CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Crenças



Candomblé é uma religião monoteísta, embora alguns defendem que cultuem vários deuses, o deus único para a Nação Ketu é Olorum, para a Nação
Bantu é Zambi e para a Nação Jeje é Mawu, são nações independentes na prática diária e em virtude do sincretismo existente no Brasil a maioria dos participantes consideram como sendo o mesmo Deus da Igreja Católica.

Os Orixás/Inquices/Voduns recebem homenagens regulares, com oferendas, cânticos, danças e roupas especiais. 

Mesmo quando há na mitologia referência a uma divindade criadora, essa divindade tem muita importância no dia-a-dia dos membros do terreiro, como é o caso do Deus Cristão que na maioria das vezes são confundidos.

os Orixás da Mitologia Yoruba foram criados por um deus supremo, Olorun (Olorum) dos Yoruba;
os Voduns da Mitologia Fon foram criados por Mawu, o deus supremo dos Fon;
os Nkisis da Mitologia Bantu, foram criados por Zambi,Zambiapongo, , deus supremo e criador.
O Candomblé cultua, entre todas as nações, umas cinquenta das centenas deidades ainda cultuadas na África. 

Mas, na maioria dos terreiros das grandes cidades, são doze as mais cultuadas. 

O que acontece é que algumas divindades têm "qualidades", que podem ser cultuadas como um diferente Orixá/Inquice/Vodun em um ou outro terreiro. 

Então, a lista de divindades das diferentes nações é grande, e muitos Orixás do Ketu podem ser "identificados" com os Voduns do Jejé e Inquices dos Bantu em suas características, mas na realidade não são os mesmos; seus cultos, rituais e toques são totalmente diferentes.

Orixás têm individuais personalidades, habilidades e preferências rituais, e são conectados ao fenômeno natural específico (um conceito não muito diferente do Kami do japonês Xitoísmo). 

Toda pessoa é escolhida no nascimento por um ou vários "patronos" Orixás, que um babalorixá identificará. 

Alguns Orixás são "incorporados" por pessoas iniciadas durante o ritual do candomblé, outros Orixás não, apenas são cultuados em árvores pela coletividade. 

Alguns Orixás chamados Funfun (branco), que fizeram parte da criação do mundo, também não são incorporados.


Ovo ( Eyin )



Eyin 

Oferenda principal do culto de Iyaami. 

“Quando um ovo cai no chão, ele mostra a sua riqueza e o seu poder”. 

Por isso, é o símbolo de poder, fertilidade e riqueza. 

Quando um Ovo é utilizado cru quebrando sobre a cabeça antes de um Gbori é para purificação em geral, eliminar energia ruim, extrair a mão do antigo Babalorixa, mas quando utilizado num Ebó quebrando pelo corpo da pessoa é para expurgar a força de Ajé-buru ou Oshô-buru. 

Quando quebrado num Orita ou num caminho depois coberto com Epo e mel é para abrir caminho, anulando a dificuldade, quebrando a força do mal que bloqueia o caminho, fazer aparecer prosperidade e sucesso. 

Quando o Ovo é utilizado cozido num Adimu ou Ebò a sua finalidade é somente extinguir ou paralisar o avanço de uma doença e energia ruim. 

Quando o Ovo é ofertado cru sobre Adimu ou Ebò a sua finalidade é atrair fertilidade, produtividade, vitalidade, riqueza, bondade, proteção e sucesso. 

Ovo cru de Pépéyé é utilizado para extrair Iku-Ówó (mão de babalorixa morto) da cabeça da pessoa, eliminar doenças e enfraquecer a força de Iku. 

Ovo cru de Eiyelê é para atrair casamento, união, felicidade, tranqüilidade ou equilíbrio no Ori. 

Ovo cru de Ejô (cobra) é para extrair Arajé buru (magia negra de mulher). 

Ovo cru de Aparo é para evitar perseguição e eliminar Oshô-buru (magia negra de homem)


O YORÙBÀ E O CANDOMBLÉ



O Candomblé, em sua essência Yorùbá foi deturpando-se no geral com o passar dos séculos, desde a chegada dos primeiros negros oriundos da África, particularmente da Nigéria e do Dahomé (a atual República Popular de Benin), sendo que os de origem Yorùbá foram dos últimos a chegarem ao Brasil, já próximo ao término da escravidão. 

Por sua diferença de maneiras (embora se diga que não) foram aproveitados em grande número como escravos domésticos, pois eram considerados mais refinados. 

Mas, com a sua adaptabilidade do tão conhecido jeitinho brasileiro, moldou-se. Segundo a nossa personalidade, adaptando-se e forjando-nos como Afro-brasileiros. Para nos classificarmos, se assim se pode dizer. 

A nossa religião é uma das mais belas e originais manifestações de espiritualidade, com um vasto e riquíssimo naipe de nuanças com personalidade, feição e expressão próprias, traduzidas em linguagem também própria e particularizadas, apesar de variada. 

A Linguagem Oral: através da qual se expressam os orins (cânticos), àdúràs (rezas), Ofos (encantamentos) e oríkìs (louvações). 

