades assumem uma variedade de formas, mas são freqüentemente antropomorfas ou zoomorfas. Uma divindade pode ser masculina, feminina, hermafrodita ou neutra, mas é usualmente imortal.



Por vezes, as divindades são identificadas com elementos ou fenômenos da natureza, virtudes ou vícios humanos ou ainda atividades inerentes aos seres humanos.



Assume-se que uma divindade tenha personalidade e consciência, intelecto, desejos e emoções, num sentido bastante humano desses termos. Além disso, é usual que uma determinada divindade presida sobre aspectos do cotidiano do homem, como o nascimento, a morte, o tempo, o destino etc. A algumas divindades é atribuída a função de dar à humanidade leis civis e morais, assim como serem os juízes do valor e comportamento humano.



É também comum atribuir às divindades, ou a interações entre elas, a criação do universo e sua futura destruição.



 Visão histórica

Historicamente, não é possível definir qual foi a primeira tribo a manifestar uma idéia de divindade. As primeiras dessas concepções teriam surgido nos períodos Paleolítico e Neolítico, e teriam sido manifestadas pelo sentimento humano de um vínculo com a Terra e com a Natureza, os ciclos e a fertilidade.[1] Contudo, os escritos mais antigos até hoje encontrados referem-se às concepções vindas das religiões suméria, védica e egípcia, as quais surgiram por volta de 3600 a.C..



No intuito de criar explicações para a existência dos elementos e dos seres da natureza, bem como para conhecer o sentido dos fenômenos naturais (a tempestade, o vento, o dia e a noite, as estações, etc.), os povos e tribos da antiguidade conceberam diversas divindades que, no mais das vezes, passaram a ter sentimentos e emoções idênticas às dos humanos. Daí derivaram os rituais, cerimônias e sacrifícios, que tinham como objetivo agradecer as benesses enviadas por essas divindades ou aplacar sua ira, que castigava a humanidade com alguma calamidade.



 Cronologia

300.000 – primeira (questionada) evidência de uma cerimônia de enterro de mortos. Num sítio arqueológico como o de Atapuerca na Espanha, formam encontrados ossos de 32 indivíduos no buraco de uma caverna.

130.000 – Evidência de uma cerimônia de enterro. Neanderthals enterravam os mortos em sítios como os de Krapina na Croácia.

100.000 – O mais antigo ritual de enterro de seres humanos modernos é considerado como originário de Qafzeh em Israel. Há duas cerimônias do que se supõe serem uma mãe e uma criança. Os ossos foram manchados com ocre vermelho.

100.000 a 50.000 – Aumento do uso do ocre vermelho em vários sítios arqueológicos da Idade da Pedra. O ocre vermelho é considerado de grande importância nos rituais.

70.000 – traços de culto a cobras descobertos em Ngamiland, região da Botswana.

50.000 – Humanos evoluem em gestos associados com o comportamento do homem moderno. Muito desta evidência tem origem na Idade da Pedra Tardia em sítios africanos. Este comportamento denominado de moderno abrange habilidades com a língua, o pensamento abstrato, simbolismo e religião.

42.000 – cerimônia de rituais de humanos no Lago Mungo (Austrália). O corpo aparece respingado por grande quantidade de ocre vermelho. Isso é considerado como uma evidência de que o povo australiano importou os rituais que eram praticados na África.

40.000 – início do Paleolítico Superior na Europa. Há uma abundância de fósseis incluindo cerimônias elaboradas de enterro de mortos; registro arqueológicos das chamadas vênus paleolíticas e arte rupestre. As estatuetas de Vênus são consideradas deusas da fertilidade. As pinturas de caverna em Chauvet e Lascaux são consideradas representativas da manifestação de um pensamento religioso.

30.000 – O mais recente registro da cerimônia de enterro de um shaman (pajé ou sacerdote).

11.000 – início da Revolução Neolítica.

 Visão contemporânea

Atualmente, muitos intelectuais questionam e especulam sobre o próprio conceito de Divindade, como também diversas investigações históricas e arqueológicas tentam desvendar os acontecimentos e circunstâncias em que os homens primitivos criaram os primeiros conceitos religiosos.



 A visão oriental



Yin e Yang.No Oriente a partir dos séculos VII e VI aC., surgiram sistemas filosóficos (budismo, taoismo, confucionismo, que não veneram divindades, mas se baseiam em conceitos não-teísticos, os quais chegaram aos nossos dias, com centenas de milhões de adeptos espalhados por vários países dos mundo.



No Extremo Oriente (China, Japão e Índia) foram desenvolvidos complexos conceitos filosóficos não-teísticos, os quais, ao longo do tempo, tem se mesclado com as tradições de primitivas religiões politeístas, que sempre ali existiram e que estavam profundamente enraizadas no espírito do povo.



Xintoísmo – É uma religião nativa do Japão. Envolve a adoração dos Kami, que representam deuses, ou os espíritos da natureza, ou ainda, simplesmente uma presença espiritual. O tema principal e mais importante na religião Xintoísta é um grande amor e reverência pela natureza. Assim, a Lua, uma Cachoeira ou uma Rocha podem ser observados como um Kami. Os Kamis não são divindades transcendentes, mas sim seres divinos que estão próximos a nós, que habitam o mesmo mundo que nós, cometem os mesmos erros que nós, e têm sentimentos e pensamentos semelhantes aos nossos. Uma pessoa que morre pode automaticamente ser transformado em Kami, não importando o tipo de vida que ela tenha levado. Os Kamis podem ser bons ou maus. O Xintoísmo é uma coleção de rituais e métodos que regulam as relações entre os seres humanos e as divindades (Kami). A vida após a morte não é uma preocupação primária para os xintoístas, pois uma ênfase maior é colocada em encontrar a felicidade na vida nesse mundo.

Taoísmo – É uma filosofia não-teística criada por Lao-Tsé, que expôs seus pensamentos no livro: Tao Te Ching. O conceito Deus, conforme é conhecido na tradição ocidental, não existe nesta filosofia. Tudo o que existe é o Tao, que significa “O Caminho”. Tao é um conceito que transcende as dimensões espaço-tempo e, portanto, não pode ser compreendido pela limitada mente humana. Constitue a essência do universo, a realidade última e indefinível, e é através do Tao – termo e meio eterno da evolução – que passam todas as coisas. Tudo é cíclico, pois Tao é a energia que flui através de toda a vida. De Tao deriva-se Yin e Yang – o número dois, que representa a natureza dual de todas as coisas (bom-ruim, vida-morte, dia-noite, claro-escuro, felicidade-tristeza, saúde-doença). De Yin e Yang nasce implicitamente o três (Céu, Terra e Humanidade) e, finalmente, por extensão, se produz a totalidade do mundo na forma como o vemos e conhecemos.

Budismo – Criado por Siddhartha Gautama, o Buda ou o Iluminado, é geralmente visto como uma religião não-teística, embora pregue a existência de deuses – os devas – que são criaturas que gozam de grande felicidade em seus mundos celestiais. Contudo, esses seres, não são eternos e estão sujeitos à morte e a eventuais renascimentos como seres inferiores, amarrados a um determinado aspecto da natureza, no qual terão que incondicionalmente trabalhar. A existência do homem é passageira e cíclica – o Samsara (conjunto dos ciclos de nascimento e morte). O homem somente estará livre desse “Ciclo de Renascimentos” quando eliminar definitivamente seu auto-apreço atingindo a libertação ou Nirvana. Para os budistas somente os seres-humanos podem atingir o nirvana ou a iluminação, os deuses por desconhecerem o sofrimento são incapazes de gerar renúncia ou compaixão. O ser Iluminado confunde-se então com a Mente Universal. Diversos Tantras budistas declaram sobre esse Ser Iluminado: “Eu sou o Núcleo de todas as coisas que existe. Eu sou a Semente de todas as coisas que existe. Eu sou a Causa de todas as coisas que existe. Eu sou a Raiz da Existência”.



