CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

terça-feira, 31 de maio de 2011

* Especial : Obá a Deusa do Amor !


Lenda

Obá foi a primeira mulher de Xangô.
Ao contrário do que muitos pensam, a lenda de que Obá cortou a orelha por causa da mentira de Oxum está incorreto, na verdade, Obá apenas cortou sua orelha para provar seu amor a Xangô.

Quando manifestada, esconde o defeito com a mão. Seus símbolos são espada, escudo, ofá e erukere.



Segundo suas lendas, Obá lutou contra inúmeros Orixás, derrotando vários deles. Obá teria derrotado Exú, Oxumarê, Omolú e Orunmilá, e tornou-se temida por todos os deuses, tendo sido derrotada apenas por Ogun e tornano assim sua esposa e ao lado de Ogun quando este foi enfrentar Xangô em batalha ela se encantou por Xangô e abandonou a luta ao lado de Ogun e se entregou a Xangô como mulher vivendo uma grande paixão. Obá nunca havia visto alguém como Xangô, ela via nele tudo o que sonhava para si.


Existem algumas versões do grande encontro de Xangô e de Obá, em uma dessas versões ela é a líder de todas as mulheres e a rainha de Elekô, mas em todas, as evidências dizem que o amor entre os dois era desmedido e que nada ofuscava a relação dos dois, da união dos dois nasceu Opará, Orixá confundida com Oxum.




Xangô e Obá


A união de Xangô e Obá Transcorre um culto nos arredores da cidade, é eleko. Uma sociedade restrita, onde apenas mulheres realizam o culto. Possui como matriarca a temida Obá, a fundadora desta sociedade que cultua a ancestralidade feminina individual.

Nem um homem poderia sequer assistir o ritual do segredo, sendo punido por Obá com sua própria vida. Certo dia, em uma das noites de culto, Xangô caminhava alegremente e dançava ao som do batá. Quando percebe, ao longe um aglomerado de mulheres, realizando uma cerimônia sob as ordens da enérgica Obá. Xangô era muito curioso e não se conteve aproximando-se da cena, ficando a espreita.

Xangô encantou-se com a rara beleza de Obá, que apesar de não ser tão jovem era a mais bela mulher que ele já vira. No momento de distração, Xangô foi percebido e cercado pelas mulheres, foi levado a presença da grande deusa, que lhe falou o preço que haveria de pagar por sua audácia em violar o culto sagrado de Elekó.

Mas a própria Obá que encantou-se com a inigualável beleza de Xangõ apaixonando-se de imediato, relutou em aplicar a sentença de morte e usou de sua supremacia no culto para ditar nova regras, dando nova chance a Xangô: "Todo homem, que violar o culto, se for do agrado, da senhora do culto, deverá unir-se a ela como marido ou aceitar a pena de morte" Xangô não pensou duas vezes, seria poupado da sentença e ainda sim possuiria a grande deusa por quem havia se apaixonado.

A cerimônia de união de Xangô e Obá foi realizada dentro dos limites de Elekó. Foi o inicio de uma grande paixão, nunca se viu tanto amor.

A deusa guerreira e justiceira que pune os homens que maltratam as mulheres, descobriu um sentimento novo por um homem além do ódio. Descobriu todo o amor que um homem pode dar.

A grande rainha de Elekó, a rainha de Xangô aprendeu a amar e ser amada. Nasce, dessa grande paixão, uma criança, uma menina, nasce Opará, nasce a mais bela, justiceira e feroz guerreira. Herdou o melhor do pai e da mãe e prosseguiu com o culto


Embora, em suas lendas, Obá tenha se transformado em um rio ela também é relacionada ao fogo e é considerada por muitos como o Xangô fêmea. Obá é saudada como o Orixá do ciúme, mas não se pode esquecer que o ciúme é o coronário inevitável do amor, portanto, Obá é a deusa do Amor e da Paixão incontrolável, com todos os dissabores e sofrimentos que o sentimento pode acarretar. Obá tem ciúme porque ama. Obá é a deusa da guerra e do poder, seu culto está relacionado ao rio Obá, as águas em seu culto faz referência ao poder, a força incontrolável das águas. Seu culto no Brasil é confundido ao de Oyá, alguns chegam a insinuar que elas sejam irmãs, o que é uma inverdade, outros dizem que Obá seria uma Oyá mais velha, o que é mais absurdo ainda. Por existir esta confusão, alguns acreditam que Oyá além de ser uma divindade da água e relacionada ao vento, teria ligação com o fogo, mas Oyá não possui ligação com o fogo Obá sim.


Obá quando em fúria transborda, agita-se; Oba é a senhora da sociedade Elekô. Tudo relacionado a Obá é envolto em um clima de mistérios.Obá nasceu do ventre rasgado de Iemanjá após o incesto de Orugan. Obá era cultuada como a grande Deusa protetora do poder feminino, por isso também é saudada como Ìya Agbà e mantém estreitas relações com as Iyá-Mi.


Obá é a Iyámi Egbé, ela é a Iyá Abiku, desta forma é ela a encarregada de enviar ao mundo as crianças que nascem como castigo para seus pais. O que Xangô representa para os mortos masculinos, Obá representa para as mulheres mortas. Ela assim como Xangô é a representante suprema da ancestralidade feminina.

