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CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Fitoterapia
Fitoterapia (do grego therapeia = tratamento e phyton = vegetal) é o estudo das plantas medicinais e suas aplicações na cura das doenças.
Ela surgiu independentemente na maioria dos povos.
Na China, surgiu por volta de 3000 a.C. quando o imperador Cho-Chin-Kei descreveu as propriedades do Ginseng e da Cânfora.
Deve-se observar que a definição de medicamento fitoterápico é diferente de fitoterapia pois não engloba o uso popular das plantas em si, mas sim seus extratos.
Os medicamentos fitoterápicos são preparações técnicas elaboradas por técnicas de farmácia, além de serem produtos industrializados.
1 Vantagens e riscos
2 Exemplos de plantas medicinais
3 Referências
Vantagens e riscos
Há uma grande quantidade de plantas medicinais, em todas as partes do mundo, utilizadas há milhares de anos para o tratamento de doenças, através de mecanismos na maioria das vezes desconhecidos.
O estudo desses mecanismos e o isolamento do princípio ativo (a substância ou conjunto delas que é responsável pelos efeitos terapêuticos) da planta é uma das principais prioridades da farmacologia.
Enquanto o princípio ativo não é isolado, as plantas medicinais são utilizadas de forma caseira, principalmente através de chás, ultradiluições, ou de forma industrializada, com extrato homogêneo da planta.
Ao contrário da crença popular, o uso de plantas medicinais não é isento de risco. Além do princípio ativo terapêutico, a mesma planta pode conter outras substâncias tóxicas, a grande quantidade de substâncias diferentes pode induzir a reação alérgica, pode haver contaminação por agrotóxicos ou por metais pesados e interação com outras medicações, levando a danos à saúde e até predisposição para o câncer.
Além disso, todo princípio ativo terapêutico é benéfico dentro de um intervalo de quantidade - abaixo dessa quantidade, é inócuo e acima disso passa a ser tóxico. A variação de concentração do princípio ativo em chás pode ser muito grande, tornando praticamente impossível atingir a faixa terapêutica com segurança em algumas plantas aonde essa faixa é mais estreita. Na forma industrializada, o risco de contaminações pode ser reduzida através do controle de qualidade da matéria prima, mas mesmo assim a variação na concentração do princípio ativo em cápsulas pode variar até em 100%. Nas ultradiluições, como na homeopatia, aonde não há virtualmente o princípio ativo na apresentação final, não há nenhum desses riscos anteriores, mas a eficácia desse tratamento não foi comprovada cientificamente.
À medida em que os princípios ativos, são descobertos, os mesmos são isolados, refinados de modo a eliminar agentes tóxicos e contaminações e as doses terapêutica e tóxica são bem estabelecidas, de modo a determinar de forma precisa a faixa terapêutica e as interações desse fármaco com os demais.
No entanto, o isolamento e refino de princípios ativos também não é isento de riscos. Primeiro porque pretende substituir o conhecimento popular tradicional e livre, testado há milênios, por resultados provindos de algumas pesquisas analítico-científicas que muitas vezes são antagônicas. Segundo, porque a simples idéia de extrair princípios ativos despreza os muitos outros elementos existentes na planta que, em estado natural, mantêm suas exatas proporções. Assim sendo, o uso de fitoterápicos de laboratório poderia introduzir novos efeitos colaterais ou adversos inesperados, devidos à ausência de sinergismo ou antagonismo parcial entre mais de um princípio ativo que apenas seriam encontrados na planta.
Exemplos de plantas medicinais
Abacateiro (Persea americana C Bauh)
Açoita-cavalo (Luehea divaricataMart.)
Amora (Morus alba L.)
Angico-branco (Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan)
Angico-do-cerrado (Anadenanthera falcata (Benth.) Speg.)
Araçá (Psidium cattleianum Sabine)
Araçá-roxo (Psidium rufum DC.)
Ariticum (Rollinia sylvatica (St. Hil.) Mart.)
Ariticum-de-porco (Rollinia rugulosa Schlecht.)
Aroeira-salsa (Schinus molle L.)
Aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolius Raddii)
Árvore-do-paraíso (Ailanthus altissima (Mill.) Swingle)
Babosa (Aloe vera)
Bergamoteira (Citrus spp)
Bugreiro (Lithraea brasiliensis Marchand)
Cafeeiro (Coffea arabica L.)
Cambará (Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera)
Canafístula (Cassia leptophylla Vogel)
Canela-guaica (Ocotea puberula (Rich.) Nees)
Canela-imbuia (Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez)
Canela-ramo (Cinnamomun zeilanicum (Breyn.) Bl.)
Canela-sassafrás (Ocotea odorifera (Vellozo) Rohwer)
Cânfora (Cinnamomun camphora (L) J Presl)
Capororocão (Myrsine umbellata Mart.)
Capororoquinha (Myrsine ferruginea (Ruiz & Pav.) Spreng.)
Carobinha (Jacaranda micrantha Cham.)
Casuarina (Casuarina equisetifolia L.)
