CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

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terça-feira, 3 de julho de 2018

Palha da costa



Palha da costa é a fibra de ráfia conhecida como ìko pelo povo do santo. 

É extraída de uma palmeira chamada Igí-Ògòrò pelo povo africano e que, no Brasil, recebe o nome de jupati, cujo nome científico é Raphia vinifera.

No candomblé, representa a eternidade e transcendência, como prova da imortalidade e reencarnação, sendo utilizado na confecção das roupas dos orixás, em especial Obaluayê e Omolu (Sakpata). 

Seu uso é indispensável na iniciação (feitura de santo) no sentido de proteger a vulnerabilidade dos neófitos.


Esta mesma palha trançada com espessura de um dedo mindinho e comprimento de um metro, chama-se Ikan, popularmente chamado de "contraegum" pelos leigos e até mesmo pelo povo de santo. 

Geralmente, é amarrado nos braços e cintura dos iniciados, com a finalidade de afastar as energias negativas e espíritos malévolos, impedindo a incorporação de eguns (espíritos de mortos).


Umbigueira (recebe este nome quando é amarrado na cintura).
Mokan (recebe este nome quando é ornado com búzio da costa): é um colar de palha trançada que é usado no pescoço junto com o delogun e seu comprimento é até o umbigo.

Contraegum (recebe este nome quando é amarrado na dobra da parte inferior da junção entre braço e ombro).





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