O ponto de encontro não poderia ser mais apropriado, foi a partir do Busto de Mãe Runhô, no Engenho Velho da Federação - única homenagem pública a uma sacerdotisa da religião de matriz africana em Salvador - que centenas de seguidores e simpatizantes do Candomblé, vindos de diversas cidades do interior da Bahia e do Brasil, como São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Brasília, São Luís, Recife e Aracaju seguiram até o Dique do Tororó, nesse domingo, 22/11, realizando assim, a 1ª Caminhada Nacional pela Liberdade Religiosa.
Durante todo o trajeto da Caminhada, sob um céu sem nuvens, os participantes cantaram, dançaram, bateram tambor e reforçaram a importância de combater a intolerância religiosa e o preconceito às religiões de matriz africana.
“Combatemos a intolerância religiosa, por isso, não queremos proselitismo e, sim, o respeito e a liberdade a todas as manifestações religiosas”, afirmou Marcos Rezende, coordenador geral do Coletivo de Entidades Negras.
A 1ª Caminhada Nacional pela Liberdade Religiosa também contou com a presença de grupos de afoxé como os Filhos de Gandhy e de autoridades, a exemplo do assessor da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, José Guerra, que falou sobre a importância do evento. “Fiz questão de participar da Caminhada e a Secretaria Especial dos Direitos Humanos sente-se orgulhosa em apoiar um ato como esse”.
O encerramento da Caminhada ficou por conta de um show realizado no Dique do Tororó, dos cantores Aloísio Menezes e Lazzo Matumbi, que ao som de “um abraço negro, um sorriso negro, traz felicidade” recepcionaram os participantes, que mesmo após 2 horas de caminhada, tiveram pique e muito ânimo para dançar e cantar as canções de letras que, em sua maioria, faziam menções à cultura afro-brasileira.
Fernanda Miranda
Via Press Comunicação
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