É através dela que se conversa com os Òrìsàs. Nossa religião é eminentemente de transmissão oral, e a despeito disso, Preservaram grande parte dos seus rituais, cânticos e liturgia com sua língua. Litúrgica falada quase que fluentemente em seu bojo, pelas pessoas mais Proeminentes, mas, infelizmente em número bem restrito. 

A língua oficial nos cultos Kétu, Ègbá, Ifón e Ìjèsà é o Yorùbá, que apesar disso é também muito utilizada nos cultos de origem Angola e Jeje, que são oriundos de países e culturas diferentes. 

Apesar de pouco conhecido pela grande maioria dos adeptos da religião, o Yorùbá é amplamente falado de maneira empírica apenas mecânica e meramente Mimética, repetindo-se o que foi dito e decorado anteriormente. 

Dizem algumas pessoas, que o Yorubá é uma língua morta e está para o culto aos Òrìsà assim como o Latim está para o Catolicismo. Mas, isso é um engano, o Yorùbá é uma língua viva e dinâmica e é falado ainda nos dias atuais por cerca De 20 a 25% da população da Nigéria e possui elevado número de dialetos, cuja língua oficial é o Inglês, introduzido ali pelos colonizadores. 

No Benin, são mais ou menos 20 a 25% também de sua população, dentre outros tantos dialetos, que falam o Yorùbá como sua primeira língua ou segunda, dependendo do aculturamento. 

O Yorùbá é a primeira língua de aproximadamente 30 milhões de Africanos Ocidentais, e é falada pelas populações no Sudoeste da Nigéria, Togo, Benin, Camarões e Serra Leone. 

A língua também sobreviveu em Cuba (onde é chamada de Lukumi) e no Brasil (onde é chamada Nagô – corruptela de ANAGO), termo que inicialmente era usado pejorativamente, querendo significar "gentinha, gentalha, ralé". 

À parte de vários dialetos, existe o Yorùbá padrão, que é usado para propósitos educacionais, (e.g., em jornais, revistas, no rádio, TV e em) (escolas). 

Esta forma padrão é compreendida por oradores dos vários dialetos que atuam como tradutores do Yorùbá oficial para o dialetal e vice-versa. 

No Brasil o interesse pelo Yorùbá dá-se principalmente entre as pessoas adeptas da Religião dos Òrìsà, que recebe o nome genérico e popular de Candomblé, não importando a origem se Yorùbá, Fon (Jeje) ou Bantu (Angola). 

O Candomblé nasceu da necessidade dos negros escravos em realizarem seus rituais religiosos que no princípio eram proibidos pelos senhores de escravos. E para burlar essa proibição, os negros faziam seus assentamentos e os escondiam, preferencialmente fazendo um buraco no chão, cobrindo-os e por cima colocavam uma imagem de um santo católico. 

Então eles cantavam e dançavam para seus Òrìsà, dizendo que estavam cantando e dançando em homenagem àquele santo católico; daí nasceu o sincretismo religioso, que foi abandonado mais tarde pela maioria dos adeptos do Candomblé tradicional, com o "término" da escravidão e mais concretamente quando o Candomblé foi aceito como religião com a liberdade de culto garantida pela Constituição Brasileira. 

À primeira vista para os leigos, o Candomblé é uma coisa só. Mas, não é bem assim. Existem vários grupos, onde o mais expressivo, sem dúvida, é o grupo Yorùbá (na atualidade). 

Na época do tráfico de escravos, vieram muitos negros oriundos de Angola e Moçambique: os Bantos, Cassanges, Kicongos, Kiocos, Umbundo, Kimbudo, de onde se originou o “Candomblé Angola”, facilmente reconhecido por quem é da religião, pela maneira diferente de falar, cantar, dançar e percutir os tambores, o que é feito com as mãos diretamente sobre o couro com ritmos e cadências próprios, alegres e ligeiros. 

É o Candomblé de onde se originou o SAMBA, que tomou emprestado o próprio nome, que em Kimbundo significa "ORAÇÃO". 

É também origem do "Samba de roda", que era feito como recreação, principalmente pelas mulheres, após os afazeres rituais, dançando e cantando dizeres em sua maioria jocosos e galhofeiros. 

Mais tarde assimilado pelo Samba de Caboclos, aí já em sua versão mais “abrasileirada” como um culto ameríndio que era feito pelos Caboclos, aí já incorporados em seus "cavalos" e já em idioma aportuguesado com versos chamados de "sotaque". Isto, porque quase sempre eram parábolas ou charadas que poucos entendiam. Muito em voga ainda hoje. 

Acha-se que este Samba de Caboclos foi o embrião da Umbanda, onde nasceu o culto aos Òrìsà cantado e falado em português, fazendo assim a nacionalização dos Òrìsà Africanos, que algumas pessoas faziam objeção por causa de ter uma língua estrangeira não bem aceita pelos já nascidos brasileiros e que foram perdendo os conhecimentos da língua ancestral, principalmente por causa do analfabetismo. 

