CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Àdúrà ti Òsùmàrè


Adúrá ti Nàná


Ádúrà ti Omolú


ADURÁ

PARA REZAR SEMPRE QUE PUDER E DESEJAR:

ADURÁ GBOGBO ORISÁ ASÉ

ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE ESU LAROYE YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE OGUN ALAKAIYE YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE OSOOSI YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE OSONIYN A YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE OLOGUNEDE YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE OBALUWAYE YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE OMOLU YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE OSUMARE YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE SONGO YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE OYA YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE OBA YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE YEWA YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE OSUN YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE YEMOJA YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE NANÁ YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE OBATALA OBATARISA YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE IFÁ YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE ORÍ YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE OKANLENIGBA IMALE YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O

TRADUÇÃO
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé de Esú vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé de Ogum vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé de Osoosi vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé de Ossanhe vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé de Logun-edé vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé de Obaluae vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé de Omolú vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O axé de Osumaré vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé de Sangô vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé de Oiá vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé de Obá vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O axé de Ewá vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O axé de Oxum vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé de Iemanja vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé de Nanã vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé de Osalá vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé de Ifá vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé de Orí vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé das duzentas e uma divindades vai acompanhar você por toda a vida. Assim será, assim será, assim será pra você.

domingo, 17 de agosto de 2014

MOYUGBA (MOJUGBA)



A palavra Moyugba provem do Yoruba emi - Eu; ayugba - saudações =Eu te saúdo. Cada vez que fazemos qualquer rito, o ato de adoração na religão Yoruba da diáspora o iniciamos com omi tuto, uma libação de água fresca. Quando fazemos a libação se desce o seguinte:.

Omi fun egun, omi fun ile, omi fun gbogbo keke timbelaye timbelese Oloddumare. Omituto, ona tutu, tuto laroye, tuto ile tuto ariku babawa.

A moyugba se divide em três partes. A primeira inicia com uma cumplimentação a Oloddumare, chamando por todos os nomes com o que é alagado, em um ato que reconhece ao Divino Criador e sua onipotência. Aunque ocacionalmente e citado como uma deidade silenciosa e distante, em a tradição Osha Ifá Cubana, Olodumare deve ser reverenciado em todos os rituais, porque sem o Deus Supremo nada e possivel.

Depões de reder homenagem a Olodumare, redemos tributo a dos ancestrais que tiveram um papel importante em o esquema da religão Yoruba o Lucumí. Que são Asedá (Ashedá) e Akodá; quem furão os dos primeiros discípulos de Orunmila, é ajudarão a disseminar a palavra de IFA e sua sabedoria a toda a humanidade.

Continuamos rindendo homenagem ao tempo. Reconhecemos no passado, presente e futuro; A primordial testemunha dos minutos de viaje da humanidade a través da real existência e então pedimos pela existência continuada do mundo e nossa espécie.

Depois, redemos tributo a nossa mãe (Iyatobi) e pãe (Babatobi),os dos seres mais essências, sem os quais não poderemos obviamente existir. Um povo muito orientado na família. Os Yoruba e seus descendentes, e de grão importância e respeito a seus progenitores a quem adoram durante sua vida e continuam adorando depois da morte. Em efeito nossos pães são sagrados como qualquer Orisha.

Quando se rende homenagem Ara - a Terra; o corpo físico do planeta- o Ile- o piso que pisamos tanto como a casa onde vivemos. Como um observador silencioso, este planeta nos provem de nossa existência e o receptor eventual de todas nossas ações. O Ilé nos da vida, nos nutre a través de toda nossa existência e depôes de nossa morte a nutrimos a ela com o corpo que ela sustento durante anos. Como conhecimento a Olorisha não pode ser cremado, porque deve retornar a terra que o provenho.

A segunda seção de uma moyugba consiste na saudações a nossos ancestrais. Os ancestrais são denominados Egúngún o Egún. Estes não deven confundisse com Arao rún (Araonú) cidadão do céu; Os Iwin - Almas errantes que vagam pela terra. Egungun são aqueles espíritos que estam relacionados com nos pela sangue é a través de nossa ascendência de Orishas. Todos os outros são Ara Orún.

Os Iwin são entidades negativas, usualmente espíritos de pessoas que morrerão antes de seu devido tempo, por suicídio o a través da influencia de bruxarias o encantamento. Porem não e uma pratica ortodoxa, tem Olorishas que rendem homenagem em suas Moyugbas a seus guias espirituais. Isto e um erro. Estas entidades são reconhecidas em um segmento particular e geral da Moyugba, e não devem ser incluídos entre nossos Eguns porque eles simplesmente não são Eguns. Ara Orún como veremos são reconhecidos na estrofa final do segundo segmento quando falamos:

Moyugba gbogbo wán olodó araorún, oluwó, iyalosha, babalosha, omó kolagbá Egún mbelése Olodumare.

Os Yorubas concederam a os ancestrais tão importantes é sagrados como os Orishas e merecedores do mesmo respeito. Em efeito, Os Eguns completam ao Orishá como esclarece no provérbio Ikú lóbi osha (O morto pario ao santo ).

Em esta etapa em a Moyugba, os ancestrais são chamados para que nos ajude na propia execução das Cerimônias e ofereçam seu apoio e sabedoria para o beneficio dos presentes. Depões temos que cumplimentar os devotos de Egungún, quando redemos homenagem á aqueles ancestrais que acompanham a nossos primeiros iyalorishas - madrinhas; babalorishas -padrinhos; oyugbona- segunda madrinha, assistente da Iyá o Babalorisha em esta ordem e depois todos aqueles presentes dentro da casa.