                                                 Vênus de Willendorf, do Paleolítico


.Confucionismo - Sistema filosófico, religioso e ético desenvolvido a partir dos ensinamentos de Confúcio. O objetivo principal dessa filosofia consiste - não em subjugar as pessoas a um Ser Superior (Deus) - mas sim, através de Ritos, trabalhar no interior delas, a fim de moldar seu comportamento e dar auto-controle sobre seus desejos. Nesse sentido, todos reconhecerão sua posição relativa diante de seus semelhantes, identificando a cada instante quem é o mais jovem e quem é o mais sábio, quem é o visitante e quem é o dono da casa, e assim por diante; e atingirão o conhecimento sobre sua obrigação entre os outros e sobre o que esperar deles. Há obrigações específicas prescritas para todos os participantes em todas as ramificações do relacionamento humano. "Não faça aos outros, aquilo que voce não quer que eles façam a você", é a máxima chinesa conhecida como Regra de Ouro do Confucionismo. A solidariedade e a educação são os grandes ideais buscados por essa filosofia, e em Confúcio está o maior exemplo dessas virtudes.

Deusa Mãe - Precedido por cerimônias de cultos aos mortos (300 mil a.C.), data de 30 mil anos a.C. o primeiro registro humano de um sentimento de culto e de religião a uma divindade feminina;[1] segundo alguns autores, o vínculo com a Terra, a Natureza, a fertilidade e os ciclos teria formado o primeiro sentimento humano de divindade e o mito do útero de uma Deusa mãe ou Mãe Cósmica. Inicialmente cultuada na Índia, como Kali, a Mãe Informe, recebeu depois o nome de Tiamat (Babilônia), Temut (Egito), Nu Kua (China), Têmis (Grécia pré-helênica) e Tehom (Síria e Canaã) ou Abismo (Bíblia). Esta concepção teve origem na experiência do nascimento humano, que consistia na única origem possível das coisas: a visão de um útero cheio de sangue era capaz de criar magicamente a prole. A partir do sangue divino do útero e através de um movimento, dança ou ritmo cardíaco, que agitava este sangue, surgia os "frutos", a própria maternidade. Muitas tradições referiram o princípio do coração materno que detém todo o poder da criação. Este coração materno, "uma energia capaz de coagular o caos espumoso" organizou, separou e definou os elementos que compõem e produzem o cosmos; a esta energia organizadora os gregos deram o nome de Diakosmos, a Determinação da Deusa. Os egípcios, nos hieróglifos, chamaram este coração de ab e os hebreus foram os primeiros a chamar de pai. O coração e o sangue definiriam um elo imanente a todos os seres que dele nasciam e a idéia de coração oculto do universo que pulsa e mantém o ritmo de ciclos das estações, dos nascimentos, mortes, destinos. Este é o significado que está no Livro dos Mortos ou das mutações. No mesmo sentido o livro chinês I Ching é denominado Livro das Mutações.

 Outros conceitos

Além da visão teística (politeísmo ou monoteísmo), a divindade pode ainda ser visualizada sob a ótica dos seguintes conceitos filosófico-religiosos:



Ateísmo – Contrapondo-se à visão do teísmo, o ateísmo afirma a existência somente deste mundo não existindo outros deuses a não ser o proprio homem. Para alguns ateus, o conceito Deus deixou como sequela para a humanidade uma inumerável quantidade de tradições e costumes, mantidas em seu nome, que conduziram o ser humano a um segundo plano, fato este que fez girar a roda da história contra ele mesmo, subjugando-o à vontade deste conceito intangível, e limitando sua vida e sua criatividade por gerações e gerações.

Agnosticismo – Dentro da visão agnóstica, não é possível provar racionalmente a existência de Deus, como também é igualmente impossível provar a sua inexistência. O politeísmo e o monoteísmo enquadram-se dentro de uma visão gnóstica de deus, isto é, Deus ou os deuses são seres cujos atributos estão perfeitamente definidos ou revelados em seus livros sagrados. Para um agnóstico, no entanto, Deus pode até existir, porém suas características são incompreensíveis para a razão humana.

Panteísmo – A visão panteísta sustenta que o Universo inteiro é o próprio Deus. Assim: "Deus é o Universo, e o Universo é Deus". No panteísmo dá-se ênfase às divindades imanentes, enquanto que no Panenteísmo (visão em que o Universo está inteiramente contido em Deus, porém Este é alguma coisa maior que o Universo) dá-se ênfase às características transcendentais de Deus.

Animismo – Crença na qual se atribui a todos os elementos do cosmos (Sol, Lua, estrelas), a todos os elementos da natureza (rio, oceano, montanha, floresta, rocha), a todos os seres vivos (animais, árvores, plantas) e a todos os fenômenos naturais (chuva, vento, dia, noite) um princípio vital e pessoal, isto é, uma Alma. Consequentemente, todos esses elementos são passíveis de possuirem: sentimentos, emoções, vontades ou desejos, e até mesmo inteligência. Resumidamente, os cultos animistas alegam que: "Todas as coisas são Vivas", "Todas as coisas são Conscientes", ou "Todas as coisas têm uma Alma". Atualmente, discute-se quais foram historicamente os primeiros cultos que deram origem a todas as religiões e a todos os deuses. Alguns historiadores e cientistas defendem a tese de que foram os mitos politeístas, enquanto outros afirmam que foram os cultos animistas.

Referências

1 Revista Artemis - UFPB

Mitologia


Mitologia iorubá



 mitologia dos iorubás engloba toda a visão de mundo e as religiões dos iorubás, tanto na África (principalmente na Nigéria e na República do Benin) quanto no Novo Mundo, onde influenciou ou deu nascimento várias religiões, tais como a Santería em Cuba e o Candomblé no Brasil em acréscimo ao transplante das religiões trazidas da terra natal. A mitologia Iorubá é definida por Itans de Ifá.





 Mito da criação

Na mitologia iorubá o deus supremo é Olorun, chamado também de Olodumare. Não aceita oferendas, pois tudo o que existe e pode ser ofertado já lhe pertence, na qualidade de criador de tudo o que existe, em todos os nove espaços do Orun.



Olorum criou o mundo, todas as águas e terras e todos os filhos das águas e do seio das terras. Criou plantas e animais de todas as cores e tamanhos. Até que ordenou que Oxalá criasse o homem.



Oxalá criou o homem a partir do ferro e depois da madeira, mas ambos eram rígidos demais. Criou o homem de pedra - era muito frio. Tentou a água, mas o ser não tomava forma definida. Tentou o fogo, mas a criatura se consumiu no próprio fogo. Fez um ser de ar que depois de pronto retornou ao que era, apenas ar. Tentou, ainda, o azeite e o vinho sem êxito.



Triste pelas suas tentativas infecundas, Oxalá sentou-se à beira do rio, de onde Nanã emergiu indagando-o sobre a sua preocupação. Oxalá fala sobre o seu insucesso. Nanã mergulha e retorna da profundeza do rio e lhe entrega lama. Mergulha novamente e lhe traz mais lama. Oxalá, então, cria o homem e percebe que ele é flexível, capaz de mover os olhos, os braços, as pernas e, então, sopra-lhe a vida.



 Principais orixás

Na mitologia iorubá, Olodumare também chamado de Olorun é o Deus supremo do povo Yoruba, que criou as divindades, chamadas de orixás no Brasil e irunmole na Nigéria, para representar todos os seus domínios aqui na terra, mas não são considerados deuses, são considerados ancestrais divinizados após à morte.



 Orixás

Exu, orixá guardião dos templos, casas, cidades e das pessoas, mensageiro divino dos oráculos.

Ogum, orixá do ferro, guerra, e tecnologia.

Oxóssi, orixá da caça e da fartura.

Logunedé, orixá jovem da caça e da pesca

Xangô, orixá do fogo e trovão, protetor da justiça.

Ayrà, usa cores brancas, tem profundas ligações com Oxalá.

Xapanã (Obaluaiyê/Omolu), Orixá das doenças epidérmicas e pragas.

Oxumarê, orixá da chuva e do arco-íris.

Ossaim, orixá das ervas medicinais e seus segredos curativos.

Oyá ou Iansã, orixá feminino dos ventos, relâmpagos, tempestade, e do Rio Niger

Oxum, orixá feminino dos rios, do ouro e amor.

Iemanjá ou Yemanjá, orixá feminino dos lagos, mares e fertilidade, mãe de todos os Orixás de origem yorubana.