A Umbanda é a mistura do Culto aos Òrìsà, do Catolicismo e do Kardecismo, resultando numa religião Brasileira, que hoje em dia é até exportada para os países vizinhos, principalmente os do cone Sul, como Argentina, Paraguai e Uruguai, onde existem até confederações de Umbanda e onde o Brasil está para eles, assim como a África está para nós. 

A origem da força cultura Yorùbá foi demonstrada em uma das guerras havidas entre o Dahomé e a Nigéria, mais ou menos no meado para o final do século dezesseis, em que o ESTADO DE KÉTU, teve praticamente metade do seu território anexado ao DAHOMÉ como espólio de guerra após sua população juntamente com a de Meko, ter sido saqueada e parte dela capturada como escravos perdurando essa anexação militar até os dias atuais. 

Como Resultado dessa guerra, muitos foram capturados de ambos os lados, e foram vendidos aos Portugueses como escravos. 

Foi quando, já ao final do século, começaram a chegar tantos os escravos de origem EWE-FON, conhecido popularmente por Jejes (Djedje), oriundos do Benin, antigo Dahomé, que foram capturados pelos Yorùbá, com a recíproca, dos Yorùbá capturados pelos Ewe-Fon, também vendidos como escravos. 

Os Yorùbá em sua maioria eram oriundos de KÉTU, o território anexado. 

Mas, também vieram negros trazidos de outras áreas Yorùbás como Òyó, Ègbá, Ilesá, Ifón, Abeokuta, Iré, Ìfé, etc. Estes dois grupos (Jeje e Yorùbá) quando chegaram ao Brasil, continuaram inimigos ferrenhos e não havia hipótese de um aceitar o outro. 

Mas, eram indivíduos de tradições sociais religiosas tribais, e não podiam sobreviver sozinhos. 

Então procuraram unirem-se em virtude da condição cativa de ambos. Essa união era difícil tanto pela barreira do idioma, pois eram vários e diferentes em dialetos, quanto pelo ódio que alguns nutriam contra os outros. 

Do que os Senhores de escravos e Feitores se aproveitavam em tirar proveito para fomentar mais ainda a animosidade entre eles. 

Pois, os Senhores de Engenho principalmente, temiam a união do grande número de escravos, o que certamente poderia colocar em risco a segurança dos brancos. 

Então, quando eles permitiam que os negros se reunissem no terreiro para cantar e dançar, estimulava-lhes a que fizessem "rodas" separadas, somente com seus compatriotas, onde os Kétu (Yorubás) não misturavam-se aos Jejes (FONS - Djedje – literal, estrangeiro; e nem Bantu (Angola) e assim também os outros faziam o mesmo eles próprios com relação aos outros. 

Mas, com o tempo essa tática foi deixando de dar certo, porque os negros entenderam que sua maior fraqueza era a sua própria desunião, e resolveram se unir para facilitar um pouco à sobrevivência, unindo-se contra o inimigo comum, isto é, o branco. 

Isso é mais evidenciado com a instituição dos quilombos, que eram focos de resistência dos negros fujões, e que não se curvavam à escravidão. 

Na nossa religião nós cantamos, oramos e, até dialogamos em Yorùbá com pequenas frases e termos usuais do dia-a-dia nas casas de culto com a assimilação de um até vasto vocabulário, se levarmos em consideração as condições em que se deu a preservação disto. É de suma importância às linguagens da nossa religião, sobretudo, a oral porque a entendendo, entenderemos os rituais e poderemos nos comunicar com os nossos Òrìsà e Ancestrais, através da palavra. 

Se não souber falar Yorùbá a pessoa falará em português mesmo, os Òrìsà ouvirão e atenderão da mesma maneira. 

O QUE É MAIS IMPORTANTE É A FÉ E A SINCERIDADE COM QUE NOS DIRIGIMOS A ELES. CONTUDO, SE NOS COMUNICAMOS EM YORÙBÁ É MUITO MAIS GRATIFICANTE A EMOÇÃO QUE SENTIMOS AO SABER QUE O FAZEMOS DA MESMA MANEIRA QUE OS NOSSOS ANCESTRAIS FAZIAM HÁ VÁRIOS SÉCULOS ATRÁS, EM NOSSA LÍNGUA MÃE, RELIGIOSA. 

Então, nós louvamos, elogiamos, exaltamos, enaltecemos os imalè no culto aos Òrìsà, no Candomblé, de acordo com a herança a nós legada pelos nossos antepassados, negros oriundos de vários lugares d'África, atravessando os séculos e chegando até nossos dias. 

As cantigas são um modo de enaltecer e glorificar fatos e feitos relacionados com determinado Òrìsà, reportando-se à mitologia daquele Òrìsà. Louvar é: Elogiar, dirigir louvores, exaltar, enaltecer, etc. 

Isto nós o fazemos diuturnamente no culto aos Òrìsà, de acordo com a herança a nós legada pelos nossos ancestrais negros que nos ensinaram como fazê-lo através dos séculos desde então, da mesma maneira como eles o faziam. 

Essas maneiras são variadas e diversas embora, aos olhos do leigo possa parecer tudo a mesma coisa. Dessas maneiras, a mais popular é o ORIN (a cantiga-música). 

Com ela nós louvamos qualquer orixá ou imalè (espíritos). 

