No universo dos orixás, observamos que muitas dessas divindades são reconhecidas por alguns comportamentos que têm a significativa função de aproximá-los dos seres humanos.
Raiva, inveja, paixão podem ser alguns dos sentimentos perceptíveis na apreensão das narrativas míticas que constroem um universo de significados destas entidades espirituais.
Na condição de orixá das doenças, Omolu é visto com muito cuidado pelos praticantes das religiões afro-brasileiras.
Afinal de contas, esta divindade tem grande poder de intervenção na vida ao dominar os territórios da cura e da enfermidade.
Pelo fato de carregar no corpo as chagas das doenças que possui, Omolu aparece todo encoberto por um enorme chapéu feito das fibras desfiadas do dendezeiro.
Além dessa imagem, Omolu também é reconhecido pelos nomes de Obaluaiê e Xapanã.
Mesmo estando próximo aos domínios da morte, as oferendas reservadas a Omolu não são realizadas em cemitérios.
Geralmente, parte do universo ritualístico desse orixá acontece em lugares mal iluminados, cavernas e troncos de árvores que já morreram.
O alimento mais associado a Omolu é a pipoca, que faz menção às várias marcas que a varíola deixou em seu corpo.
O primeiro santo tem o seu martírio ligado a toda uma vida dedicada ao tratamento dos que eram acometidos pelos males da Peste Negra.
Por outra via, São Lázaro aparece ligado a Omolu por ter sido ressuscitado por Jesus Cristo mesmo estando enterrado por vários dias.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
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