A terceira parte e final consiste de um rezo a Olodumare é todas as outras entidades que chamamos antes para que eles assegurem o bem-estar dos devotos, de sua companheira em a vida e de todos aqueles que podam estar presentes. Os rezos se falam para que não chegue o mau a ninhum dos presentes e para que não os avale o infortúnio que não este dentro do destino escolhido.

Moyugba
Moyugba Olofín, Moyugba Olorún, Moyugba Oloddumare
Olorún Alabosudayé, Alabosunilé
Olorún Alayé, Olorún Elemí
Moyugba Ashedá, Moyugba Akodá
Moyugba ayaí odún, oní odún, odún olá
Moyugba babá, Moyugba yeyé
Moyugba ará, Moyugba ilé
Moyugba gbogbowán olodó araorún, oluwó, iyalosha, babalosha, omó kolagbá Egún mbelése Oloddumare
Omi tuto, ona tuto, ilé tuto, owo tuto, omó tuto, tuto nini, ariku
babawa. Omi fun Eggun, omi fun ilé, omi fun Olorun. (se fala enquanto rocia agua no piso com os dedos)
Araorún, ibá é layén t’orún (Nomes dos eguns um por um, conhecidos pelo iniciado, que os presentes respondem uma e outra vez) ibá hé

Depões de cumplimentar a todos os ancestrais conhecidos ou reverenciados de acordo a tradição do ascendente do Olorisha, o sacerdote disse:
Ibá é layén t’orún gbogbó Egún araorún orí emí naní (Se menciona o nome propio em reverencia a nossos ancestrais)
Ibá é layén t’orún gbogbó Egún araorún orí iyalorisha emí (aquelos que acompanhan a iyalorisha - madrinha -o babalorisha - padrinho)
Ibá é layén t’orún gbogbó Egún araorún orí Ojigbona emí (Os da Oyugbona)
Ibá é layén t’orún gbogbó Egún araorún orí ni gbogbó igboro kalé ilé (Os de todos os presentes em a casa)
Ibá é layén t’orún gbogbó Egún, gbogbowán olodó, lagbá lagbá, Araorún, otokú timbelayé, mbelése Olorún, Olodumare.
Kinkamashé - (Iyálorisha ou Babálorisha)
Kinkamashé - (Oyugbona)
Kinkamashé - (Oriaté)
Kinkamashé - (Babalawó)
Kinkamashé (Qualquer Olorishas vivo de seu linhaje que querramos cumplimentar ou rezar por ele)
Kinkamashé Orí Eledá emí naní - (Eu)
Kinkamashé gbogbó kalenú, igboró, aburó, ashíre, Oluwó, Iyalosha, Babalosha, kale ilé.

Significado das palavras usadas em esta Moyugba:

Moyugba Cumplimento ou rendo homenagem a
Olofín Dono do Palácio
Olorún Dono do céu
Olodumare. Dono da vasta extensão do universo
Alabosudayé Os protetores globais da terra
Alabosunilé. Os protetores da terra
Alayé O primeiro ser vivente (Deus)
Elemí. O dono do alento
Ashedá e Akodá Os divinos mensageiros
Ayaí odún Os dias passados
Oní Odón O dia presente
Odún olá Os dias por venhir, o futuro
Babá Pai
Iyá Mai
Yeyé Mãe
Ará Corpo; o planeta
Ilé O chão que pisamos; a casa onde estamos
Com Água fresca faço que seja o Caminho fresco,a casa fresca,
inteligência fresca, dinheiro fresco, as mãos frescas, fresca
seja a saúde de nosso pai (maior).
Água para os mortos, água para a terra que nos sustenta, água
para o sol.
Gbogbowán olodó Aqueles que partirão de nosso caminho e viven na vera do rio (Os Olorishas falecidos)
Araorún (Araonú) Cidadão do Céu
Oluwó Sacerdote de Ifá
Iyalosha Mãe de santo; sacerdotisa
Babalosha. Pãe de santo; sacerdote
Omó kolagbá Alto sacerdote dotado e reconhecido em todos os regulamentos da religão.
Mbelesé ao pê de Ibá é layén t’orún (t’orún) Aqueles que forão da terra ao céu (orún reré)
Alagbá lagbá Todos os anciãos, presentes ou não (lit. um ancião dentre anciãos)
Otokú. Ele o ela que faleció
Timbelayé. Firme no outro mundo
Kinkamashé. A benção
Ojigbona (Oyugbona) Assistente da iniciação Iyá o Babálorisha
Oriaté O sacerdote de maior rango que realiza as cerimônias
Emí naní. Eu; por min mesmo
Gbogbó kalenú Os presentes na casa
Igboro Visitantes
Aburo (abure) Irmão e Irmã.
Ashiré Minino pequeno; outra acepção: que se mounta,e cavalo dos Orishas (pessoa incorporada pelo Orisha)
Kalé ilé Todos os que estão na casa.


domingo, 10 de agosto de 2014

Babalorixá



O babalorixá, ou baba (pai), é um sacerdote que passou por todos os preceitos e obrigações exigidas para tal cargo. 

É o líder e chefe de um terreiro de Candomblé Ketu, e de algumas das religiões afro-brasileiras, onde o cargo de babalorixá é igual ao de iyalorixá. 

Nem toda pessoa iniciada será um sacerdote com casa aberta, uma vez que, isso será determinado por seu Orixá na obrigação de sete anos (Oduijé), quando receberá o titulo e direitos de independência do seu babalorixá. 

No caso do Orixá não querer uma casa aberta, na hora da entrega dos direitos ele coloca aos pés do seu babalorixá e a pessoa não precisará abrir uma casa, podendo permanecer na casa onde foi iniciado como Egbomi.

Na sua função sacerdotal, o babalorixá faz consultas aos orixás através do jogo de búzios, uma vez que, no Brasil, não há o hábito de se consultar o babalawo, chefe supremo do jogo de Ifá. Isso se deve à ausência da figura do mesmo na tradição afro-brasileira, desde a morte de Martiniano do Bonfim, segundo os mais antigos ocorrida por volta de 1943. 

