Nas escrituras yorubás, Oxun é citada como chefe suprema do poder ancestral feminino, o que a faz, “o cabeça” da sociedade das Iyámis, também chamadas de Iyá –Àgbà (as Mães Anciãs).
Tem associações com os pássaros, como todas as Iyámis.
Da mesma forma que os peixes, os pássaros são seus filhos.
As escamas e as penas fazem parte de seu poder.
Oxun pode apresentar-se como um enorme peixe ou pássaro. Desta preposição, nasceu o preceito de que Oxun não deve receber pombos em suas obrigações.
É respeitada como Ajé, isto é, bruxa e feiticeira.
Segundo lenda, “No tempo da criação, quando Oxun estava vindo das profundezas do Orun (Céu), Olodunmare confiou-lhe o poder de zelar por cada uma das crianças criadas por Orixá que iriam nascer na Terra.
Oxun seria a provedora de crianças.
Ela deveria fazer com que as crianças permanecessem no ventre de suas mães, assegurando-lhes, medicamentos e tratamentos apropriados para evitar abortos e contratempos antes do nascimento; mesmo depois de nascida a criança, até ela não estar dotada de razão e não estar falando alguma língua, o desenvolvimento e a obtenção de sua inteligência estariam sob o cuidado de Oxun.
Ela não deveria encolerizar-se com ninguém a fim de não recusar uma criança a um inimigo e dar a gravidez a um amigo.
E foi a primeira Iyami, encarregada de ser a Olùtójú awon omo ( aquela que vela por todas as crianças) e a Álàwòyè omo (aquela que cura as crianças).
Oxun não deve vir a ser inimigo de ninguém”.
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