As cantigas são modos de enaltecer e glorificar os fatos e feitos relacionados a determinado Òrìsà ou imalè, reportando um acontecimento ligado à mitologia daquele Òrìsà. 

Portanto, aprender a cantar corretamente e rezar para louvar os Orixás faz-se necessário inclusive, para um maior conhecimento e entendimento das suas lendas.




Reflexões de Elegbara o senhor da existência.



O céu e a terra fundiam-se no horizonte distante, parecendo uma coisa só, como se não houvesse separação entre o mundo espiritual e o material, a consciência individual e a cósmica. 

Sentado sobre uma pedra em uma enorme montanha (vulcão), de cabeça baixa e olhos apenas entre abertos, Elegbára observava o fenômeno da natureza e refletia sobre o seu interminável trabalho. 

Como é difícil a humanidade – pensou em certo momento – parece nunca estar satisfeita, está sempre querendo mais e, em sua essência egoísta desarmoniza tudo, tudo... Tudo que era para ser tão simples acaba tão complicado. 

Com os olhos habituados a enxergar na escuridão e na distância, Bára observou cada canto daqueles arredores. 

Viu pessoas destruindo a si mesmas através de vícios variados, viu maldades premeditadas e outras praticadas como se fossem atos da mais perfeita normalidade. 

Viu injustiças, principalmente contra os mais fracos e indefesos. 

Com seus ouvidos, também atentos a tudo, ouviu mentiras, palavras de maledicência, gritos de ódio e sussurros de traição. 

Bára suspirou. 

Serei eu o diabo da humanidade? – pensou ironicamente, ao lembrar o quanto era associado à figura do demônio. 

Passou horas observando coisas que estava habituado a ver todos os dias: mentiras, fraudes, corrupção, traições, inveja, e uma gama enorme de sentimentos negativos. 

Foi quando estava imerso nesses pensamentos que Bára ouviu uma voz ao seu lado, dizendo naquele tom austero, porém complacente: Laroyê, Senhor Falante. 

Bára(Exu) ergueu os olhos e vislumbrou a figura altiva de Obatala. 

Èpa Bàbá – respondeu, fazendo um pequeno movimento com a cabeça, em sinal de respeito. 

Noto que está pensativo, amigo Bára – falou Obatala Bára respirou fundo, contemplou novamente o horizonte e respondeu: Trabalhamos tanto... e incansavelmente, mas os homens parecem não valorizar nosso esforço.

Obatalá moveu os lábios para dizer algo, mas antes que isso acontecesse, Bára, como que prevendo o que seria dito, continuou: Não falo em tom de reclamação, sou um trabalhador incansável e o amigo sabe disso. 

É com prazer que levo o que tem ser levado e retiro o que deve ser retirado. 

É com satisfação que abro ou fecho os caminhos, de acordo com a necessidade de cada um, é com resignação que acolho sobre minhas costas largas a culpa do mal que muitos espíritos encarnados e desencarnados fazem, não reclamo do meu trabalho. 

Sou Bára, para mim não existe frio ou calor, cansaço ou preguiça, existe apenas a necessidade de cumprir a tarefa para qual fui designado. 

Se mostra tão resignado e, no entanto, parece que deixa-se abater pelo desânimo – comentou Obatalá, apoiando-se em seu paxorô. 

Bára soltou uma gargalhada, ao que Obatalá deu um leve sorriso, com um movimento quase imperceptível no canto direito dos lábios.

Não sou resignado nem tampouco estou desanimado – falou Bára – estou pensativo sobre pouca inteligência dos homens. Veja só: como responsável pela aplicação da Lei Cármica observo muita coisa. 

Observo não apenas o sofrimento que alguns homens impõem a si mesmos, mas vejo também as incessantes oportunidades que o Universo dá a cada um dos seres que habitam a Terra. 

O aprendizado que tanto precisam lhes é dado por bem, mas quase nunca enxergam pelo amor, então lhes é dada a oportunidade de aprender pela dor, mas geralmente só lembram a lição enquanto a dor está a alfinetar sua carne. 

Com o alívio vem o esquecimento e todos os erros e vícios voltam a aflorar. Obatalá fez menção de dizer algo, mas com o dedo em riste entre os lábios, novamente Bára o impediu de falar. 

Ouça Obatalá – disse Bára, colocando a mão em concha na orelha, como se ele e Obatalá precisassem disso para ouvir melhor. 

E ambos ouviram o som que vinha da Terra. 

O som da inveja, dos maus sentimentos, da maledicência, da promiscuidade, da ganância. 

Bára deu outra gargalhada e disse: Percebe? 

Temos trabalho por muitos séculos ainda. 

E isso não é bom? – perguntou Obatalá, que dessa vez não deixou Bára responder e continuou: Pobres homens, ignorantes da própria grandeza espiritual e da simplicidade do Universo. 

Se não desconhecessem tanto o funcionamento das coisas, seriam mais felizes. 

Não estão preocupados em discernir o bem do mal – resmungou Bára. 

E você está, Senhor Falante? – tornou Obatalá. 

Mais uma vez Bára gargalhou. 