Desde então, o professor Agenor Miranda era convocado para escolher a mãe-de-santo nos grandes terreiros baianos, mas agora, com os avanços tecnológicos e com a imigração voluntária de africanos para o Brasil, ouve-se falar de novos babalawos na tradição brasileira, donde a necessidade de diferenciar ifá de merindelogun e jogo de búzios.

Na sua função administrativa, é o responsável maior por tudo o que acontece na casa - a quantidade de filhos-de-santo, a de pessoas para serem atendidas - problemas a serem resolvidos -, e nela ninguém faz nada sem a sua prévia autorização. Conta com a ajuda de muitas pessoas para a administração da mesma, cada uma com uma função específica na hierarquia, embora todos os auxiliares conheçam de tudo para atender a qualquer eventualidade.

Nas casas menores de candomblé, o babalorixá, além da função sacerdotal acumula diversas outras funções, devendo ser conhecedor das folhas sagradas, seus segredos e aplicações litúrgicas; em caso de rituais ligados aos eguns, ou se especializa, ou consulta um ojé quando necessário. 

Quando a casa ainda não tem um axogun confirmado, ele mesmo faz os sacrifícios; quando a casa ainda não tem alagbê, normalmente o babalorixá convida alagbês das casas co-irmãs para tocar o candomblé; na ausência da iyabassê ou ekedi, ele mesmo faz as comidas dos orixás, costura as roupas das iaô, faz as compras e outras tarefas do dia-a-dia.

O candomblé pode ser considerado uma religião brasileira com origem em diversos sistemas mítico religiosos de origem africana. Nessa perspectiva corresponde simultaneamente a um sistema etnomédico ou medicina tradicional de matriz africana que vem sendo mantido (e recentemente reconstruído a partir das demandas pelo revival das medicinas tradicionais) a partir da sua origem nas diferentes culturas yorubá, bantu entre outras. 

A função do babalorixá nesse caso ganha destaque especial por sua relação com Obaluaiyê ou com a referida prática de colher as folhas sagradas atribuídas, segundo Bastide, ao babalosaim dedicado ao culto de Osanyin



Pai de santo

Pai de santo 

                  (pré-AO 1990: pai-de-santo), padrinho de umbanda ou chefe de terreiro são termos usados em várias das religiões afro-brasileiras para designar a pessoa responsável ou autoridade máxima de um terreiro ou tenda de Umbanda.

O Babalorixá no Candomblé é chamado de zelador de santo, e muitas vezes de pai-de-santo também.

A diferença entre o padrinho de umbanda e o babalorixá, é que o primeiro não passa pelos ritos de passagem a que são submetidos os babalorixás durante sua iniciação. O padrinho de umbanda não tem sua cabeça raspada.

Na Umbanda do Rio Grande do Sul é comum o chefe de terreiro ser chamado também de cacique.
fonte http://pt.wikipedia.org/wiki/Pai_de_santo


sábado, 2 de agosto de 2014

Orixás são Super-Heróis em filme da Nigéria



Estamos cansados de assistir filmes com referências ao panteão grego e nórdico, afinal, divindades como Zeus, Atena, Odin, Thor, entre outros povoam nosso imaginário. 

Presentes na cultura pop em geral, eles estão, também, na simbologia utilizada no comércio, nas artes, na academia, etc. 

Pois bem, o cinema nigueriano – Nollywood, o terceiro maior pólo de produção do mundo – decidiu contar a história dos orixás no cinema. 

Oya: Rise of the Orisha (Oya: A Ascensão dos Orishas) tem como subtítulo “A Nigerian Superhero Movie”, ou seja, a abordagem será a da cultura pop. 

O filme já tem trailer, que vocês podem ver aí embaixo, página oficial e no Facebook, também. 

Acredito que uma obra assim, merece ser assistida. 

Agora, é esperar para ver como será o lançamento, mas é legal ver que um panteão africano vai chegar ao cinema em uma leitura pop.


Gosto de ver essas notícias sobre a Nigéria que saem daquela mesmice da guerra santa movida por grupos islâmicos radicais contra cristãos e muçulmanos não-alinhados. 

Lembram da notícia das bonecas das rainhas africanas? 

Pois é… É péssimo que não saibamos mais sobre o cinema nigeriano, que as produções não cheguem para nós no Brasil. 

Agora, é fato que falar em orixás por aqui é falar de religiões que estão muito vivas, não que não existam pagãos e neo-pagãos que venerem o panteão grego e escandinavo, mas essas divindades Européias foram domesticadas, digeridas e consideradas não ameaçadoras. 

Para a maioria, esses deuses estão mortos ou são obra da fantasia de culturas antigas. 

O que eu quero dizer com isso?

Quando falamos de religiões afro no Brasil, mexemos no vespeiro da intolerância religiosa, da disputa territorial (*e econômica, de poder, e simbólica*) e do racismo. 

Vocês sabem que sou protestante/evangélica e para a maioria dos freqüentadores de igreja, ao contrário dos deuses nórdicos e gregos, as divindades africanas são demônios e estão muito vivas. 

Será que o brasileiro médio conseguiria assistir um filme sobre orixás como assiste ao filme do Thor, por exemplo? 

Conseguiria imaginá-los como seres superpoderosos e fascinantes? 

Realmente não sei… 

De resto, essa imagem belíssima de Oya aí embaixo não é do filme, mas de um ensaio fotográfico. Achei por acaso e a série completa está aqui.  

Valéria Fernandes Da Silva***

fonte jornal agaxeta



O Ibiri é precioso, Orixá da Justiça, Nanã espírito do manaciais, Poderosa dona dos búzios





Nanã Buruku é sem dúvida muito antiga, cujo o erudito freqüentemente é ligado ao de Omolu. 