Nanã, orixá feminino das águas das chuvas, dos pântanos e da morte, mãe de Obaluaiyê, Iroko, Oxumarê e Ewá, orixás de origem daomeana.

Yewá, orixá feminino do rio Yewa, senhora da vidência, a virgem caçadora.

Obá, orixá feminino do rio Oba, uma das esposas de Xangô juntamente com Oxum e Iansã.

Axabó, orixá feminino da família de Xangô

Ibeji, orixás gêmeos

Iroko, orixá da árvore sagrada (conhecida como gameleira branca no Brasil).

Egungun, ancestral cultuado após a morte em Casas separadas dos Orixás.

Iyami-Ajé, é a sacralização da figura materna.

Onilé, orixá relacionado ao culto da terra.

OrixaNlá (Oxalá) ou Obatalá, o mais respeitado Orixá, Pai de todos os Orixás e dos seres humanos.

Ifá ou Orunmila-Ifa, orixá da Adivinhação e do destino.

Odudua, orixá também tido como criador do mundo, pai de Oranian e dos yoruba.

Oranian, orixá filho mais novo de Odudua.

Baiani, orixá também chamado Dadá Ajaká.

Olokun, orixá divindade do mar.

Olossá, orixá dos lagos e lagoas

Oxalufon, orixá velho e sábio.

Oxaguian, orixá jovem e guerreiro.

Orixá Oko, orixá da agricultura.

Janeiro o mês de Oxalá ( ÁGUAS DE OXALÁ POR MESTRE DIDI )



As Águas de Oxalá é uma festa anual em homenagem a Oxalá, no Ilê Opó Afonjá é descrita sem detalhes por Mestre Didi: Na quinta-feira à noite, antes de se iniciarem os preceitos desta cerimónia, das 7 horas da noite até à meia noite, todos os filhos da casa devem fazer um Bori, em muitas casas essa obrigação tem sido substituída por um obi, para poderem carregar as águas.




Depois desse Bori ou obi, recolhem-se, até que são acordados, antes do nascer do Sol pela Yalorixá ou pelo Babalorixá para iniciarem o preceito das águas. Os filhos do Axé, trajados de branco, saem em silêncio do terreiro, em procissão, carregando potes e moringas, tendo à frente a Iyalorixá tocando o seu ajá.



No tempo de Mãe Senhora, dirigiam-se para uma fonte chamada Riacho, que fica ao lado da Lagoa da Vovó, nessa roça de São Gonçalo do Retiro. Hoje, essa obrigação é feita dentro do próprio terreiro.



Esta festa trata-se de um ato de respeito, um pedido de perdão pelas injustiças ocorridas com Oxalá em sua visita ao Reino de seu filho Xangô (Ver a lenda da viagem de Oxalá ao reino de Xangô, em Ayrà).



Na parte externa é feita uma caminhada pelas ruas de Salvador até Igreja do Senhor do Bonfim, esta grande homenagem é iniciada através de vários rituais iniciados no ano anterior e concretizados no mês de janeiro através da lavagem das escadas da Igreja em homenagem ao Pai Oxalá, chamada de Lavagem do Bonfim.



Não se pode esquecer que a lavagem das escadarias é um ritual criado pelo sincretismo religioso forçosamente adotado pelos escravos para ocultar seus orixás dos senhores de engenho e que oxalá nada tem a ver com Jesus Cristo sendo então duas divindades de religiões distintas.

Janeiro o mês de Oxalá ( cozinha ritualística )



                                                           COZINHA RITUALÍSTICA




Canjica

Canjica branca (sem aquele olhinho escuro e mal cozida). Colocar em tigela de louça branca. Cobrir com Algodão, Folhas de Saião ou Claras em Neve. Podendo colocar um cacho de uva branca por cima de tudo. Regar com mel

Acaçá

Cozinhar 1/2 kg de Farinha de Milho branca, como um angu ou mingau. Deixe esfriar um pouco, e faça bolinhos. Em algumas casas se põe, às colheradas, em folhas de bananeira passada ao fogo e enrola-se. Serve-se depois de frio.

Obs1) Quando colocar esta oferenda, coloque na frente de seu altar com uma copo de água na parte de cima, uma vela de 7 dias a direita, 3 ramos de trigo a esquerda e na parte de baixo encima de uma pano branco coloque um pãozinho cortado em três pedaços, deixe até acabar a vela de 7 dias e veras que criara uma penugem de bolor nos Acaçá, sinal que seu pedido e sua fé foi bem aceita, despache tudo em um jardim ou campo florido.

Obs3) Já existe à venda no mercado a chamada "farinha de acaçá", que é a canjica branca já moída, o que facilita enormemente a confecção do acaçá de Oxalá.

Mungunzá

Escolha 1/2 kg de canjica branca (sem aquele olhinho escuro) e ponha de molho na véspera. No dia seguinte, ponha para cozinhar com água e sal. Quando a canjica começar a amaciar, adicione o leite ralo de 2 cocos, junte o açúcar, misture e, se preciso, ponha mais sal. Acrescente os cravos-da-índia e a canela. Desmanche o creme de arroz em leite de coco puro e junte ao mungunzá para engrossar o caldo do mesmo. Sirva em pratos fundos, como sopa.

Também se faz agrado com uma mesa de frutas, que não podem ter espinhos farpas ou fiapos, como por exemplo: manga, abacaxi, carambola, cajá-manga, etc. No Candomblé é o único Orixá que não exige matança, em tempo algum.

Janeiro o mês de Oxalá o pai de Ori ( As Águas de Oxalá )


                                                       As Águas de Oxalá


Na quinta-feira à noite, antes de se iniciarem os preceitos das águas de Oxalá, das dezenove até às vinte e quatro horas, todos os filhos e filhas da casa são obrigados a fazer um bori (obrigação que se faz com a fruta chamada obi e água) para poderem carregar as águas.



Depois desse bori, vão se agasalhar, até que são despertados pela Babalorixá para iniciarem o preceito das águas. Os filhos do Axé, trajados de alvo, saem em silêncio do terreiro, em procissão, carregando potes e moringues, tendo à frente o Babalorixá tocando o seu adjá. Dirige-se para uma fonte próxima.



Hoje, essa obrigação é feita dentro do próprio terreiro. Meia hora depois, com suas vasilhas cheias d'água, aproximam-se de um lugar apropriado, todo cercado de palha, com uma oca indígena, chamado Balué, onde se colocou o assento do velho Oxalá. Ali, todos apresentam aquelas águas ao Babalorixá, que as derrama por cima do assento de Oxalá.



São feitas três viagens à fonte ou aonde está a água, e, na terceira, a água não é mais derramada, ficando todas as vasilhas cheias depositadas no Balué, sendo colocada uma cortina branca na porta e uma esteira no chão.



Cada pessoa que chega ajoelha-se sobre aquela esteira em sinal de reverência. Algumas pessoas, os que têm orixá masculino, dão Dodobalé, deitam-se de fio ao comprido, tocando a cabeça no chão. As demais dão o Iká otun iká osi, virando-se de um lado e do outro, tocando o chão com a cabeça - são as que têm o orixá feminino. Depois dessa cortesia, o Babalorixá, juntamente com todos os seus filhos e associados, começa a cantar uma saudação para Oxalá (Oriki):



Babá êpa ô

Babá êpa ô

Ará mi fo adiê

Êpa ô Ará mi ko a xekê Axekê koma do dun ô

Êpa Babá



Depois de cantada essa saudação, todas as pessoas pertencentes à Oxalá são por ele manifestadas e vão até o Balué, que é, como já se viu, onde está o assento do orixá. Fazem ali determinadas reverências e cumprimentam a todos, agradecendo o sacrifício daquele dia e rogando a Oduduá para abençoar a todos.



Por que Oxalá usa Okodide (transcrição do livro Porque Oxalá usa Ekodidé - Deoscóredes M. dos Santos-DIDI - Edição Cavaleiro da Lua - Fundação Cultural do Estado da Bahia - foi mantida a ortografia original do manuscrito)



Muito tempo depois que Oduduwa chegou em Ilê Ifé e começaram a adorar o culto das Águas de Oxalá, aconteceu que, logo no primeiro ano, quando estava perto das festas Oxalá escolheu uma senhora das mais velhas do terreiro, chamada Omon Oxum, para tomar conta de todo, ou melhor, de toda sua roupa, adornos e apetrechos, depositando com toda benevolência nas mãos dela aquele direito especial para tomar conta de tudo que lhe pertencesse, da coroa ao sapato.