Para mim não existe o bem ou o mal. 

Existe o justo, bem sabe disso. 

Então por que tenta exigir esse discernimento dos pobres homens? 

Eu conheço os caminhos – respondeu Bára um tanto irritado – para mim não existem obstáculos, todos os caminhos se abrem em encruzilhadas. 

Para mim as portas nunca se fecham e as correntes nunca prendem. 

Conheço o sutil mistério que separa aquilo que chamam de bem daquilo que chamam de mal. 

Não sou maniqueísta, não sou benevolente, pois não dou a quem não merece, mas também não sou cruel, pois sempre ajo dentro da Lei. 

Os homens, coitados, acreditam na visão simplista do bem e do mal, como se todo o Universo, em sua “complexa simplicidade” se resumisse apenas entre o bem e o mal. Pobres homens – repetiu Obatalá. 

Pobres homens – concordou Elegbára – mesmo olhando o Universo de uma forma tão simplista, dividido apenas entre bem e mal, acabam sempre demonizando tudo, achando que o mal é o melhor caminho para conseguir o que desejam ou então acreditam que são eternas vítimas do mal. 

E o que é pior, quase sempre eu é que sou o culpado. 

Mas é você o responsável pelo mal? – perguntou Obatala´, admirando o horizonte. 

Sou justo, apenas isso – respondeu Bára. 

Não seria a justiça uma prerrogativa de Xangô? – tornou o maior dos orixás. 

Bára olhou fundo nos olhos de Obatalá e respondeu: Estou a serviço do Universo, de cada uma das forças que o compõe, inclusive do Senhor da Justiça Isso significa que trabalha em harmonia com o Universo, caro Bára? Imaginei que soubesse disso – respondeu , irônico como sempre. 

Acho que sempre soube. 

Quando observo o horizonte e vejo o céu fundindo-se à Terra, percebo o quanto o material pode estar ligado ao espiritual. 

Mas também lembro que o sol vai raiar e acredito que apesar de todas as dificuldades que os próprios homens criam, é possível acender a chama da fé em seus corações. 

Percebo o quanto eles são falhos, mas percebo também o quanto são frágeis e precisam de nós – e nesse momento pousou a mão sobre o ombro de Elegbára – sejam dos que trabalham na luz ou na escuridão, pois tudo faz parte do Uno e se inter-relacionam. 

O mesmo homem que hoje está nas profundezas mais abissais, amanhã pode ser o mensageiro da luz. 

Bára olhou para os olhos de Obatalá, como se não estivesse concordando, mas dessa vez foi Obatalá quem não deixou que o outro falasse, prosseguindo com sua narrativa: Se não fossem os valorosos guardiões que trabalham nas regiões trevosas, (chamam na terra erradamente de exus, o povo de rua como alguns conhecem) dificilmente os que ali sofrem um dia alcançariam o benefício da luz. 

Se houvesse apenas a luz, não haveria o aprendizado, que tem como ponto de partida o desconhecimento, as trevas. 

O Universo tão simples é ao mesmo tempo tão inteligente, que mesmo nós, que observamos os homens a uma distância grande, às vezes nos surpreendemos com sua magnitude. 

Os homens são frutos que precisam amadurecer e você, amigo Bára, é a estufa que os aquece até o ponto certo da maturação e eu sou a mão que os colhe como frutos amadurecidos. 

Quem diria que trabalhamos em harmonia? – disse Bára em meio a um sorriso – acreditam que vivemos a digladiar quando na verdade trabalhamos em busca de um mesmo objetivo: o aprimoramento da raça humana. 

Obatalá só não soltou uma gargalhada porque não era esse seu hábito (e sim o de Exu), mas disse sem conseguir esconder o contentamento: Então, companheiro Bára, não temos porque lamentar. 

A ignorância em que vivem os homens é sinal de que ainda temos trabalho a realizar. 

A pouca sabedoria que possuem significa que ainda estão muito próximos ao ponto de partida e cabe a nós, não importa se chamados de “direita” ou “esquerda”, auxiliá-los em sua caminhada, que é muito longa ainda. 

Apenas contemplar as mazelas dos corações humanos não irá auxiliá-los em nada. Sou a luz que guia os olhos da humanidade e você é o movimento que não a deixa estática. 

Se pararmos por um segundo sequer, atrasaremos em séculos e séculos o progresso da raça humana, que tanto depende de nós. 

Nesse momento o sol começou a raiar timidamente no horizonte, separando o céu e a Terra. 

Elegbára levantou-se da sua pedra e se pôs a caminhar montanha abaixo. Onde vai, Senhor Falante? – perguntou Obatalá, como se não soubesse. 

Vou trabalhar, Senhor da paz – respondeu gargalhando novamente – Esqueceu que sou um trabalhador incansável e que trabalho em harmonia com o Universo, mesmo que ele me imponha a luz do sol? Obatalá não respondeu, mas esboçou um sorriso tímido. 

Assim trabalhava o Universo: sempre em harmonia. 

Os homens, mesmo ainda presos a tantos conceitos primários, trilhavam os primeiros passos em direção ao progresso, pois não estavam órfãos de seus orixás e protetores. 