Seus distintivos são muito diversos, e também não é fácil determinar seu espaço de origem. 

Orixa dos mistérios é uma divindade de origem simultânea à criação do mundo, pois quando Odudua separou a água parada, que já existia, e liberou o saco de criação a terra, no ponto de contato desses dois elementos formou-se a lama dos pântanos, local onde se encontram os maiores fundamentos de Nanã. 

Senhora de muitos búzios, Nanã sintetiza em contigo a morte, fecundidade e riqueza. Seu nome designa pessoas idosas e respeitáveis e, para os povos jêje, da região do antigo Daomé, significa mãe. 

Sendo as mais antigas divindades das águas, ela representa a memória ancestral de nosso povo; é  a mãe antiga. 

É a mãe dos orixás Iroko, Obaluayê e Oxumaré, é respeitada como mãe de todos os outros orixás. 

Nanã é o princípio, meio e o fim; o nascimento, a vida e a morte. 

Ela é a dona do Axé por ser o orixá que dá vida e a sobrevivência, a senhora dos Ibás que permite o nascimento dos deuses e dos homens As águas paradas e lamacentas dos pântanos tem um aspecto morto e à primeira vista ninguém imagina que por trás daquelas águas possa existir a vida, que sob a benção de Nanã a vida de plantas de grande fundamento como o oxibatá e oju-oro é possível. 


Essas plantas buscam nas profundezas das lagoas, na lama, a vida e o sustento. 

Nanã é a alma da água que permite ao oju-oro e ao oxibatá nascer, viver e florescer. 

Entre os símbolos de Nanã está o ibiri, que é feito com palitos do dendezeiro e nasceu junto com ela, na sua placenta. 

Ele representa a multidão de Egum, que são seus filhos na terra dos homens, e Nanã o carrega como  mimasse uma menino. 

Os búzios que simbolizam morte por estarem vazios e fertilidade porque lembram os órgãos genitais femininos também pertencem a Nanã. 

Contudo, o símbolo que melhor sintetiza o caráter de Nanã é o grão, pois ela domina também a agricultura e todo o grão tem que morrer para germinar. 

Nanã assegura uma vida saudável e com bastante força àqueles que a agradam; pode ajudar na maternidade, principalmente quando tudo indicam que a criança não vai vingar, mas sua principal função é garantir o grão e o pão de cada dia a todos os que merecem.

Nana não roda na cabeça de homem, aliás, Nanã abomina a figura masculina, pois o homem, através do esperma, líquido que símbolo de Oxalá, semeia o óvulo e gera uma nova vida. 

Nanã é a morte que reside no âmago da vida, que possibilita o renascimento. 

A vida e tudo que a representa - o esperma  e o sangue - são considerados tabus para Nanã que não roda na cabeça de homem. 

Seus adeptos dançam com a distinção que convém a uma senhora idosa e respeitável. 

Seus movimentos lembram uns andares lentos e penosos, apoiados num bastão imaginário que os dançarinos, curvados para frente, parecem puxar para si.

Arquétipos dos filhos e das filhas: Os/as filhos/as de Nanã são pessoas extremamente calmas, tão lentas no cumprimento de suas tarefas que chegam a irritar. 

Agem com benevolência, dignidade e gentileza. 

Gostam de crianças, e educam com uma dose de doçura e mansidão. 

Podem apresentar problemas de envelhecimento precoce, e ou problemas reumáticos. 

Seus filhos também possui um certo exagero em guardar rancores, mais longo perdoam, principalmente as pessoas que amam. 

São bondosas, decididas, simpáticas e principalmente respeitáveis.

Aspectos Gerais: 

Dia – Sábado; 

Data – 26 de junho; 

Metal – Latão; 

Cores – Branco e Azul (Preto ou Roxo); 

Pedras – Ametista; 

Odu que rege – Odilobá; 

Domínios – Vida e morte, saúde e maternidade; 

Saudação – Saluba.



Dados de Nanã



 Nanã

Dia:Data: 26 de julho; 


Metal: latão; 


Cor: branco com traços azuis ou roxos; 


Partes do corpo: protege a barriga, o útero, a parte genital feminina, protege as mulheres gestantes; 


Comida: Aberem (milho torrado e pilado do qual é feito um fubá com açúcar ou mel), mugunzá; 


Arquétipo: tolerantes, mas implicáveis, maduros, lentos, firmes, bondosos, simpáticos, extremamente limpos e com temperamento artísticos; 


Símbolo: ibiri e os bradjas ( contas feitas com búzios, dois a dois, e cruzados nos peitos, indicando ascendente e descendente)




Família Un Gí A Soberana Deusa Nanã



 
Mitologia  Nanã,  

                             Senhora de Dassa Zumê, mãe de Oluwaiye, Omolú Obaluaê, Jagun, Iroko, Ossãe, Oxumarê e Ewá, elegante senhora, nunca se meteu preocupou com o que este ou aquele fazia de sua própria vida. 

Tratou sempre de si e dos filhos, de forma nobre, embora tenha sido sempre precoce em tudo. 


Entretanto, Nanã sempre exigiu respeito àquilo que lhe pertencia. 


O que era seu, era seu mesmo. 


Nunca fora radical, mas exigia que todos respeitassem suas propriedades. 





Personalidade dos filhos de Nanã.



Nanã é o arquétipo das pessoas que agem com calma, benevolência, dignindade e gentileza. 

Das pessoas lentas no cumprimento de seus trabalhos e que julgam ter a eternidade à sua frente para acabar com os afazeres. 

Elas gostam das crianças as educam-nas, talvez, com excesso de doçura e mansidão, pois têm tendência a se comportarem com a indulgência das avós. 

Agem com segurança e majestade. 

Suas reações bem-equilibradas e a pertinência de suas decisões mantêm-nas sempre no caminho da sabedoria e da justiça. 