Omon Oxum por nunca ter tido nenhum filho, criava uma menina. Dessa data em diante ela e a menina ficaram sendo odiadas por algumas pessoas que faziam parte nesse terreiro e que por inveja de Omon Oxum começaram a tramar novidades, procurando um meio qualquer para fazer Oxalá se zangar com ela e tomar o "Axé" entregue por Oxalá. Fizeram coisas que Deus duvida contra Omon Oxum porém nada surtia efeito. Cada vez mais Oxalá ia aumentando a amizade e dedicação para Omon Oxum. Ela era muito devotada ao cumprimento das suas obrigações e não dava margem alguma para ser por ele repreendida.



Como dizem que a água dá na pedra até que fura, aconteceu que, na véspera do dia da festa, as invejosas, já desiludidas por poderem fazer o que desejavam, de passagem pela casa de Omon Oxum se depararam com a coroa de Oxalá que ela tinha arriado e colocado no sol para secar.



Quando elas viram a coroa de Oxalá muito bonita e mais reluzente do que nunca, combinaram roubar a coroa e ir jogar no fundo do mar. E assim fizeram. Quando Omon Oxum foi apanhar a coroa para guardar, não encontrou. Ficou doida. Procura daqui procura dali, remexeram com tudo procurando em todos os cantos da casa e nada da coroa aparecer. As invejosas vendo a aflição que estava passando Omon Oxum e sua filhinha, satisfeitas pelo mal que tinham causado, riam as gaiofadas dizendo: agora sim quero ver como ela vai se atar com Oxalá amanhã quando ele procurar a coroa e não encontrar.



A essa altura Omon Oxum completamente perdida só pensava em se matar e já estava resolvida a fazer isso para não passar vergonha perante Oxalá. Foi quando a meninazinha, sua filha de criação disse: - Mamãe, porque a senhora não vai na feira amanhã de manhã bem cedinho e não compra o peixe mais bonito que tiver lá?



A coroa de Oxalá deve estar na barriga desse peixe. E assim a menina insistiu, insistiu tanto, até que Omon Oxum se decidiu a aceitar o que a menina aconselhou, dizendo:- Fique tranqüila minha filha, porque de madrugada eu vou acordar para ir à feira ver se encontro com esse peixe que você imagina ter a coroa do nosso Rei Oxalá na barriga.



A menina foi dormir tranqüila. Omon Oxum coitada, não pôde dormir toda a noite preocupada que já amanhecesse o dia para ela ir a feira ver se conseguia encontrar o dito peixe que a menina julgava ter a coroa na barriga. Quando o dia mal tinha clareado, Omon Oxum pulou da cama, se preparou e lá se foi. Quando ela chegou na feira foi diretamente no mercado de peixe e não encontrou nenhuma escama.



Ainda era muito cedo. Omon Oxum deu uma volta pela feira e já bastante impaciente voltou ao mercado onde encontrou um senhor vendendo um peixe, cujo peixe, era o único que se encontrava no mercado. Omon Oxum comprou o peixe e foi voando para casa a fim de destrincha-lo. Queria ver se sua filha tinha aconselhado bem, para ela poder obter a paz e tranqüilidade espiritual, encontrando a coroa de Oxalá. Assim que ela chegou em casa foi logo para a cozinha para abrir a barriga do peixe.



Porém não conseguiu. Quando ela estava aí se acabando de chorar e labutando para abrir a barriga do peixe, a menina acordou e foi logo perguntando: - Mamãe já comprou o peixe? A senhora deixa que eu abra a barriga dele? - Omon Oxum bastante chorosa respondeu:- Minha filha a barriga dele está muito dura. Eu não posso abrir quanto mais você.



A menina se levantou, chegou na cozinha, apanhou um cacumbú e puxou rasgando a barriga do peixe, está se abriu em bandas deixando aparecer a coroa de Oxalá ainda mais bonita do que era antes. Omon Oxum se abraçou com a menina e de tanto contentamento não sabia o que fazer com ela. Carregava, beijava, dançava, e por fim Omon Oxum olhando para a menina e em seguida voltando as vistas para o céu, disse: - Olorun, Deus que lhe abençoe.



Sua mãe está sendo perseguida, porém com a fé que tem no seu Eledá, anjo da guarda, não ha de ser vencida. Limparam muito bem limpa, a coroa, e guardaram, muito bem guardada, juntamente com o resto das coisas pertencentes a Oxalá. Em seguida Omon Oxum cozinhou o peixe, fez um grande almoço e convidou a todos da casa para almoçar com ela dizendo que estava festejando o dia da festa do Pai Oxalá.



Ao meio dia Omon Oxum juntamente com seu, quero dizer, sua filhinha serviram o almoço acompanhado de Aluá ou Aruá, a bebida predileta de Oxalá a qual os Erê dão o nome de mijo do pai.



Depois do almoço todos foram descansar para na hora determinada dar começo a festa das Águas de Oxalá. As invejosas quando viram todo aquele movimento, Omon Oxum muito alegre como se nada tivesse acontecido a ponto de dar até um banquete em homenagem a Festa de Oxalá, ficaram malucas. Uma delas perguntou:- Será que ela encontrou a coroa? - Outra respondeu:- Eu bem disse que queimasse. - E a outra mais danada ainda dizia:- Eu disse a vocês que o melhor era cavar um buraco bem fundo e enterrar. - A primeira procurando acalmar os ânimos, disse para a outra:- Vamos esperar até a hora que ela apresentar as roupas de Oxalá com todos os armamentos.



Se a coroa estiver no meio o jeito que temos é fazer um grande ebó e colocar na cadeira onde ela vai se sentar ao lado de Oxalá. - O ebó, sacrifício, pode ser empregado para o bem ou para o mal.



Quando estava perto da hora de começar a festa, Omon Oxum apresentou a Oxalá toda a roupa com todos os armamentos deixando as invejosas mais danadas e com mais desejo de vingança, a ponto de procurarem fazer o ebó por elas idealizado e colocar na cadeira onde Omon Oxum era obrigada a sentar-se por ordem de Oxalá.



Começou a festa com a maior alegria possível. Oxalá chegou acompanhado por Omon Oxum e se sentou no trono. Omon Oxum sem saber do que estava sendo feito contra ela, também se sentou na sua cadeira ao lado de Oxalá. Quando começaram as cerimônias e que Oxalá precisou de colocar a sua coroa, virou-se para Omon Oxum e pediu para ela ir apanhar a coroa. Omon Oxum quis levantar e não pôde. Fez força para um lado, para o outro, e nada de poder levantar-se, até quando ela decidiu levantar-se de qualquer maneira.



Devido a grande dor que sentiu, olhou para a cadeira e viu que estava toda suja de sangue. Alucinada de dor, e horrorizada por saber que Oxalá de forma nenhuma podia ter nada de vermelho perto dele porque era ewó, proibição, saiu esbaforida pela porta afora, indo se esbarrar na casa de Exú. Quando Exú abriu a porta que viu Omon Oxum toda suja de vermelho, disse:- Você vindo desse jeito da casa de meu pai? Infringiu o regulamento e eu não posso lhe abrigar,- e fechou a porta. Daí ela foi para a casa de Ogun, Oxossi, de todos Orixás e sempre diziam a mesma coisa que disse Exú.