Axé axé axe

FONTE: http://odereci.blogspot.com.br/


PORQUE ÒRÚNMILÀ PARTIU DEFINITIVAMENTE PARA O ORUN



Essa história se passa em Ifè, quando Òrúnmilà não tinha filhos e seus opositores se vangloriavam de que ele jamais teria filhos em Ifè. 

Mas, estavam enganados, pois mais tarde Òrúnmilà teve oito filhos: o primeiro foi Ajerò, o seguindo Olóyémoyin, em seguida Alákegi, Ótangi, Òlélé, Eléjèlúmòpé, Owárangún e o último Olówó, o caçula do grupo e rei da cidade de Òwò. 

Durante sua importante solenidade, quando Òrúnmilà celebrava um ritual, ele mandou chamar todos os filhos que haviam se tornado altos chefes de seus próprios domínios. 

Ao chamado acorreram todos, prestando obediência ao pai, com a saudação àbòrú bòyè bo síse - "que os rituais sejam abençoados e aceitos". 

Porém, o mais moço dos filhos Olówò, recusou-se a saudar o pai, além de estar vestido do mesmo modo que Òrúnmilà, o que simbolizava sua rejeição à autoridade e superioridade paterna. 

Permanecendo de pé, provocou um diálogo ríspido com Òrúnmilà, que, enfurecido, arranca o batão de òsùn empunhado por Olówò, o que significava por simbolismo a cassação de sua autoridade. 

O bastão de òsùn é uma espécie de cajado pertencente a uma antiga divindade yorubá e usado apenas pelos sacerdotes de Ifá, como símbolo de autoridade e superioridade. 

A retirada do bastão representaria, portanto, a cassação da autoridade que Òrúnmilà havia conferido aos filhos como importantes seguidores de sacerdote. 

Mas a reação do pai diante da ação prepotente do filho não parou aí. 

Provocou o retorno de Òrúnmilà ao òrun, onde se estabeleceu ao pé de uma palmeira de dendezeiro - igi ope - cujos ramos brotavam aqui e ali dezesseis (ikin) coquinhos. 

O resultado dessa situação foi a fome, a peste, a confusão total na Terra, uma vez que Òrúnmilà representava o princípio da ordem, sabedoria, fertilidade e continuidade na face jovem do planeta. Sua partida da Terra, portanto, trouxe o caos total. 

As chuvas cessaram imediatamente. 

O ciclo da fertilidade das plantas e dos animais foi desfeito, ameaçando de total extinção o homem e o seu ambiente. 

Diante desse quadro, todos aclamavam pela volta de Òrúnmilà. 

Foram pedir aos filhos que rogassem ao pai pela sua volta a fim de que a ordem pudesse ser restaurada. 

Quando os filhos chegaram ao òrun, na mitologia yorubá, na época, não havia separação física entre o Céu e a Terra, rogaram ao pai pela sua volta, entoando palavras de louvor. 

Mas Òrúnmilà negou-se terminantemente a segui-los de volta ao aiye e pediu que todos estendessem as mãos à frente e deu-lhes dezasseis coquinhos - ikin - da palmeira sagrada da divinização de Ifá. 

Disse ele: "Quando chegarem em casa, se desejarem possuir dinheiro, esposa e filho, é isto que deverão consultar se desejarem roupas, casa de morar e todas as boas coisas da Terra, é isto que deverão consultar".
FONTE: http://odereci.blogspot.com.br/


Nove tipos de Orun



Mensan Orun, nove céus ou nove planetas são todos espaços abstratos paralelos ao Aiye, local onde Olodumare “Deus Yoruba”, os orixás e os “espíritos” egunguns habitam. Justamente aqueles que não precisam do èmí “sopro divino” (emi).

Mensan Orun também é um dos títulos pertinente à Oya, carinhosamente chamada pelo povo do santo de Oya mensan orum, Oyamensan ou simplesmente Iyansan, pelo fato de ser a responsável de levar o espírito dos mortos ao seus respectivos oruns.

Orun Rere. 

Espaço reservado para aqueles que foram bons durante a vida.

Orun Alàáfià. 

Espaço de muita paz e tranquilidade, reservado para pessoas de gênio brando, ou índole pacífica, bondosa, pacata.

Orun Funfun. 

Reservado para os inocentes, sinceros, que tenha pureza de sentimento, pureza de intenções.

Orun Bàbá Eni. 

Reservado para os grandes sacerdotes e sacerdotisas, Babalorixás, yalorixás, Ogans, Ekedes, etc.

Orun Aféfé. 

Local de oportunidades e correção para os espíritos, possibilidades de reencarnação, volta ao Aiye.

Orun Ìsòlú ou Àsàlú. 

Local de julgamento por olodumare para decidir qual dos respectivos oruns o espírito será dirigido.

Orun Àpáàdì. 

Reservado para os espíritos impossíveis de ser reparado.

Orun Burúkú. 

Espaço ruim, ibonan “quente como pimenta”, reservado para as pessoas más.

Orun Mare. 

