CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

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terça-feira, 6 de junho de 2017

JUNHO O MÊS DE XANGÔ NA CASA DE YEMANJÁ: Ewemilare a bela e jovem esposa de Xangô que o deixou !!!



ALAFIN DE OYO  E SUA ESPOSA POUCO CONHECIDA

 Sàngó, Orisá do fogo, também conhecido como Alaafin Oyo- rei da terra de Oyo e Oba Koso – rei da Cidade de Koso, teve muitas esposas todas elas Orisás.

Algumas famosas  outras quase desconhecidas em terras brasileiras.

Como Ewemilare, princesa real da Terra Nupe, que veio menina para Oyo, para casar com Sàngó. Chegou com grande comitiva e mesmo de pouca idade, era conhecida por sua beleza excepcional.

Sàngó era ciumento e profundamente devotado a duas de suas esposas, as irmãs Oya e Osun.

Uma terceira irmã das mesma chamada Oba trabalhava e guerreava por ele, mas nunca era prestigiada por ele.

Ewemilare amava e admirava aquele seu marido bonito, vaidoso, viril.

Aprendeu logo com as outras esposas os orikis da família de Sàngó, suas comidas prediletas, seus eewos.

Aprendeu o que era amar profundamente sem ser amada, a ter ciúmes de outras esposas e ter que se calar.

Ewemilare começou a conhecer o sofrimento, sempre jovem e bonita,  e mesmo assim o sofrimento tomou conta de sua vida.

Orunmila chamado também de Elerin Ipin, o testemunha do destino humano, viajava de um reino para o outro, acompanhado de seus principais discípulos Aseda e Akoda, suas mãos e seus pés.

Vinha de longe de Igeti e colocava o Ifá para os reis e chefes.

Seus instrumentos de adivinhação eram os mais eficazes que qualquer outro, e por isso era tão famoso.

Porem nem sempre Orunmila se identificava, passava por um humilde Babalawo, andando pelas estradas com dificuldade, apoiado em seu bastão Osun.

Reis agradeciam suas recomendações com roupas, animais, jóias, comidas, bebidas e servos.

No palácio real de Oyo, Orunmila conheceu Ewemilare, a principio arisca logo se acostumou àquela presença constante, daquele homem chegando todo quinto dia para prever como seria a semana do Alafin.

E um dia se descobriram apaixonados, porem Ewemilare temia a ira de Sàngó, pois era sempre descontrolado em suas emoções.

Mas a solidão, ciúme, e o amor não correspondido criaram um clima insuportável para ela dando forças para pensar em fugir.

Vendo-se amada, mais do que amando aceitou figir com Orunmila, mesmo esse sabendo através de Ifá que lhe custaria muito caro mais adiante.

Por algum tempo conseguiram serem felizes, ate que Sàngó descobriu o desaparecimento de sua esposa com o adivinho.

Passou a persegui-los com toda sua fúria e forças, jurando matá-los onde encontrasse, pois era impossível a ele perdoar a ofensa e o desprezo de alguma mulher.

Seu amor próprio foi ferido e toda sua ira aclamava por ação, aonde soubesse que estavam os dois enviava raios e trovões atrás deles, jogava pedras de raio e fazias as casas onde os abrigavam a virar cinzas.

Olodumare, o criador, penalizado com a situação, tomou uma decisão, transformou Ewemilare em uma bandeja entalhada de madeira, chamada Opon Ifá, onde Orunmila riscava os Odus Ifá no pó mágico yerosun.

Ewemilare, transformada em Opon Ifá viveria eternamente junto a Orunmila e não precisava ter mais medo de Sàngó.

Porem este descobriu o que Olodumare fez e passou a observar Orunmila, aonde ele parava para consultar seu Ifá mandava edun ara, as pedras de raio, além de fogo e trovões na tentativa de eliminar Ewemilare.

E Orunmila , indestrutível por ser um Orisá também conhecido como IBIKEJI OLODUMARE, ou seja a segunda pessoas após Olodumare, temeu pela mulher que tanto amava.

Instruiu todos os seus seguidores e discípulos a evitar a ira de Sàngó, nunca deixando o Opon Ifá aberto ao tempo principalmente em dias de chuvas, para que não fosse atingido por um raio, e as oogun de Sàngó.

E Ewemilare, a jovem e bela esposa de Sàngó, a única que teve coragem de abandoná-lo por amar sem ser amada, vive até hoje no culto a Ifá, transformada em Opon Ifá.



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