Só restava a casa de Oxum. Quando Omon Oxum chegou a casa de Oxum, esta já tinha sabido do que estava acontecendo e estava a sua espera. Omon Oxum se jogando nos pés dela disse:- Minha mãe me valha, estou perdida. Oxalá não vai me querer mais em sua casa. Oxum disse para ela que não se preocupasse, que um dia Oxalá ia buscar ela de volta. Depois Oxum, usando de sua magia, fez com que, do lugar onde sangrava em Omon Oxum saísse Ekodide, pena vermelha de papagaio da costa, até quando sare a ferida. Oxum, depois de colocar todo aquele Ekodidé numa grande igbá, cuia, reuniu todo seu pessoal e todas as noites faziam um xirê, festa, cantando assim:



BI O TA LADÊ

BI O TA LADÊ IRÚ MALÉ

IYA OMIN TA LADÊ OTO RU ÉFAN KOBÁJA

OBIRIN IYA OMIN TA LADÊ E



Assim Oxum ricamente vestida, sentada no seu trono, com Omon Oxum ao seu lado, a cuia de Ekodidés e a vasilha para colocarem dinheiro em frente a elas, recebia as visitas de todos os Orixás que iam até lá para ver e saber porque Oxum estava fazendo aquela festa todas as noites. Todos que lá chegavam e ficavam sabendo do acontecimento, si era homem dava dodóbálé, se estirava de peito no chão para Oxum, depois apanhava um Ekodidé e colocava uma certa quantia na vasilha que estava ao lado para ser colocado o dinheiro, e se era mulher dava iká, quer dizer, se deitava no chão de um lado e do outro para Oxum e em seguida apanhava um Ekodidé e colocava também o dinheiro na referida vasilha.



Tudo aquilo que estava acontecendo no palácio de Oxum, ficou sendo muito propalado e as invejosas faziam todo possível para que Oxalá não soubesse. Um dia, elas, sem observarem que Oxalá estava por perto, começaram a comentar o caso, onde uma delas disse:- Com ela não tem quem possa, depois de tudo o que nós fizemos, depois de ter acontecido o que aconteceu aqui no palácio de Oxalá e de ter sido enjeitada por todos Orixás, vocês não estão vendo que Oxum abrigou ela? Curou, conseguindo que do lugar que sangrava saísse Ekodidé, fazendo uma grande fortuna e aumentando a sua riqueza.



Agora só nos resta é fazer com que o velho não saiba do que está acontecendo no palácio de Oxum, se não é bem capaz de querer ir até lá. Nisso o velho Oxalá pigarreou dando a entender que tinha ouvido toda a conversação. Ordenou a elas que procurassem saber a hora que começava o xirê no palácio de Oxum e que elas iam servir de companhia para ele poder ir apreciar o xirê e tomar conhecimento do que estava acontecendo. Quando elas ouviram Oxalá falar desta maneira bem pertinho delas a terra lhe faltaram nos pés e o remorso montou nos seus cangotes fazendo com que elas fugissem para nunca mais voltar ao palácio de Oxalá. A noite, depois do jantar, Oxalá cansado de esperar pelas três invejosas e não vendo nenhuma delas aparecer, disse:- Fugiram com medo de que eu castigasse pela grande injustiça que cometeram, não sabendo de que o castigo será dado pelas mesmas. Assim Oxalá se dirigiu para o palácio de Oxum afim de assistir o xirê e saber qual a causa do mesmo.



Quando Oxalá chegou no palácio de Oxum mandou anunciar a sua chegada. Oxum mais bonita do que nunca, coberta de ouro e muitas jóias dos pés a cabeça, sentada no seu rico trono, mandou que Oxalá entrasse, e continuou o xirê cantando:



BI O TA LADÊ, BI O TA LADÊ, IRÚ MALÊ, IYA OMIN TA LADÊ.



Quando Oxalá entrou ficou abismado de ver tanta riqueza e quando reparou bem para Oxum, que viu a seu lado Omon Oxum, a pessoa que cuidava dele e de todas suas coisas, a quem ele julgava ter perdido devido o que tinha acontecido, não se conteve, se jogou também no chão dando dodóbálé para Oxum, apanhando um Ekodidé e colocando bastante dinheiro na vasilha. Oxum quando viu o velho dar dodóbálé para ela, se levantou cantando:



DÓDÓ FIN DODÓBÁLÉ KÓ BINRIN IYA OMIN TA LADÊ



E foi ajudar a Oxalá se levantar do chão. Depois que Oxalá se levantou Oxum pegou Omon Oxum pela mão e entregou à Oxalá dizendo:- Aqui está a vossa zeladora, sã e salva de todo mal que desejaram e fizeram para ela para que ela ficasse odiada por vós.



Oxalá agradecendo a Oxum disse:- Oxum, em agradecimento a tudo o que fizestes de bem e para amenizar os sofrimentos de Omon Oxum eu, Oxalá, prometo levar ela de volta para o meu palácio e de hoje em diante nunca hei de me separar desta pena vermelha que é o Ekodidé e que será o único sinal desta cor que carregarei sobre o meu corpo.

Janeiro o mês de Oxalá ( Receitas )


                                                         AXÉS COM ORIXÁ OXALÁ


Mo jubá.



Quando relaciono aqui AXÉS COM ORIXÁ OXALÁ, tenho como finalidade colocar a seu disportor ferramentas diversas para você receber,dar,na realidade manipular esta energia . 

São dicas das mais diversas na linha de orações, ebós, obrigações, agrados,simpatias,muitas destas manipulações são tão antigas como o pó da estrada,outras são frutos da evolução humana, espiritual e claro folclórica.Tradicional.



Não significa que são ebós para você vencer em todos os obstáculos que temos que enfrentar na estrada da vida ao longo de seu percurso ,mas com certeza lhe darão ânimo,força e determinação.



Fortalecendo o seu modo de pensar significa você sair de uma situação estagnada seja qual for e partir para uma situação que julga ser melhor,isto em todos os campos.Através da conquista do espaço desejado.



Pode ser uma viagem que não se concretize.Um namoro complicado,um amante que não se decide.Uma venda que não se efetue,bem...as orientações estão abaixo.



Desejo que você tenha dicernimento para fazer a escolha,não apenas da ferramenta a usar,mas principalmente quanto a necessidade do uso.



Quem sabe não tem aqui uma receitinha especial para o seu caso?



Boa sorte
Ou Jafusi Inanga




=ABERÉM



-FARINHA DE MILHO BRANCA-



-FOLHA DE BANANEIRA-



-TIGELA BRANCA-



-VELA BRANCA-



Coloque farinha de milho branca a ferver em banho maria sempre mechendo para não embolar ,fazer bolinhos e colocar em folhas de bananeira.Amarrar e distribuir na tigela em número de 12.



=ACASSÁ



-CANGICA BRANCA-



-FOLHA DE BANANEIRA-



-ALGUIDAR DE BARRO-



-VELA BRANCA-



Deixa-se o milho branco com água em alguidar novo.



Sem qualquer resíduo até amolecer,ralando-se depois.



Passa-se numa peneira fina ficando ao cabo de algum tempo a massa no fundo do vaso , isto pronto escoa-se a água , deitando-se a massa no fogo , com outra água , até cozinhar em ponto grosso,retirando-se com uma colher de madeira pequenas porções que são envolvidas em folhas de bananeira depois de rápido aquecimento no fogo.







=AJÁLA SAUDAÇÃO Orixá que molda a cabeça Vos agradecemos ,senhor supremo venha a cabeça, Vos saudamos , vos agradecemos senhor supremo Saudamos o sol , saudamos a lua Saudamos a chuva que cai sobre a



terra feliz a cabeça . A corde , acorde feliz , cabeça







=ALIMENTO NO LAR Em nome do PAI ,FILHO e ESPÍRITO SANTO .



Nós vos agradecemos



pelo alimento que vamos ingerir



e pedimos que esta comida seja



para nós boa e alimentícia



e que não falte em nosso lar jamais



o alimento da terra , assim



como o alimento dos céus.



abençoai , estes alimentos



que a terra produziu com o



suor do homem e a bênção



do sol e da chuva



e que fortalecidos , possamos



sempre render graças a DEUS.-







=ARROZ DE HAUSSÁ



-ARROZ BRANCO.



-MEL.



-TOUCINHO.



-CEBOLA SECA.



-MEL DE ABELHA.



-6 OVOS DE CASCA BRANCA COZIDOS.



-TIGELA BRANCA OPACA.



Dourar a cebola de leve com a gordura do toucinho.Acrescentar o arroz , água e um um pouco de mel e deixar cozinhar.



Antes que esteje seco deve-se retirar da panela,colocar na tigela e enfeitar o prato com claras de ovos cozidas e cortadas em tiras.







