VI Poema de Ifá: Ajalá e a escolha de ÒRÍ
“KÓ SOOSA TÍÍ DANI GBÉ, LEYIN ENI ÒRÍ”
Nenhum Deus abençoa o homem, sem que sua cabeça o permita.
ESE ODÚ OGUNDA
(Tradução de um ESE de ORÍ)
Num jogo de Ifá, perguntaram a ÒRÚNMÌLÁ:
“- Quem seria capaz de nos levar ao Infinito?
(infinito = caminho da vida da pessoa).
SANGO disse que quando chegasse a OYÓ e lhe dessem certas comidas, ele satisfeito voltaria à sua casa, abandonando a pessoa.
Perguntaram o mesmo a OYÁ, e ela respondeu, que quando chegasse a qualquer cidade e lhe dessem certas comidas, ela satisfeita voltaria para casa.
Resumo: enquanto dermos comida ao nosso Orixá, ele nos cobre e depois recolhe.
Perguntaram de novo a IFÁ e ele respondeu que Òsàlà e ele respondeu que quando chegasse à cidade de Ifé, comesse, aí então ele ficaria satisfeito e voltaria para casa.
Se nem Òsàlà é capaz de nos levar ao Infinito, então, quem é capaz?
Resposta: só Lebara.
Perguntaram a ÈSÙ: “- Se você caminhar, caminhar e chegar a Keto, e lhe derem 1 galo no dendê ?
Ele respondeu: – Comia e quando estivesse satisfeito voltaria para minha casa. Voltaram e perguntaram de novo a Ifá:
“- Então, ninguém é capaz de nos levar ao Infinito?
Quem será?
Tal conhecimento, tal sabedoria, quem a tem?
IFÁ respondeu.
”- Somente o Orixá ÒRÍ é capaz de nos levar ao infinito, até o final de nossa vida.” Se uma pessoa morrer, despachamos tudo referente ao Orixá, mas, o que sempre ficou foi o ÒRÍ.
Conclusão: Mesmo se nosso òrìsà está bem, só ficará tudo bem se o nosso Òri estiver também. Primeiro damos comida a Òri no borí, e depois ao orixá.
Não há orixá raspado errado, desde que o òri aceitou.
Acima de nosso Orixá individual, está o nosso Òrì.
Damos ao òrì cera (caroço de algodão), obi, água.
Existem apenas 6 bichos para Òrì: pombo, peixe, pato, franga, galinha d’angola e o igbin; apenas um bicho vai ao ori, os outros serão colocados apenas na tigela.
O ejé (sangue) de pombo branco, só se for muito importante, necessário, senão estaremos ofendendo Olodumare.
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