CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

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sábado, 3 de janeiro de 2015

Orixá Ajê




Orixá Ajê Xalugá é uma divindade feminina do mar, é uma orixá dona das riquezas que existem no fundo do oceano, riquezas maiores do que da terra inteira, domina as marés, o subir e descer das águas marinhas.

Ajê Xalugá é dona da saúde, ela leva e traz as doenças, sendo assim ligada á Omolu, é conhecida por trazer riquezas queando agradada.

Ajê Xalugá se apaixona fácil, seu caráter solitário e amável, ao contrário de sua irmã mais velha, IYemanjá, Ajê não leva homens ao fundo do mar para morrer, por que seu amado assim morreu, por isso quando Ajê se apaixona ela traz riquezas ao amado.

Ajê se funde o mito é uma das 9 filhas de Olocum (qualidade de Iemanjá no Brasil), a mais velha é Iemanjá a mais nova Ajê Xalugá.

Ajê e Iemanjá sempre andam juntas, cavalgando as duas as ondas do mar, Ajê já teve seu culto muito difundido na África, tanto que os muçulmanos a chamavam Anabi, aquela que traz riquezas aos homens, hoje seu culto é raro, restando apenas em Cuba.

Ajê Xalugá é no Brasil, tida em alguns lugares como face de Oxumarê, por tanto, são dois deuses ligados pelo envolvimento com a riqueza, um do mar, outro da terra, atualmente seu culto vem lentamente sendo reconstruído aqui. Ajê Xalugá é tida por alguns, por um orixá masculino, por outros como uma deus meio macho, meio fêmea, mas o que se sabe é que Ajê é uma orixá feminina, dona de aspectos indispensáveis para os seres humanos; saúde, riqueza e paixões. Ajê possui um doce tem, paramento, é o arquétipo da menina sonhadora e que protege, a qualquer custo o seus amados. 

Ajê Xalugá é o orixá da prosperidade, nasce por um caminho do odu Obará. Este caminho conta que Ajê morava no fundo do mar, onde era a esposa principal de Olokum, mas muito negligenciada por ele. Daí, quando sua filha Oxum foi viver com Xangô em terra firme, ela pediu para ser levada com eles. Olokum enciumado, invadiu a terra para reaver sua mulher, mas Obatalá levantou sua espada e o expulsou para as profundezas de onde veio, para não causar maiores estragos.

Essa é uma versão iorubá do relato do dilúvio. A Riqueza passou então a existir na terra, através de Oxum e Xangô. Ajê é assentada junto a esses dois orixás, representada por um búzio gigante que não pode ser comprado no mercado, apenas achado, ganho, ou mesmo surrupiado de alguém (!)para ser morada legítima de Ajê.

A tradição iorubá conta que o som escutado na concha de Ajê não é o do mar, como dizemos no Ocidente, mas o do burburinho de um mercado. Por existirem búzios "machos" e "fêmeas" 
pelo seu formato, se estabeleceu que Ajê também pode ser macho e fêmea. Este Ajê macho é mais relacionado à Ossaim e Exu, pois conta outra história que Ajê distribuía riquezas indiscriminadamente a todos, e que ninguém procurava Ossaim, o grande mágico para mais nada, pois Ajê supria as necessidades de todos igualmente.

Ossaim, invejoso, então enguliu Ajê, que desapareceu da terra. As pessoas recorreram à Orunmilá, pois não suportavam viver sob o fardo da necessidade. 

E Ifá enviou Exu com uma oferenda para Ossaim, que se constituía de milho bem cozido e temperado, mas misturado com lascas de axá (fumo de rôlo). Ossaim, guloso, comeu a refeição inteira oferecida achando que era um sinal de reconhecimento das pessoas em relação à sua importância, mas o axá é um emético muito forte, e fez com que Ossaim vomitasse, vomitasse e vomitasse até reaver Ajê.

Só que Ajê já havia sido digerido e retornou em forma de miniaturas de Ajê (ouô eió, os búzios), que Exu passou a controlar, e assim nasceu o dinheiro, que é distribuído desigualmente entre as pessoas. 
Ajê Xalugá é o orixá da prosperidade, nasce por um caminho do odu Obará.

Este caminho conta que Ajê morava no fundo do mar, onde era a esposa principal de Olokum, mas muito negligenciada por ele. Daí, quando sua filha Oxum foi viver com Xangô em terra firme, ela pediu para ser levada com eles.


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