(Pierre Verger)



Qualidades de Nanã

                                                           
               

Nanã Abenegi: Dessa Nanã nasceu o Ibá Odu, que é a cabaça     que traz Oxumarê, Oxossi Olodé, Oya e Yemanjá.

Nanã Adjaoci ou Ajàosi: É a guerreira e agressiva que veio de Ifé, as vezes confundida com Obá. Mora nas águas doces e veste-se de azul.

Nanã Ajaepá: É a guardiã que mata, vive no fundo dos pântanos, é um Orixá bastante temido, ligado a lama, a morte, e a terra. Veio de Ajaepá. Está ligada aos mistérios da morte e do renascimento. Destaca-se como enfermeira; cuida dos velhos e dos doentes, toma conta dos moribundos. Nela predomina a razão.

Nanã Asainan: Provisoriamente sem dados conclusivos a este caminho do Orixá Nanã.

Nanã Buruku: Também é chamada Olú waiye (senhora da terra), ou Oló wo (senhora do dinheiro) ou ainda Olusegbe. Este Orixá veio de Abomey; ligado à água doce dos pântanos, usa um ibirí azul.

Nanã Obaia ou Obáíyá: É ligada a água e a lama. Mora nos pântanos; usa contas cristal vestes lilás e veio do país Baribae.


Nanã Omilaré: É a mais velha, acredita-se ser a verdadeira esposa de Oxalá. Associada aos pântanos profundos e ao fogo. É a dona do universo, a verdadeira mãe de Omolu Intoto. Veste musgo e   cristal.


Nanã Savè: Veste-se de azul e branco, e usa uma coroa de búzios.

Nanã Ybain: É a mais temida. Orixá da varíola. Usa cor vermelha, é a principal, come directo na lagoa, dando origem a outros caminhos. Para chamá-la, a yalorisá, tem que ir batendo com seus otás para fazê-la pegar suas filhas.

Nanã Oporá: Veio de Ketu, coberta de òsun vermelho. É a mãe de Obaluaiyê, ligada a terra, temida, agressiva e irascível.

OUTROS NOMES E QUALIDADES DADO A NAÑAN: BURUKU:  a mais velha, a verdadeira deusa da morte.veste branco, roxo ou lilás. TINELOKUN: a mais nova, tem culto quase extinto. 


IGBA;também nova, com culto também em extinção. IGBAIYN; seu assentamento é em uma cabaça IMANDILÉ ;  a dona da terra, KITI: associada a osumare. 

INSELÉ: também associada a osumarê : MAAPAN E IYAMIBASUN: culto extinto. Seu assento é numa cabaça.


Lenda da Deusa matriarca Nanã !!!



E, mas uma vez, vemos Ogum numa historia. 

Viajante, conquistador, numa de suas viagens, ogum aproximou-se das terras de Nanã. 

Sabia que o lugar era governado por uma velha e poderosa senhora. 


Se quisesse, não seria difícil tomar as terras de Nanã pois, para Ogum, não havia exercito, nem força que o detivesse. 


Mas  Ogum estava ali apenas de passagem. Seu destino era outro, mas seu caminho atravessava as terras de Nanã. 


Isto ele não podia evitar e nem o  importava, uma vez que nada o assustava e Ogum nada temia. 


Na saída da floresta, Ogum deparou-se com um pântano, lamacento e traiçoeiro, limite do inicio das terras de Nanã.

 Era por ali que teria que passar. 

Seu caminho, em linha reta, era aquele – por pior que fosse e não importando quem dominava o lugar. 

O destino e objetivo de Ogum  era o que realmente lhe importavam. 


Parou à beira do pântano e já ia atravessá-lo quando ouviu a voz rouca e firme de Nanã: - Esta terra tem dono. 

Peça licença para penetrar nela! No que Ogum respondeu em voz alta: - Ogum não pede, toma! 

Ogum não pede, exige! 

E não será uma mulher que impedira meu objetivo! 

- Peça licença, jovem guerreiro, ou se arrependerá!,   retrucou Nanã com a voz baixa e pausada. - Ogum não pede licença, avança e conquista! 

Para trás, velha, ou vai conhecer o fio  da minha espada e a ponta de minha lança! 

Dito isto, Ogum avançou pela pântano, atirando lanças com pontas de metal contra Nanã. 

Ela, com as mãos vazias, cerrou os olhos e determinou ao pântano que  tragasse o imprudente e impetuoso guerreiro. 

E assim aconteceu... 

Aos poucos, Ogum foi  sendo tragado pela lama do pântano, obrigando-o a lutar bravamente para salvar sua própria pele, debatendo-se e tentando voltar atrás. 

Ogum lutou muito, observado por Nanã, até que conseguiu salvar sua vida, livrando-se das águas pantanosas e daquela lama que quase o devorava. 

Ofegante e assustado, Ogum foi forçado a recuar, mas sentenciou: - Velha feiticeira! 

Quase me matou! 

Não atravessarei suas terras, mas  vou encher este de pântano de aço pontudo, para que corte sua carne! 

Nanã, impassível e calma, voltou a observar: - Tu és poderoso, jovem e impetuoso, mas precisa aprender a respeitar as coisas. 

Por minhas terras não passarás, garanto! 

E Ogum teve que achar outro caminho, longe das terras de Nanã. 

Esta, por sua vez, aboliu o uso de metais em suas terras.

E, até hoje, nada por ser feito com laminas de metal para Nanã.



Nanã Soberana Deusa máxima do Jeje !



Nanã, 

       a deusa dos mistérios, é uma divindade de origem simultânea à criação do mundo, pois quando Odudua separou a água parada, que já existia, e liberou do “saco da criação” a terra, no ponto de contacto desses dois elementos formou-se a lama dos pântanos, local onde se encontram os maiores fundamentos de Nanã.