=BABALAXÉ



Nos desse a vida.



lance os olhos do conhecimento sobre teus filhos para que possamos cada vez servir melhor . Lance os olhos do conhecimento sobre teus filhos para que possam servir melhor.







=BUENGUÊ



-CANGICA BRANCA.



-MEL.



-TIGELA BRANCA.



-6 VELAS BRANCAS.



Cozinhar cangica branca e quando estiver amolecida adoçar com mel .Servir em tigela branca.Quando arriar acender as velas ao redor da tigela.







=BOLO DE CARNE



-7 BOLOTAS DE CARNE DE RÊS MOIDA.



-FARINHA DE MILHO DA GROSSA.



-7 MOEDAS CORRENTES.



-PRATO DE LOÇA REDONDO BRANCO.



-3 VELAS BRANCA.



-3 VELAS AMARELAS.



Para obter a graça de ORUMILAIA , presentei-o com 7 bolos de carne moida passada na farinha de milho , enfeite o prato com sete moedas e despache no rio .Acender as velas de maneira alternadas.







=CABRA PRETA



Cabra Preta milagrosa, que pelo monte subistes , trazei-me (............) que de minha mão sumiu. (............), assim como canta o galo , zurra o burro, toca o sino e berra a cabra, assim tu ás de andar atrás de mim Cabra Preta milagrosa , assim como Caifás, Satanás, Ferrabrás, e o Maioral do inferno fazem com que todos se dominem. Fazei (............) se dominar, para que eu o traga feito cordeiro preso de baixo do meu pé esquerdo.



(............) dinheiro na tua mão e na minha mão não há de faltar; com sede nem tu nem eu não haveremos de acabar de tiro e faca nem tu nem eu seremos sacrificados , nosso inimigos não nos vão enxergar, na luta venceremos , com o poder da Cabra Preta milagrosa.{.......} Com dois eu te vejo



Com três eu te prendo .



Com Caifás , Satanás, e Ferrobras venceremos.







=CLIENTELA



-MEL.



-16 BOLOTAS DE ALGODÃO.



-5 ROSAS AMARELAS.



Para aumentar a clientela , ponha 16 bolotas de algodão com mel para Oromilá e tome banho com 5 botões de rosas amarela e um pouco de mel.







=DERROTAR INIMIGOS



Este axé não vai ao igbá .São diretos no tempo.







-2 INHAMES.



-AZEITE-DE-DENDÊ.



-ORI.



-EFUM.



-1 ALGUIDAR DE BARRO.



-1 TIGELA BRANCA CUMPRIDA.



-BANDEIRA BRANCA DE 40X 40CM.



-RESTOS DE 9 REFEIÇÕES.



-BANDEJA DE PLÁSTICO.



-3 VELAS VERMELHAS.



-9 VELAS DE SEBO.



-12 VELAS BRANCAS.



Para livrar-se de inimigos e obter algo muito difícil coloca-se inhame com dendê para BARÁ ,arriando em uma campina perto de estrada,acendendo as suas velas vermelhas.



Arreia-se inhame com ori e efum para OBATALÁ, próximo ao axé do BARÁ e acender suas doze velas.



Dar de comer aos eguns os restos das comidas na bandeja de plástico ao pé de uma árvore seca,um pouco mais afastada dos orixás e acender as nove velas de sebo.



Colocar uma bandeira branca em casa,após despachar todo o axé.







=DIFICULDADES FINANCEIRAS



- 2 POMBOS PRETOS.



- 1 POMBO BRANCO.



- 1 POMBA PRETA.



- ALGUIDAR BRANCO VITRIFICADO.



- AGUARDENTE DE CANA.



- 1 ALGUIDAR DE BARRO.



· 3 VELA VERMELHA.



· 3 VELA BRANCA.



· 3 VELA PRETA.



Sacrifican-se 4 pombos dentro do alguidar e coloca-se aguardente dentro dela.Separan-se as 2 cabeças dos pombos brancos no alguidar de barro e coloca-se para o exu da pessoa,acendendo no momento uma vela vermelha,outra na segunda antes de despachar e a terceira no momento de arriar no tempo.



As outras duas cabeças em uma tigela branca , entrega-se a OROMILÁ ,acendendo no momento uma vela branca e outra preta,outra dupla na segunda antes de despachar e a terceira dupla no momento de arriar no tempo. pedindo o que se deseja.



Realizar num domingo e entregar em uma campina na segunda feira.







=EFÓ EDÉ



- LÍNGUA-DE-VACA-



- CEBOLA SECA-



- PIMENTA MALAGUETA SECA-



- CAMARÕES SECOS.



- 12 CAMARÕES FRESCO GRAÚDOS.



- LEITE DE COCO -



- AZEITE DOCÊ-



-6 FATIAS DE COCO VERDE.



-TIGELA BRANCA.



Corta-se a erva conhecida por " língua de vaca " ou mostarda, pondo ao fogo para ferver com pouca água , feito isto escoa-se e reserva-se.



Afervente os doze camarões com leite de coco.Coloca-se cebola a dorar com azeite docê acrescente , pimenta-malagueta seca , camarões secos ,junte a erva que estava reservada,acrescente o leite de coco sem os camarões deixando tudo cozinhar por seis minutos.



Após este cozimento elimine o líquido e coloque em uma tigela branca .



Enfeitar com os camarões cozidos no leite de coco e as fatias de coco.







=ENERGIA



-FEIJÃO BRANCO.



-LEITE DE COCO.



-AÇÚCAR CRISTAL.



-TIGELA BRANCA.



-CLARA COZIDA DE SEIS OVOS.



Deixar o feijão branco de molho de um dia para outro. Cozinhar e retirar a pele . Amassa-lo .A massa de feijão é posta para cozinhar com leite de coco e açúcar.Enfeitar o prato com tiras do ovo cozido.







=ERAN ADIÈ



-6 CORAÇÃO DE FRANGO.



-6 MOELA DE FRANGO.



-6 FÍGADO DE FRANGO.



-CEBOLA SECA BRANCA.-



-AZEITE DOCÊ.



-TIGELA DE LOUÇA BRANCA.



Cortan-se os miúdos de frango como fígado ,coração ,moela, bem picadinho .Refogar uma cebola ralada em azeite docê.



Depois de cozidos serão colocados em tigela branca.











=FALTA DE APETITE SEXUAL



-10 OVOS DE CASCA BRANCA.



-10 ACAÇAS.



-CANGICA BRANCA.



-10 BOLO DE ARROZ.



-1 PANO BRANCO.



Para tirar negatividade e estimular uma mulher sexualmente, retira-se as claras de 10 ovos ,e batem-se em ponto de neve e deixa-se repousar em uma gamela.



Passa-se 10 acaças,10 punhados de canjica branca cozida , 10 bolos de arroz branco sem sal e um pedaço de pano branco na pessoa.Rasga-se suas vestes e passa-se as claras batidas em seu corpo , inclusive na cabeça e no rosto .Limpa-se com o pano branco ,junta-se tudo e despacha-se no alto de um morro ou a beira da praia.











=FAROFA



-FARINHA DE MANDIOCA-



-MEL DE ABELHA-



-ALGODÃO-



-LEITE CONDENSADO-



-ALGUIDAR-



-12 MOEDAS ANTIGAS.



-12 MOEDAS CORRENTE.



Fazer uma farofa fria com farinha de mandioca e mel , manipulando com as mãos.Colocar a farofa num alguidar forrado com algodão. Rodear a oferenda com as moedas de maneira intercaladas.Fazer o pedido derramando o leite condensado sobre todo o ebó.Arriar no igbá de OXALUFÃ.







=FEITIÇO E MALDIÇÃO



-DOIS POMBOS BRANCOS.



-ALGODÃO-



-MEL DE FLORES.



-PANO BRANCO.



-12 VELAS BRANCAS.



Para tirar feitiço e maldição , sacrificam-se dois pombos brancos a cabeça da pessoa . Colocam-se as penas dos pombos sobre o sangue derramado na cabeça da pessoa e sobre elas , uma coroa de algodão com mel.Amarra-se com um pano branco.Velar por doze dias ás 18 horas.



