A noite tá que é um dia
Diz alguém olhando a lua
Pela praia as criancinhas
Brincam à luz do luar
O luar prateia tudo
Coqueiral, areia e mar
A gente imagina quanto
A lagoa linda é
A lua se namorando
Nas águas de Abaeté
(Dorival Caymmi - "A Lenda do Abaeté")
A lagoa de água escura cercada de dunas de areia branca, imortalizada pelas canções de Dorival Caymmi, é a grande atração de Itapoã.
Um dos mais conhecidos cartões-postais da cidade, a Lagoa do Abaeté resulta do represamento de antigos rios que corriam na região e do acúmulo de água de chuva.
Uma curiosidade é que a água tem temperatura diferente em vários trechos, resultante de correntes que não se misturam.
A profundidade chega aos cinco metros, e a coloração escura é determinada pelos minerais e microorganismos presentes em toda a extensão da lagoa.
As dunas são formadas pelo acúmulo de areia vinda da Praia de Itapoã e adjacências foram emolduradas, com o passar do tempo, por cobertura vegetal.
Essa vegetação desempenha um importante papel na preservação da flora local, e entre as espécies mais encontradas estão orquídeas (algumas de espécies raras) e árvores frutíferas, como goiabeiras e cajueiros.
A área de Proteção Ambiental desde 1987, é um dos maiores centros de lazer ecológico do Nordeste.
O Parque do Abaeté ocupa uma área de 400 hectares, e desde que foi criado, em 1993, passou a ser um importante pólo de lazer ecológico de Salvador.
A área urbanizada, quase metade do total do parque, reúne atrativos, naturais e culturais, como Casa da Música, lanchonetes, restaurantes, lojas de artesanato, playground e 17 quiosques para a venda de coco e de comidas típicas.
Na Casa da Música da Bahia estão reunidos documentos que contam a história da música baiana, em acervos de música, vídeo, fotos, livros e instrumentos musicais.
Logo na entrada quem recebe os visitantes é a "fobica", utilizada por Dodô e Osmar na criação do trio elétrico, decorada como na época.
Olossá
A deusa da lagoa
Terreiros homenageiam a “mãe das águas doces”
Isa Lorena, do A TARDE
13/12/2007 às 18:43
Welton Araújo / Agência A Tarde
Entrega de presentes de Oxum na Lagoa do AbaetéA Lagoa do Abaeté se encheu de presentes para Oxum, considerada o orixá que representa a “mãe das águas doces”, na manhã desta quinta-feira, 13.
Um cortejo iniciado às 10h reuniu representantes dos terreiros Guerebetã Gume Soboadá, de nação jeje, e Axé Abassá de Ogum, de nação ketu, que organizam o evento há 16 anos e colocaram os presentes maiores. Além deles, foram oferecidos mais 18 presentes menores, oferecidos por outros terreiros de Itapuã e adjacências.
Maria Clara Soboci, filha-de-Santo do Guerebetã, diz que os presentes são oferecidos, na verdade, em setembro, pois fica também a homenagem ao Parque do Abaeté, que passou por um processo de revitalização em setembro de 1993, quando foi criada a Casa das Lavadeiras.
Ela explica também que a tradição da entrega dos presentes a Oxum já tem mais de 80 anos.
“Eles eram entregues pelas antigas lavadeiras, que lavavam suas roupas na lagoa”, conta.
A retomada do ritual aconteceu há 16 anos e Maria Clara reclama que há 14 a comunidade tenta “sensibilizar o poder público a colocar o evento no calendário das festas populares da cidade”, mas até hoje não obteve respostas.
Geralmente a Lavagem da Casa das Lavadeiras acontece antes da entrega dos presentes, mas nesta quinta, devido ao atraso da saída do cortejo dos terreiros à lagoa, a ordem foi invertida e, após a oferenda, aconteceu a lavagem, com direito a rituais sagrados e muito samba-de-roda.
Georgina Boa Morte, coordenadora do Parque do Abaeté, diz que as lavanderias da Casa servem muito às donas-de-casa, que, além de não poluírem mais a Lagoa do Abaeté com produtos químicos, não ficam expostas ao sol, correndo riscos de queimaduras e problemas na pele.
A coordenação do Parque e da Casa das Lavadeiras é feita pela Secretaria do Meio Ambiente e que existe um diálogo constante com a comunidade, principalmente com os Terreiros que atendem a população local.
Um dos mais conhecidos cartões-postais da cidade, a Lagoa do Abaeté resulta do represamento de antigos rios que corriam na região e do acúmulo de água de chuva.
Uma curiosidade é que a água tem temperatura diferente em vários trechos, resultante de correntes que não se misturam.