Senhora de muitos búzios, 
                                     Nanã sintetiza em si morte, fecundidade e riqueza. O seu nome designa pessoas idosas e respeitáveis e, para os povos Jeje, da região do antigo Daomé, significa “mãe”. 


Nessa região, onde hoje se encontra a República do Benin, Nana é muitas vezes considerada a divindade suprema e talvez por essa razão seja frequentemente descrita como um orixá masculino.

Sendo a mais antiga das divindades das águas, ela representa a memória ancestral do nosso povo: é a mãe antiga (Iyá Agbà) por excelência. 

É mãe dos orixás Iroko, Obaluaiê e Oxumaré, mas por ser a deusa mais velha do candomblé é respeitada como mãe por todos os outros orixás.

A vida está cercada de mistérios que ao longo da História atormentam o ser humano. 

Porém, quando ainda na Pré-História, o homem se viu diante do mistério da morte, em seu âmago irrompeu um sentimento ambíguo. 



Os mitos aliviavam essa dor e a razão apontava para aquilo que era certo no seu destino.

A morte faz surgir no homem os primeiros sentimentos religiosos, e nesse momento Nanã faz-se compreender, pois nos primórdios da História os mortos eram enterrados em posição fetal, remetendo a uma ideia de nascimento ou renascimento. 

O homem primitivo entendeu que a morte e a vida caminham juntas, entendeu os mistérios de Nanã.

Nanã é o princípio, o meio e o fim; o nascimento, a vida e a morte.

Ela é a origem e o poder. 

Entender Nanã é entender o destino, a vida e a trajectória do homem sobre a terra, pois Nana é a História. 

Nanã é água parada, água da vida e da morte.

Nanã é o começo porque Nanã é o barro e o barro é a vida. 

Nana é a dona do axé por ser o orixá que dá a vida e a sobrevivência, a senhora dos ibás que permite o nascimento dos deuses e dos homens.

Nana pode ser a lembrança angustiante da morte na vida do ser humano, mas apenas para aqueles que encaram esse final como algo negativo, como um fardo extremamente pesado que todo o ser carrega desde o seu nascimento.

 Na verdade, apenas as pessoas que têm o coração repleto de maldade e dedicam a vida a prejudicar o próximo se preocupam com isso. 

Aqueles que praticam boas ações vivem preocupados com o seu próprio bem, com a sua elevação espiritual e desejam ao próximo o mesmo que para si, só esperam da vida dias cada vez melhores e têm a morte como algo natural e inevitável. 

A sua certeza é a imortalidade da sua essência.

Nanã, a mãe maior, é a luz que nos guia, o nosso quotidiano. 

Conhecer a própria vida e o próprio destino é conhecer Nanã, pois os fundamentos dos orixás e do Candomblé estão ligados à vida. 

A nossa vida é o nosso orixá.

É na morte, condição para o renascimento e para a fecundidade, que se encontram os mistérios de Nana. 

Respeitada e temida, Nana, deusa das chuvas, da lama, da terra, juíza que castiga os homens faltosos, é a morte na essência da vida.

Cultuamos no Batukajè Nago, Nanã Buruku (ou Nanã, Nanã Buluku, Nanã Buru, Nanã Boroucou, Nanã Borodo, Anamburucu, Nanã Borutu), é um nome pertinente a um vodun e orixá das chuvas, dos mangues, do pântano, da lama (barro molhado), senhora da Morte, e responsável pelos portais de entrada (reencarnação) e saída (desencarne).

A mais velha divindade do panteão, associada às águas paradas, à lama dos pântanos, ao lodo do fundo dos rios e dos mares. O único Orixá que não reconheceu a soberania de Ogum por ser o dono dos metais. É tanto reverenciada como sendo a divindade da vida, como da morte. Seu símbolo é o Íbíri – um feixe de ramos de folha de palmeira com a ponta curvada e enfeitado com búzios.Nana é a chuva e a garoa. O banho de chuva é uma lavagem do corpo no seu elemento,

uma limpeza de grande força, uma homenagem a este grande orixá.
Nanã Buruquê representa a junção daquilo que foi criado por Deus. Ela é o ponto de
contato da terra com as águas, a separação entre o que já existia, a água da terra por mando de
Deus, sendo portanto também sua criação simultânea a da criação do mundo.
1. Com a junção da água e a terra surgiu o Barro.
2. O Barro com o Sopro Divino representa Movimento.
3. O Movimento adquire Estrutura.
4. Movimento e Estrutura surgiu a criação, O Homem.

Portanto, para alguns, Nanã é a Divindade Suprema que junto com Zambi fez parte da criação, sendo ela responsável pelo elemento Barro, que deu forma ao primeiro homem e de todos os seres viventes da terra, e da continuação da existência humana e também da morte, passando por uma transmutação para que se transforme continuamente e nada se perca.

Esta é uma figura muito controvertida do panteão africano. Ora perigosa e vingativa, ora praticamente desprovida de seus maiores poderes, relegada a um segundo plano amargo e sofrido, principalmente ressentido.


Orixá que também rege a Justiça, Nanã não tolera traição, indiscrição, nem roubo. Por ser Orixá muito discreto e gostar de se esconder, suas filhas podem ter um caráter completamente diferente do dela. Por exemplo, ninguém desconfiará que uma dengosa e vaidosa aparente filha de Oxum seria uma filha de Nanã “escondida”.
Nanã faz o caminho inverso da mãe da água doce. É ela quem reconduz ao terreno do astral, as almas dos que Oxum colocou no mundo real. É a deusa do reino da morte, sua guardiã, quem possibilita o acesso a esse território do desconhecido.

A senhora do reino da morte é, como elemento, a terra fofa, que recebe os cadáveres, os acalenta e esquenta, numa repetição do ventre, da vida intra-uterina. É, por isso, cercada de muitos mistérios no culto e tratada pelos praticantes da Umbanda e do Candomblé, com menos familiaridade que os Orixás mais extrovertidos como Ogum e Xangô, por exemplo.