Espaço para aqueles que permanecem, tem autoridade absoluta sobre tudo o que há no céu e na terra e são incomparáveis e absolutamente perfeitos, os supremos em qualidades e feitos, reservado à Olodumare, olorun e todos os orixás e divinizados.

Referências bibliográficas

Orun Aiye. 
O encontro de dois mundos – José Beniste – Editorial, Bertrand Brasil página 200.


IGEDE (Invocação para a boa fortuna)


                                               IGEDE 
                                                     (Invocação para a boa fortuna)

                         * A invocação para as bendições pode fazer ao final de um Oríkì.



igede:

INI (SEU NOME) OMO (NOME DE SEUS PAIS ESPIRITUAIS) MO BE YIN, KI NLE ‘KE ODI. 

KIEMAA GBE ‘MI N ‘IJA KIEMAA GBE MI LEKE ISORO LOJO GBOGBO NI GBOGBO OJO AYE MI. 

KIEMAA GBE IRE KO MI NIGBABOGBO TABI KIEMAAGBE FUN MI. 

KI GBOGBO ENIYAN KAAKIRI AGBAYE GBARAJO, KIWON MAA GBE ‘MI N’IJA, KIEGBE MI LEKE OTA. 

BI ‘KU BA SUNMO ITOSI KI E BAMI YE OJO IKU FUN. 

ODUN TIATIBI MI SINU AYE KI E BAMI YE OJO IKU FUN ARA MI ATI AWON OMO MI TI MO BI. 

KIAMAKU NI KEKERE, KIAMAKU IKU INA, KIAMAKU IKU ORO, KIAMAKU IKU EJO, KIAMAKU SINU OMI, KI A F’FOJU RE WO MI, KI AWON OMO ARAYE LEE MAA FI OJU RERE WO MI. 

KI E MA JEKI NSAISAN KI NSEGUN ODI KI NREHIN OTA. 

KI E MA JEKI AWON IYAWO MI YA’GAN, TAKOTABO OPE KIIYA-AGAN. 

KI E BAMI DI ONA OFO, KI E BAMI DI ODO OFO, KI E BAMI DI ONA EJO, KI E BAMI DI ONA IBI, KI E BAMI DI ONA ESU, NI NRI’DI JOKO PE NILE AYE. 

KIEMA JEKI NBA WON KU – IKU AJOKU. 

KI E JEKI AWON OMO – ARAYE GBURO, MI PE MO L’OWO LOWO, PE MO NIYI, PE MO N’OLA, PE MO BIMO RERE ATI BEE BEE. 

KI E J EKI WON GBO IRO MI KAAKIRI AGBAYE. KI ESO IBI DE RERE FUN MI NI GBOGBO OJO AYE MI, KI EMI – RE  S’OWO, KI EMI MI GUN KI ARA MI KIOL E, KI NMA RI AYIPADA DI BUBURU LOJO AYE MI ATI BEE BEE. 

KI E S I ‘NA AJE FUN ME, KI AWON OMO ARAYE WA MAA BAMI, RA OJA TI MO BA JIITA WARAWARA, IPEKU ORUN E PEHINDA LODO MI. 

KI E JEKI ORAN IBANJE MAA KAN GBOGBO AWON TI, O NDARUKO MI NI IBI TI WON NS E PE SO MI, TI WON NSORO BUBURU SI ORUKO MI, AWON TI NBU MI, TI WON NLU MI TI WON, NGB ‘ERO BUBURU SI MI. 

KIEDAI NI’DE ARUN ILU EJO, EGBESE ATI BEE BEE, KI E DA’RI IRE OWO, ISE ORO OMO OLA OLA EMIGIGUN, ARALILE ATI BEE BEE S ODO MI. 

KI E DA MI NI ABIYAMO TIYOO BIMO RERE TI WON, YOO GB ‘EHIN S I – SINU AYE ATI BEE BEE. 

KI E JEKI NDI ARISA-INA, AKOTAGIRI EJO FUN AWON OTA, KIESO MI DI PUPO GUN RERE, KI’MI  R’OWO SAN OWO ORI, KIMI R’OWO SAN AWIN ORUN MI ATI BEE BEE. 

KI E KA IBI KURO LONA FUN MI LODE AYE. 

KI E BAMI KA’WO IKU. ARUN EJO OF O OF O EFUN EDI APETA OS O. 

AJE AT AWON OLOOGUN BUBURU GBOGBO. 

KI E JEKI  IYAWO MI R ‘OMO GBE PON, KI O R ‘OMO GBE S IRE, KI E JEKI ORUKO MI HAN SI RERE, KE IPA MI LAYE MA PARUN. 

OMI KIIBA ‘LE KIOMANI’PA, KI ‘MI NI ‘PA RE LAYE ATI BEE BEE. 

KI E BAMI TU IMO O S O, KI E BA MI TUMO AJE, KI E BAMI TUMO AWON AMONISENI, IMO AW ON AFIMONIS ENI ATI IMO AWON ASENIBANIDARO, TI NRO IBI SI MI KA. 

KI E BAMI TE AWON OTA MI. MOLE TAGBARATAGBARA WON KI E MA JEKI NR ‘IBI ABIKI OMO. 