Guardar o pano e quando precisar acender ao lado uma vela branca em qualquer horário.







=GENEROSO COM AMANTE.



Cozinhar 26 folhas de erva-de-santa-luzia , após ter passado na região genital .Colocar dentro de uma quartinha.Acender uma vela de sebo e rezar a seguinte oração :



Ó santa Luzia ,que sarais os olhos ,livrai-nos de escolhos de noite e do dia,o santa Luzia,bendita sejais,por seres bendita,no céu descansais.



Colocar o retrato ou retratos no gargalo da quartinha , dizendo : em nome do Pai , Filho e Espírito Santo , te imploro senhora toda de branco ,te imploro senhora toda de preto, assim como este retrato fica seguro e protegido de outras investidas [ nome ] ,a quem quero , me amando de todo o coração , e peço-vos a Senhora que façai que ele [ fazer o pedido ] .



A cada vez que a pessoa enfeitiçada ,fizer o que você pediu, você deve acender 9 velas brancas oferecendo a santa Luzia dizendo :



A vós que de branco



A vós que de preto



Com as benditas santas almas



Executou meu pedido



Agradeço e faca que [ ] feliz comigo



Se desejar outra ,faça-o



Se sentir arrempedido.







=GRANADA



-12 BOLOTAS DE CARNE DE PORCO MOÍDA.



-ALECRIM.



-PRATO DE LOUÇA BRANCO.



-FARINHA DE MILHO GROSSA.



-MEL DE FLORES.



-VELA SETE DIAS BRANCA.



Coloque em um prato um pouco de mel com farinha de milho,em seguida passe as bolotas uma a uma e vá virando as bolotas até ficar toda coberta como se fosse a milaneza,depois cubra-a com folhas de alecrim bem verdes.



Arreie ás 12 horas no igbá de URUMILAIA.Acenda a vela e deixe queimar até o final.Despachar em uma campina.







=IFÁ



Senhor e dono do dia, IFÁ Apresento-vos meus respeitos



Senhor da terra. Apresento-vos meus respeitos.



Meus respeitos aos mais jovens. Meus respeitos aos mais velhos .



Se a minhoca vai a terra respeitosamente



a terra abre a boca aceitando-a.



Que a bênção me seja dada.



Meus respeitos aos dezesseis mais velhos.



Meus respeitos, meu pai (______)



Eu tomo a bênção a minha



MÃE SENHORA DO PÁSSAROS.



Meus respeitos, ÒRÚMÌLÀ



que vive na terra e vive no céu.



Qualquer coisa que eu diga no dia de hoje,



Que eu possa vê-la acontecer para mim,



Por favor, não permita que meus caminhos se fechem



Porque os caminhos não se fecham



para quem entende o dia ,



os caminhos não se fecham



para quem entende a magia .



Qualquer coisa que eu diga para Ògbá,



Que Ògbá aceite .



Ìtá Ròse tornou-se o mais importante



na assembléia dos caracóis.



Ekése tornou-se o mais importante



na assembléia do algodão.



Senhor é dono do dia



Que você aceite minhas palavras,IFÁ.







=INIMIGOS



-13 IPETE.



-12 BOLAS DE INHAME.



-AZEITE-DE-DENDÊ.



-ORI.



-EFUM.



-RESTO DE COMIDA.



-10 VELAS BRANCA.



-1 VELA PRETA.



-1 BANDEIRA DE PANO BRANCA.



Quando você estiver sendo perseguido quer por encarnado ou desencarnado,como por exemplo espíritos obsessores, ou deseja obter algo que esteja difícil, coloca-se 13 apetê de inhame com dendê para BARÁ .Arreia-se 12 bolas de inhame com ori e efum para Obatalá e da-se de comer aos Ègúns sobras de comida de suas refeições em número de nove.Deve despachar tudo ao pé de uma árvore velha de preferência semi-morta ou seca,que tenha grama a sua volta.Acenda uma vela branca para Bará,uma branca e outra preta para Obatalá e nove brancas para os Ègúns.Ao retornar a sua residência coloque em local visível uma bandeira de pano branco.







=IPETE



-AIPIM .



-CAMARÕES SECO.



-CEBOLA SECA.



-TEMPERO VERDE.



-AZEITE DOCÊ.



-6 OVOS CASCA BRANCA.



Sua feitura é bem simples.



-Pega-se aipim limpo e descascado.



-Corta-se em pedaços pequenos.



-Leva-se ao fogo para cozinhar.



-Quando está mole amassa-se.



-Deixa-se que a água vá escorrendo.



-Junta-se camarões secos,descascados e moídos.



-Adiciona-se a cebola seca picada,salsa e cebolinha.



-Mistura-se bem e deixa-se cozinha um pouco com azeite docê.



-Obtem-se então uma espécie de purê,que deve ser servido em tigela branca e enfeitado com folhas de loro ou após amassado fazer bolinhos .Colocar em número de 6 ,12, ou 24 bolinhos em um alguidar,e em qualquer situação utilize as claras de ovos cozidas e fatiadas para enfeitar o prato. e despachar na mata,regando com azeite docê.







=ITAN



-6 COXA DE GALINHA.



-CEBOLA SECA.



-ALHO.



-SALSA.



-ALECRIM.



-PIMENTA-DO-REINO.



-6 CAMARÕES FRESCOS.



-TIGELA BRANCA.



-AZEITE DOCE.



-LEITE DE COCO;



-6 MOEDAS ANTIGAS.



Cozinhar as coxas de galinha.Reservar.



Dourar a cebola machucada e o alho no azeite doce. Acrescentar, salsa, alecrim , pimenta do reino e os camarões secos.acrescentar a carne de frango para refogar .Põe-se bastante leite de coco nesta comida.Enfeita-se o prato com salsa e camarões além de 6 moedas antigas.











=ITURAKÁ



-2 COLHERES DE SOPA DE MARGARINA.



-1 CEBOLA MÉDIA BRANCA RALADA.



-4 COLHERES DE SOPA DE AMIDO DE MILHO.



-2 CHÍCARAS DE CHA DE LEITE DE VACA.



-ERVAS LÍNGUA DE VACA.



-ALGUIDAR DE BARRO.



-7 VELAS BRANCAS.



-Lave bem e cozinhe as ervas.Após cozidas coloque no alguidar.



-Leve a margarina ao fogo e acrescente a cebola e deixe dourar,não queimar.



-Dissolva o amido de milho no leite frio e junte à cebola douirada.



-Mexa até engrossar e soltar do fundo da panela.



Coloque esse molho por cima das ervas.Após acenda as velas numa sexta-feira ás 18 horas.







=JACICOU



-CAMARÃO-



-CEBOLA SECA-



-COENTRO-



-PIMENTÃO AMARELO-



-AZEITE DOCE-



-ARROZ-



-FARINHA DE TRIGO-



-TIGELA ARREDONDADA.



-ALGODÃO.



Cozinhe o arroz e deixe esfriar.



Cozinha-se camarão com todos os temperos, isto é ,cebola , pimentão , sal e azeite . Quando amolecer e estiver caldo grosso , com o auxilio do machucador,esmaga-se o camarão . Mistura-se com arroz cozido e farinha de goma até os dedos ficarem limpos .



Forma-se bolos que são fritos de preferência no azeite doce extra virgem.Forre a tigela com algodão e coloque 12 bolinhos.











=MANJAR



-1 LITRO DE LEITE FERVENTE.



-1 COCO RALADO.-



-4 COLHERES DE SOPA DE MAIZENA.



-1 CHÍCARA DE CHÁ DE AÇÚCAR .







· Despeje o leite quente sobre o coco ralado e leve ao fogo.



· Ferva por 2 minutos.Coe em um guardanapo de pano e esprema bem.



· Dissolva a maizena em um pouco de leite frio e junte ao leite de coco.



· Adicione o açucar e leve ao fogo,mexendo sempre,até engrossar.



· Cozinhe cerca de 3 a 5 minutos.



· Coloque este creme em forma furada no meio molhada ou caramelizada.



· Leve a geladeira por no mínimo 4 horas.



· Desenforme e decore a vontade.







=MINGAU



-1PANO BRANCO.



-1 CABAÇA.