Muitos são portanto os mistérios que Nanã esconde, pois nela entram os mortos e através dela são modificados para poderem nascer novamente. Só através da morte é que poderá acontecer para cada um a nova encarnação, para novo nascimento, a vivência de um novo destino – e a responsável por esse período é justamente Nanã. 

Ela é considerada pelas comunidades da Umbanda e do Candomblé, como uma figura austera, justiceira e absolutamente incapaz de uma brincadeira ou então de alguma forma de explosão emocional. Por isso está sempre presente como testemunha fidedigna das lendas. Jurar por Nanã, por parte de alguém do culto, implica um compromisso muito sério e inquebrantável, pois o Orixá exige de seus filhos-de-santo e de quem a invoca em geral sempre a mesma relação austera que mantém com o mundo.

Nanã forma par com Obaluaiê. E enquanto ela atua na decantação emocional e no adormecimento do espírito que irá encarnar, ele atua na passagem do plano espiritual para o material (encarnação), o envolve em uma irradiação especial, que reduz o corpo energético ao tamanho do feto já formado dentro do útero materno onde está sendo gerado, ao qual já está ligado desde que ocorreu a fecundação.

Este mistério divino que reduz o espírito, é regido por nosso amado pai Obaluaiê, que é o
“Senhor das Passagens” de um plano para outro.
Já nossa amada mãe Nanã, envolve o espírito que irá reencarnar em uma irradiação única, que dilui todos os acúmulos energéticos, assim como adormece sua memória, preparando-o para uma nova vida na carne, onde não se lembrará de nada do que já vivenciou. É por isso que Nanã é associada à senilidade, à velhice, que é quando a pessoa começa a se esquecer de muitas coisas que vivenciou na sua vida carnal.

Portanto, um dos campos de atuação de Nanã é a “memória” dos seres. E, se Oxóssi aguça o raciocínio, ela adormece os conhecimentos do espírito para que eles não interfiram com o destino traçado para toda uma encarnação.

Em outra linha da vida, ela é encontrada na menopausa. No inicio desta linha está Oxum estimulando a sexualidade feminina; no meio está Yemanjá, estimulando a maternidade; e no fim está Nanã, paralisando tanto a sexualidade quanto a geração de filhos.

Esta grande Orixá, mãe e avó, é protetora dos homens e criaturas idosas, padroeira da família, tem o domínio sobre as enchentes, as chuvas, bem como o lodo produzido por essas águas.

Quando dança no Candomblé, ela faz com os braços como se estivesse embalando uma criança. Sua festa é realizada próximo do dia de Santana, e a cerimônia se chama Dança dos Pratos.

OrigemNanã, é um Orixá feminino de origem daomeana, que foi incorporado há séculos pela
mitologia iorubá, quando o povo nagô conquistou o povo do Daomé (atual Republica do Benin) , assimilando sua cultura e incorporando alguns Orixás dos dominados à sua mitologia já estabelecida.

Resumindo esse processo cultural, Oxalá (mito ioruba ou nagô) continua sendo o pai e quase todos os Orixás. Iemanjá (mito igualmente ioruba) é a mãe de seus filhos (nagô) e Nanã (mito jeje) assume a figura de mãe dos filhos daomeanos, nunca se questionando a paternidade de Oxalá sobre estes também, paternidade essa que não é original da criação das primeiras lendas do Daomé, onde Oxalá obviamente não existia. Os mitos daomeanos eram mais antigos que os nagôs (vinham de uma cultura ancestral que se mostra anterior à descoberta do fogo). Tentou-se, então, acertar essa cronologia com a colocação de Nanã e o nascimento de seus filhos, como fatos anteriores ao encontro de Oxalá e Iemanjá.

É neste contexto, a primeira esposa de Oxalá, tendo com ele três filhos: Iroco (ou Tempo),Omolu (ou Obaluaiê) e Oxumarê
Qualidades:
Ologbo, Borokun, Biodun, Asainán, Elegbe, Susure

ATRIBUIÇÕES
A orixá Nanã rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de atuação é o racional dos seres. Atua decantando os seres emocionados e preparando-os para uma nova “vida”, já mais equilibrada .

AS CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE NANÃ
Uma pessoa que tenha Nanã como Orixá de cabeça, pode levar em conta principalmente a figura da avó: carinhosa às vezes até em excesso, levando o conceito de mãe ao exagero, mas também ranzinza, preocupada com detalhes, com forte tendência a sair censurando os outros. Não tem muito senso de humor, o que a faz valorizar demais pequenos incidentes e transformar pequenos problemas em grandes dramas. Ao mesmo tempo, tem uma grande capacidade de compreensão do ser humano, como se fosse muito mais velha do que sua própria existência. Por causa desse fator, o perdão aos que erram e o consolo para quem está sofrendo é uma habilidade natural. Nanã, através de seus filhos-de-santo, vive voltada para a comunidade, sempre tentando realizar as vontades e necessidades dos outros.

Às vezes porém, exige atenção e respeito que julga devido mas não obtido dos que a cercam. Não consegue entender como as pessoas cometem certos enganos triviais, como optam por certas saídas que para um filho de Nanã são evidentemente inadequadas. É o tipo de pessoa que não consegue compreender direito as opiniões alheias, nem aceitar que nem todos pensem da mesma forma que ela.

Suas reações bem equilibradas e a pertinência das decisões, mantém-nas sempre no
caminho da sabedoria e da justiça.
Todos esses dados indicam também serem os filhos de Nanã, um pouco mais conservadores que o restante da sociedade, desejarem a volta de situações do passado, modos de vida que já se foram. Querem um mundo previsível, estável ou até voltando para trás: são aqueles que reclamam das viagens espaciais, dos novos costumes, da nova moralidade, etc.