KI E FUN MI NI AGBARA, KI NSEGUN AWON OTA MI LONI ATI NI GBOGBO OJO AYE MI, KIEMAA BAMI FI I  S E   S E GBOGBO AWON ENITI NWA IFARAPA ATI BEE BEE FUN MI. 

KI E JEKI NGBO KI NTO KO NPA EWU S EHIN. 

KI E FUN MI L OWO ATI OHUN RERE GBOGBO. 

ASE, ASE, ASE,  ‘SE, 

O!Sou (seu nome) filho de (nome de seus pais espirituais) Eu lhe peço * Eleja qualquer das seguintes  frases: Elimine todas as desgraças de minha vida. 

Elimine para sempre todo o infortúnio que possa   vir em meu caminho. 

Traga-me sempre boa fortuna. 

Permita a todos aqueles que estão juntos em  seu mundo ajudar-me, através de minhas dificuldades, para derrotar a meus inimigos. 

Se a Morte  está vindo, ajude-nos para que possamos afastá-la. 

Afaste a Morte de todos meus filhos e afaste-a  também de todos aqueles que incluo em minhas orações. 

faça que não se morram jovens, faça que  não se morram no fogo, faça que não se morram em uma tragédia, faça que não se morram com a   vergonha, faça que não se morram na água. 

Lhe peço que me olhe com bons olhos, para que o  mundo me seja favorável e para que esteja livre de enfermidades. 

Permita-me vencer a meus  inimigos. 

Permita-nos ser fecundos, assim como as árvores da palma masculinos e femininos que  nunca são estéreis. 

Fecha para mim o caminho da perdição, cerra-lhes o caminho da perdição a  meus filhos, a minha companheiro/a e a minha família, feche  o caminho da luta contra mim, fecha o  caminho da negatividade, fecha o caminho dos problemas com Esu. 

Permita-me sentar-me   silenciosamente no mundo. 

Permita-me não morrer com uma epidemia. 

Permita ao mundo inteiro  ouvir falar de mim, que sou rico, que tenho honra, que tenho prestígio, que meus filhos serão bons. 

Permita ouvir ao redor do mundo que sou uma pessoa boa e bendita. 

Troque o mal por bom ao longo   de todos os meus dias na terra, que possa ser rico, que minha vida se alargue e minha saúde   sempre seja boa, e que, todo o bom que se torne mal não possam localizar-me  nenhum dia em que   eu viva neste mundo. 

Abra o caminho da riqueza para mim, que o mundo inteiro tenha boa vontade   ante a falta dos produtos de meu trabalho, que a morte intempestiva passe por mim. 

Permita a todos   meus inimigos encontrar-se com a adversidade, que as coisas penosas estejam no seu caminho. 

A   aqueles que pronunciam meu nome para mal, a aqueles que estão maldizendo-me, a aqueles que   estão abusando de mim, a aqueles que estão desejando coisas más para mim. 

Solte-me do laço da   morte, solte-me do laço do infortúnio, guie-me para a boa fortuna e a abundância, guie-me para a   boa fortuna que vem dos  filhos bons e férteis, guie-me para a boa fortuna e a honra, para a   prosperidade, para a boa saúde e a uma vida grande. 

Permita-me ser conhecido como o pai que tem   filhos bons que caminharam detrás de mim seguindo minha guia e me enterrarão ao final de minha   vida. 

Permita-me ser como o fogo de que fogem as pessoas, ou como a serpente que é muito temida   por seus inimigos. 

Permita-me  ser bendito por ser bom, que sempre tenha dinheiro para pagar  minhas dividas, e  que possa fazer sempre coisas  boas no mundo. 

Elimine todos os obstáculos de  qualquer  lugar que eu vá no mundo. 

Impeça que eu lute contra  uma enfermidade mortal, contra as   perdidas e os malefícios. 

Impeça que me façam danos aqueles que trabalham  os Bruxos. 

Impeça  todas as formas de maldades contra mim. 

Permita-me ser bendito com filhos. 

Permita  que  não se  fale mal de mim no mundo, permita que meu nome seja famoso, permita a minha  linhagem florescer  no  mundo. 

Assim como a água nunca toca a terra e se move sem ter um caminho, assim também  que eu tenha  sempre um bom caminho no mundo. 

Destrua o poder daqueles que com seu trabalho  maléfico, destrua o  poder dos elementos separatistas, destrua o poder dos inimigos conhecidos e  desconhecidos,  destrua o poder dos hipócritas, proteja-me de todos aqueles que tenham  pensamentos negativos  para mim.

 Elimine a todos meus inimigos e destrua seu poder. 

Evite que   tenha que sofrer a morte de meus filhos. 

Dê-me força, para que possa conquistar a todos meus  inimigos, e a todos os que hajam em minha vida desejando sofrer na pobreza. 

Permita-me viver  muito tempo e ver a mim pelo PODER DO BRANCO. 

Dê-me dinheiro e todas as coisas boas da vida.

 Nunca se esqueça tudo  vem de Ori!!!

Pronuncie as palavras com fé e com bons pensamentos!

Sempre bem cedo hora que o sol nasce junto com boas  benção!

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