-MINGAU DE ACAÇA.



Para receber uma graça de OBATALÁ ,cobre-se o seu igbá com um pano branco e oferece-se uma cabaça com mingau de acaça bem espesso.







=OLHO E INVEJA



Para afastar olho e inveja a pessoa deve vestir uma roupa que chame a atenção e ir a um lugar movimentado .



Depois deve regressar a sua casa , tirar a roupa usada e vestir-se inteiramente de branco .



Este procedimento tem por finalidade chamar atenção de OBATALÁ para que conceda proteção contra o olho grande.







=ORAÇÃO MÍSTICA TIBETANA



Amém



eterna vida na



carne da resurreição na



pecados dos remissão na



santos dos comunhão na



católica igreja santa na



santo espírito no creio



mortos os vivos os julgar a vir de há donde



poderoso todo pai deus de direita á senttado está,céus aos subiu



dia terceiro resuscitou



mortos a mansão a desceu



santo espírito do poder pelo concebido foi que



senhor nosso filho único seu,cristo Jesus em e



terra da e céu do criador



poderoso todo pai deus em creio*











=PARA TER PAZ EM CASA



Para ter paz em casa , tranquilidade e segurança , deve-se colocar 2 cascos de igbin atrás da porta e hastear uma bandeira branca dentro ou fora de casa .







=PROSPERIDADE



-48 BOLAS DE ALGODÃO.



-ORI.



Para a prosperidade , a pessoa tem que colocar 16 mechas de algodão embebidos em ori-da-costa derretido no igbá de ORUMILAIA ,durante três dias .







=PROSPERIDADE



-CANGICA BRANCA.



-1 TIGELA BRANCA.



-1 IGBIN.



-1 VELA BRANCA GRANDE.



-1 PEDAÇO DE PANO BRANCO.



-600 ML DE ÁGUA DA CHUVA.



Cozinha-se uma quantidade de cangica branca ,e coloca-se numa tigela branca .Leva-se a tigela , um igbim , 1 vela branca grande , um pedaço de pano branco e uma garrafa com água da chuva a um lugar alto e ali , embaixo de uma árvore frondosa , forra-se o chão com o pano branco ,arreia-se sobre ele a tigela com o ebó ,acende-se a vela ,passa-se o igbin no corpo da pessoa sem machuca-lo , coloca-se o bicho em cima da cangica derrama-se água da chuva e em cima dele a pessoa bate a cabeça .



Este trabalho deve ser feito nas primeiras horas do dia.














-1ALGUIDAR.



-7 FOLHAS DE ALFACE.



-1 CACHO DE UVA BRANCA.



-7 ESPIGAS DE TRIGO.



-7 MOEDAS ANTIGAS.



-7 MOEDAS CORRENTES.



-7 FOLHAS DE LORO.



-3 VELAS BRANCAS.



-Forra-se um alguidar com 7 folhas lavadas e secas de alface.



Coloca-se um cacho de uva branca e guarnece-se com 7 espigas de trigo,contorna-se tudo com 7 moedas correntes e 7 moedas antigas.



Colocar por cima do ebó 7 folhas de loro enfeitando e acende-se 3 velas brancas em forma de triângulo.



O ideal é arriar em um mato ,mas se não houver condições arreie em casa,vele e após o término das velas despache próximo a uma estrada e novamente acenda outras três velas como anteriormente.







=RABANADA



-6 CACETINHOS.



-1 LATA LEITE CONDENSADO.



-1 LATA DE LEITE COMUM.



-2 OVOS DE CASCA BRANCA INTEIROS.



-AÇUCAR CRISTAL PARA POLVILHAR.



-ORI PARA UNTAR.



-2VELAS BRANCAS.



MODO DE PREPARAR:



Unte uma assadeira com ori.Corte os pães ao meio ,ao cumprido.Misture o leite condensado,leite comum e os ovos ligeiramente batidos.Passe cada fatia de pão na mistura,deixando escorrer um pouco do excesso de líquido,acomode-a na assadeira,polvilhe com açúcar cristal e leve ao forno médio[180º]por cerca de 30 minutos.



Forre uma bandeja com algodão em manta,e coloque as doze fatias de pão.



Acenda uma vela branca para Agelú e outra para Oxalá. Fazer o arreio domingo 18 horas e despachar na sexta-feira 06 horas.-











=REVERTER UMA SITUAÇÃO



-UM GALO PARA BARÁ.



-UM GALO PARA OGUN.



-UMA FRANGA PRETA NOVA PARA URUMILAIA.



-TRÊS GANCHOS DE FERRO.



-TERRA DE 4 CAMINHOS .



-BASTANTE MOEDAS .



-SOBRA DE COMIDA .-



Sacrificar o galo no horário de 12 horas,primeiro para BARÁ.Deixar seu sangue correr por cima do BARÁ .



Depois matar para OGUN,deixando o sangue correr sobre o seu Igbá.



Por último sacrfica-se para OXALÁ de URUMILAIA sangrando por cima dos três ganchos.



Colocar os iales correspondentes a cada entidade,nos seus igbás.



O restantes dos animais devem ser colocados limpos e crus em um alguidar .



Sobre eles os ganchos.



Colocar o resto de comidas previamente separadas sobre os restos dos animais do sacrifício e do gancho.



Cobrir tudo com as areias do caminho.



Despachar tudo ás 18 horas em uma campina.



É aconselhado fazer este axé na sexta-feira.







=VICENTE ,São



[contra vícios,jogo ,bebidas e drogas]



Senhor DEUS Onipotente e misericordioso,louvores Vos sejam dados por todos os séculos.Assim seja.



Senhor meu,rogo-vos,com inteira fé em vossa infinita misericórdia,sede propício à intercessão do benaventurado são VICENTE,mártir em favor de vosso filho [ citar o nome] ,



Benaventurado São VICENTE mártir que pelos méritos do santíssimo sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo,obtivestes o previlégio de afastar do mau caminho aqueles que se entregam ao vício , peço-vos lançar o vosso bondoso olhar sobre[...] compadecendo-vos dos seus sofrimentos físicos e morais.



Suplico-vos,glorioso São VICENTE Martir,intercedei junto ao altíssimo para que [..] abandone o seu vício,aborreça-o, esqueça-o, e nunca mais se entregue a esse mal,que mata o corpo e a alma.



A.S.











=VIDA AMEAÇADA



-CANGICA BRANCA-



-FOLHA DE BANANEIRA-



-ALGUIDAR DE BARRO VITRIFICADO-



-TIGELA BRANCA.



-VELA BRANCA.



-GALO VERMELHO.



-POMBO BRANCO.



-ANIL.



Passa-se o galo com vida em volta da pessoa.

Sacrifca-se o animal e coloca-se dentro do alguidar,para BARÁ,e o pombo que deve ser solto com vida quando for despachar o galo e os acaças.A seguir da-se banho com água de anil e oferece -se16 ACAÇAS(ver receitas de comidas) dentro de um prato branco para o céu e para a terra.-







=VIDA AMEAÇADA POR MACUMBA / DOENÇA GRAVE



-240 GRAMAS APROXIMADAS DE CARNE BOVINA DE 2ª.



-1 GANCHO DE FERRO.



-AZEITE-DE-DENDÊ.



-1 LITRO ÁGUA MINERAL SEM GAS.



Este axé deve ser realizado em uma sexta-feira de lua cheia.



Pega-se um pedaço de carne bovina e prende-se em um gancho de ferro .



Rega-se com bastante dendê e oferece-se para Orumilá.



O gancho é retirado , aquecido até ficar em brasa e esfriado em um recipiente com água limpa .



A água deve ser bebida pela pessoa . A carne é oferecida a um cão de rua.











=ZORÓ



-CAMARÃO-



-ERVA LÍNGUA DE VACA.



-SALSA-



-CEBOLA SECA-



-AZEITE-DE-DENDÊ-



-COENTRO-



-PIMENTA MALAGUETA-



-CEBOLINHA-



-LEITE DE COCO.



Ensopa-se o camarão com ervas.Temperar com azeite-de-dendê , salsa ,coentro , cebola ,cebolinha , e pimenta , tudo bem raladinho,após estar bem cozido coloque leite de coco.