Quanto à dados físicos, são pessoas que envelhecem rapidamente, aparentando mais idade
do que realmente têm.
Os filhos de Nanã são calmos e benevolentes, agindo sempre com dignidade e gentileza. São pessoas lentas no exercício de seus afazeres, julgando haver tempo para tudo, como se o dia fosse durar uma eternidade. Muito afeiçoadas às crianças, educam-nas com ternura e excesso de mansidão, possuindo tendência a se comportar com a indulgência das avós. Suas reações bem equilibradas e a pertinência de suas decisões mantêm-nas sempre no caminho da sabedoria e da justiça, com segurança e majestade.

O tipo psicológico dos filhos de NANÃ à introvertido e calmo. Seu temperamento é severo e austero. Rabugento, é mais temido do que amado. Pouco feminina, não tem maiores atrativos e à muito afastada da sexualidade. Por medo de amar e de ser abandonada e sofrer, ela dedica sua vida ao trabalho, à vocação, à ambição social.



COZINHA RITUALÍSTICA

Canjica branca
Canjica branca cozida, leite de coco. Colocar a canjica em tigela de louça branca,
despejando mel por cima, e uvas brancas, se desejar.

Berinjela com inhame
Berinjela aferventada e cortada verticalmente em 4 partes; Inhames cozidos em água pura,
com casca, e cortados em rodelas.; Arrumados em um alguidar vidrado, regado com mel.

Sarapatel
Lava-se miúdos de porco com água e limão. Corta-se em pedaços pequenos e tempera-se com coentro, louro, pimenta do reino, cravos da índia, caldo de limão e sal. Cozinha-se tudo no fogor. Quando tudo estiver macio, junta-se sangue de porco e ferve-se. Sirve-se, acompanhado de farinha de mandioca torrada ou arroz branco.

Paçoca de amendoim
Amendoins torrados e moídos misturados com farinha de mandioca crua, açúcar e uma
pitada de sal.

Efó
Ferve-se 1 maço bem grande de língua de vaca, espinafre ou beterraba. Depois amassar até virar um purê; Passa-se por uma peneira e espalhe a massa para evaporar toda a água; Depois de seca, coloca-se numa panela, junto com azeite de dendê, camarões secos, pimenta do reino, cebola, alho e sal. Cozinha-se com a panela tampada e em fogo baixo; É servido com arroz branco.

Aberum
Milho torrado e pilado.
Obs. Nanã também recebe:Calda de ameixa ou de figo; melancia, uva, figo, ameixa e melão, tudo
depositado à beira de um lago ou mangue.

LENDAS DE NANÃ
Como Nanã Ajudou na Criação do Homem
Dizem que quando Olorum encarregou Oxalá de fazer o mundo e modelar o ser humano, o Orixá tentou vários caminhos. Tentou fazer o homem de ar, como ele. Não deu certo, pois o homem logo se desvaneceu. Tentou fazer de pau, mas a criatura ficou dura. De pedra, mas ainda a tentativa foi pior. Fez de fogo e o homem se consumiu. Tentou azeite, água e até vinho de palma, e nada. Foi então que Nanã veio em seu socorro e deu a Oxalá a lama, o barro do fundo da lagoa onde morava ela, a lama sob as águas, que é Nanã. Oxalá criou o homem, o modelou no barro. Com o sopro de Olorum ele caminhou. Com a ajuda dos Orixá povoou a Terra. Mas tem um dia que o homem tem que morrer. O seu corpo tem que voltar à terra, voltar à natureza de Nanã. Nanã deu a matéria no começo mas quer de volta no final tudo o que é seu.




Yemojá Orisha of the Oceans and Sea Queen Mother



Yemoja is the Yoruba Orisha or Goddess of the living Ocean, considered the Mother of All. 

She is the source of all the waters, including the rivers of Western Africa, especially the River Ogun. Her name is a contraction of Yey Omo Eja, which means “Mother Whose Children are the Fish”. 

As all life is thought to have begun in the Sea, all life is held to have begun with Yemaya. She is motherly and strongly protective, and cares deeply for all Her children, comforting them and cleansing them of sorrow. 

She is said to be able to cure infertility in women, and cowrie shells represent Her wealth. She does not easily lose Her temper, but when angered She can be quite destructive and violent, as the Sea in a storm.

Yemoja, saltwater deity, is personalized as woman ebony of color with full large breasts who nurtures the world. From myths, her early incarnation on earth was that of passive energy in the creation process. She evolved into the strong, dominant earth mother after experiencing trials of disrespect and at times violence. According to a patiki, Yemoja’s response to a repugnant act that occurred against her was to plunge from a hill to the earth. This act caused her stomach to burst open from which sprang the sixteen orisas and the first human man and woman. The fluids that came forth from her produced the rivers, lakes and seas. Yemonja teaches us to persevere despite what life brings us. 

Though many associate coquetry and sensuality with Oshun, these attributes truly belong to Yemoja. She is the sensuality of woman; her broad hips celebrating the ase to bring forth life. The turbulence of the sea an artistic portrayal of the hormonal changes that may contribute to mood swings in a woman. Once love has grown cold for her, she sends her lover away while she remains firmly rooted on her throne. 

Yemoja rules over the surface of the ocean, where life is concentrated. She is associated with the Orisha Olokun (who is variously described as female, male, or hermaphrodite) who represents the depths of the Ocean and the unconscious, and together They form a balance. She is the sister and wife of Aganju, the god of the soil, and the mother of Oya, goddess of the winds.

Yemoja’s colors are blue and white, and She is said to wear a dress with seven skirts that represent the seven seas. Sacred to Her are peacocks, with their beautiful blue/green iridescence, and ducks. The number seven is Hers, also for the seven seas.