A profundidade chega aos cinco metros, e a coloração escura é determinada pelos minerais e microorganismos presentes em toda a extensão da lagoa.
As dunas são formadas pelo acúmulo de areia vinda da Praia de Itapoã e adjacências foram emolduradas, com o passar do tempo, por cobertura vegetal.
Essa vegetação desempenha um importante papel na preservação da flora local, e entre as espécies mais encontradas estão orquídeas (algumas de espécies raras) e árvores frutíferas, como goiabeiras e cajueiros.
A área de Proteção Ambiental desde 1987, é um dos maiores centros de lazer ecológico do Nordeste.
O Parque do Abaeté ocupa uma área de 400 hectares, e desde que foi criado, em 1993, passou a ser um importante pólo de lazer ecológico de Salvador. A área urbanizada, quase metade do total do parque, reúne atrativos, naturais e culturais, como Casa da Música, lanchonetes, restaurantes, lojas de artesanato, playground e 17 quiosques para a venda de coco e de comidas típicas. Na Casa da Música da Bahia estão reunidos documentos que contam a história da música baiana, em acervos de música, vídeo, fotos, livros e instrumentos musicais. Logo na entrada quem recebe os visitantes é a "fobica", utilizada por Dodô e Osmar na criação do trio elétrico, decorada como na época.
Tem também a Casa das Lavadeiras, uma iniciativa para evitar a poluição da água com lavagem de roupa sem retirar do local as mulheres que há anos sustentam as famílias usando a água da lagoa.
Para tornar a labuta menos árdua, as lavadeiras costumam cantar e organizam festas religiosas.
O Abaeté é, inclusive, porto de diversas manifestações de cultos afro-baianos, que utilizam o local para deixar oferendas a Oxum, o orixá da água doce.
Oxum
a guardiã da lagoa de Olossá
E palco de lendas também: uma delas conta que, às margens da lagoa, é possível ouvir sons de atabaques de candomblé sem que se identifique sua origem.
Um resgate dessas lendas foi feito a partir de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Salvador e o bloco afro Malê Debalê.
Estudantes entrevistaram lavadeiras, moradores e pescadores do bairro e escreveram o livro Lendas e magias da Lagoa do Abaeté, que está sendo utilizado como material didático na rede pública de ensino. Esse é apenas um dos projetos de resgate da história do bairro, já está em fase de preparação a próxima publicação: História de Pescadores.
Terreiros homenageiam a “mãe das águas doces”
Isa Lorena, do A TARDE
13/12/2007 às 18:43
Welton Araújo / Agência A Tarde
Entrega de presentes de Oxum na Lagoa do AbaetéA Lagoa do Abaeté se encheu de presentes para Oxum, considerada o orixá que representa a “mãe das águas doces”, na manhã desta quinta-feira, 13.
Um cortejo iniciado às 10h reuniu representantes dos terreiros Guerebetã Gume Soboadá, de nação jeje, e Axé Abassá de Ogum, de nação ketu, que organizam o evento há 16 anos e colocaram os presentes maiores.
Além deles, foram oferecidos mais 18 presentes menores, oferecidos por outros terreiros de Itapuã e adjacências.
Maria Clara Soboci, filha-de-Santo do Guerebetã, diz que os presentes são oferecidos, na verdade, em setembro, pois fica também a homenagem ao Parque do Abaeté, que passou por um processo de revitalização em setembro de 1993, quando foi criada a Casa das Lavadeiras.
Ela explica também que a tradição da entrega dos presentes a Oxum já tem mais de 80 anos. “Eles eram entregues pelas antigas lavadeiras, que lavavam suas roupas na lagoa”, conta.
A retomada do ritual aconteceu há 16 anos e Maria Clara reclama que há 14 a comunidade tenta “sensibilizar o poder público a colocar o evento no calendário das festas populares da cidade”, mas até hoje não obteve respostas.
Geralmente a Lavagem da Casa das Lavadeiras acontece antes da entrega dos presentes, mas nesta quinta, devido ao atraso da saída do cortejo dos terreiros à lagoa, a ordem foi invertida e, após a oferenda, aconteceu a lavagem, com direito a rituais sagrados e muito samba-de-roda.
Georgina Boa Morte, coordenadora do Parque do Abaeté, diz que as lavanderias da Casa servem muito às donas-de-casa, que, além de não poluírem mais a Lagoa do Abaeté com produtos químicos, não ficam expostas ao sol, correndo riscos de queimaduras e problemas na pele.
A coordenação do Parque e da Casa das Lavadeiras é feita pela Secretaria do Meio Ambiente e que existe um diálogo constante com a comunidade, principalmente com os Terreiros que atendem a população local.
que lugar maravilhoso é esse chamado de sao salvador pelos turistas extrangeiros
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