Cataia (Drimys brasiliensis Miers)
Cerejeira (Eugenia involucrata DC.)
Cidreira-brava (Lantana fucata Lindl.)
Cocão (Erythroxylum deciduum A. St.-Hil.)
Corticeira (Erythrina falcata Benth.)
Corticeira-do-banhado (Erythrina crista-galli L.)
Cuvatã (Cupania vernalis Cambess.)
Cuvitinga (Solanum mauritianum Scop.)
Erva-mate (Ilex paraguariensis A. St.-Hil.)
Espinheira-santa (Maytenus aquifolium Mart.)
Espinheira-santa (Maytenus ilicifolia (Schrad.) Planch.)
Espirradeira (Nerium oleander L.)
Ginkgo (Ginkgo biloba L.)
Guabiju (Myrcianthes pungens (O. Berg) D. Legrand)
Guabirobeira (Campomanesia xanthocarpa O. Berg.)
Guaçatunga (Casearia decandra Jacq.)
Guaçatunga-da-graúda (Casearia lasiophylla Eichler)
Guaçatunga-preta (Casearia sylvestris Sw.)
Guapuruvu (Schizolobium parahyba (Vell.) S.F. Blake)
Ingá-feijão (Inga marginata Willd.)
Ipê-amarelo (Tabebuia alba (Cham.) Sandwith)
Ipê-roxo (Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo)
Ipê-verde (Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart.)
Jaborandi (Piper gaudichaudianum Kunth)
Jabuticabeira (Plinia trunciflora (Berg) Kaus.)
Jurubeba-do-sul (Solanum variabile Cham.)
Leiteiro (Sapium glandulatum (Vell.) Pax)
Leiteirinho (Sebastiana brasiliensis Spreng.)
Limoeiro (Citrus limon (L.) Burm)
Liquidamba (Liquidambar styraciflua L.)
Louro (Laurus nobilis Cav.)
Magnólia-branca (Magnolia grandiflora L.)
Mamão-do-mato (Carica quercifolia (A. St.-Hil.) Hieron.)
Mamica-de-cadela (Zanthoxylum rhoifolium Lam.)
Miguel-pintado (Matayba elaeagnoides Radlk.)
Monjoleiro (Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan)
Paineira (Ceiba speciosa (A. St.-Hil.) Ravenna)
Pata-de-vaca (Bauhinia forficata Link)
Pau-amargo (Picramnia parvifolia Engler ex. Chart.)
Pau-de-andrade (Persea major (Nees) Kopp)
Pau-pelado (Myrcianthes gigantea (Lerg.) Lerg.)
Pessegueiro-bravo (Prunus brasiliensis (Cham. & Schlecht.) D. Dietrish)
Pinhão (Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze)
Pinhão-doce (Castanea sativa Mill.)
Pitangueira (Eugenia uniflora L.)
Quebranteira (Lantana camara L.)
Romã (Punica granatum L.)
Sete-capotes (Campomanesia guazumifolia (Cambess.) O. Berg)
Sete-sangrias (Symplocos tetrandra Mart.)
Sinamomo (Melia azedarach L.)
Tenente-josé (Aeschrion crenata Vell.)
Umbú (Phytolacca dioica L.)
Uvaia (Eugenia pyriformis Camb.)
Uvarana (Cordyline dracaenoides Kunth)
Vacum (Allophylus edulis (A. St.-Hil., Cambess. & A. Juss.) Radlk.)
Referências
Amitava Dasgupta. Review of Abnormal Laboratory Test Results and Toxic Effects Due to Use of Herbal Medicines Am J Clin Pathol 120(1):127-137, 2003.
Zhou S; Koh HL; Gao Y; Gong ZY; Lee EJ. Herbal bioactivation: the good, the bad and the ugly. Life Sci. 2004; 74(8):935-68
Stedman C Herbal hepatotoxicity. Semin Liver Dis. 2002; 22(2):195-206
Chan TY; Tam HP; Lai CK; Chan AY A multidisciplinary approach to the toxicologic problems associated with the use of herbal medicines. Ther Drug Monit. 2005; 27(1):53-7
Cheng KF; Leung KS; Leung PC Interactions between modern and Chinese medicinal drugs: a general review. Am J Chin Med. 2003; 31(2):163-9
Millonig G; Stadlmann S; Vogel W. Herbal hepatotoxicity: acute hepatitis caused by a Noni preparation (Morinda citrifolia). Eur J Gastroenterol Hepatol. 2005; 17(4):445-7
Bensoussan A; Myers SP; Drew AK; Whyte IM; Dawson AH. Development of a Chinese herbal medicine toxicology database. J Toxicol Clin Toxicol. 2002; 40(2):159-67
Berrin Y; Ali O; Umut S; Meltem E; Murat B; Barut Y Multi-organ toxicity following ingestion of mixed herbal preparations: an unusual but dangerous adverse effect of phytotherapy. Eur J Intern Med. 2006; 17(2):130-2
Tomassoni AJ; Simone K Herbal medicines for children: an illusion of safety? Curr Opin Pediatr. 2001; 13(2):162-9
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