Obà
Rainha guerreira, que para os iorubas é a patrocinadora dos conflitos, mulher enérgica, que não vê dificuldades, pois consegue superá-las.
Foi uma das primeiras e importantes mulheres de Sàngó,conhecedora não só da arte de vencer seus adversários com a guerra como em suas poções.
Temida e respeitada em todo território ioruba, pela sua coragem, determinação.
Cultuada no rio com o mesmo nome seu, rainha de uma palavra somente, pouco cultuada devido a falta de conhecimento de seu culto.
Obá apresenta-se como caçadora ao lado de outras como Oyá e Iewá, daí a sua ligação direta com Odé, o caçador.
Outra imagem que reforça a antiguidade do seu culto é a de que tal orixá também é um rio do mesmo nome que ainda hoje corta uma parte do território iorubá.
Conta-se que, após vários dias de batalha, estando os orixás liderados por Ogum e Oxalá, fragilizados pela guerra, Obá não se contentando em reunir apenas as mulheres de seu tempo, convocou todas as fêmeas do mundo animal.
Ao ver Obá chegar rodeada de animais, aquela guerra foi vencida porque os inimigos fugiram de seus postos.
Obá mantém relações profundas com os animais, outra imagem antiga preservada do tempo em que os primeiros grupos humanos acreditavam encantá-los através de seus desenhos.
O tempo em que os caçadores e caçadoras confundiam-se com a própria caça.
Obá, além de desempenhar um papel como desbravadora, cabia a ela defender o grupo, o protegendo em todos os sentidos, fomentar seu sustento e garantir a sua integridade política.
Obà, Obà, Obà
Obá, Obá, Obá
Ojòwú Òrìsà,
Eketà aya Sàngó
O torí owú,
O kolà sí gbogbo ara
Olókìkí oko
A rìn lógànjó pèlú àwon ayé
Obà anísùru, ají jewure
Obà kò b'óko dé kòso,
O dúró, ó bá Òsun rojó obe
Obà fiyì fún apá oko rè
Oní ó wun òun ju gbogbo ará yókù lo
Asé
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