Especial : Obá


Obá


Orixá Obá no candomblé.Obá, Orixá africano do Rio Obá ou rio Níger, primeira esposa de Xangô, identificada no jogo do merindilogun pelos odu odi, obeogunda e ossá.

Guerreira, veste vermelho e branco, usa escudo, Arco e flecha Ofá. Obasy é a senhora da sociedade elekoo, porém no Brasil esta sociedade passou a cultuar egungun.

Deste modo, obasy é a senhora da sociedade lesse-orixa. Obá representa as águas revoltas dos rios.

As pororocas, as águas fortes, o lugar das quedas são considerados domínios de Obá.

Ela também controla o barro, aguá parada, lama, lodo e as enchentes.

Trabalha junto com Nanã. Representa também o aspecto masculino das mulheres (fisicamente) e a transformação dos alimentos de crus em cozidos.

É também a dona da roda. Orixá, embora feminina, energética, temida, e forte, considerada mais forte que muitos Orixás masculinos, vencendo na luta Oxalá, Oyá, Oxumarê, Exú e Orumilá.

* Especial ( 30 e 31 de maio data comemorativa de Obá )


Orixá Rainha do rio Níger, primeira mulher de Xangô.

Orixá, embora feminina, temida, forte, energética, considerada mais forte que muitos Orixás masculinos.

OBÁ Divindade feminina, guerreira que às vezes é também citada como caçadora.

Irmã de Óya (Iansã). Esposa de Ogum e, posteriormente, terceira e mais velha mulher de Xangô


O ARQUÉTIPO DE OBÁ


As pessoas pertencentes a este Orixá são lutadoras, bravas, um tanto agressivas, o que as levam a serem pouco incompreendidas.

Freqüentemente tendem a terem experiências infelizes e amargas.
São ciumentas, pois são muito zelosas com tudo que lhe pertencem.




Porém, pessoas de grande valor e dedicação.

Tendem a alcançar seus ideais.

Dedicadas e muitas vezes ingênuas, principalmente em relação ao amor e as amizades.

*Especial ( 30 e 31 de maio data comemorativa de Obá )


Hoje é dia de Obá!!!

Eu vou repetir mil vezes, porque ela é mil.



Regida pela terra, ama o campo e os vegetais.

Esteve neste plano há 4000 anos e tem ligações com a Deusa minerva.

Ela é o pólo negativo, não lado ruim, de São Sebastião (Oxossi).

É discreta, silenciosa e incessante na busca pelo conhecimento.

Por isso atua diretamente nas áreas de estudo, principalmente religioso.


Então aproveite o dia de hoje e faça:


Banho do conhecimento


Ingredientes:


- Pétalas de uma rosa branca


- Folhas de alecrim


Modo de fazer:


Macere bem as plantas e deixe descansando em água por 24 horas.

Coe e jogue do pescoço para baixo. Com certeza o seu raciocínio ficará mais rápido.


Outra dica é acender sempre uma vela (pink e laranja) em homenagem a ela, além de trazer muita luz para a sua vida, com certeza ela olhará por você.


Fica aqui a minha homenagem a Obá.

terça-feira, 24 de maio de 2011

O RITUAL DE ÌPÀDÉ NO CANDOMBLÉ

O RITUAL DE
ÌPÀDÉ NO CANDOMBLÉ


A palavra Ìpàdé significa “encontro, reunião”.

Da contração desta palavra surgiu o termo “padé” que ficou para determinar o "ritual do padé".


Nessa ocasião, todos os membros da casa devem estar no barracão.

No momento do ìpàdé ou padé os Exus, Ancestrais, Orixás e pessoas filhos do egbé formam um conjunto muito importante.


O ìpàdé não é uma festa pública, não podendo aí nesse momento haver nenhuma conversa por parte dos participantes.

Todos permanecem abaixados, ajoelhados em esteiras sem olhar o que se passa a sua volta.

Este ato é por causa de iyamin.

Se uma pessoa levantar a cabeça em hora indevida, as iyamins podem cegar esta pessoa naquele momento.


No ato do ìpàdé, só a Ìyamoró pode entrar e sair do barracão, pois a ela foi conferido um objeto (cuia) que a proteje como escudo dos perigos das ajé(iyamin).

Na verdade, o ìpàdé é uma obrigação feminina.

Não quero dizer com isso que homens não participem; apenas ressalto que quem controla o ìpàdé são as Iyá Mí Ajé ou “As Grandes Mães Feiticeiras”.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

* Oriki o Poema do Orixá


Oriki
é uma espécie de poema sobre um orixá, tenta traduzir para o papel, onde temos que lembrar que na cultura yorubá tudo era passado através da oralidade, somente em 1843, houve o primeiro estudo sobre a gramática Yorùbá, pelo Bispo Samuel Ajayi Crowther da Igreja Anglicana.


Os orikis são muito importantes do tempo de hoje, pois são traduções de poema yorubas, e nos ajuda a compreender o nosso orixá, mas temos que lembrar que é escrito de forma poética e nem todas as vezes deve ser levado ao pé da letra, mesmo porque forma esritos para a sociedade yorubá em outros tempos, mas mesmo assim podemos trazer essa compreenção para os dia de hoje.

Vamos analisar o Seguinte Oriki




Oriki de Oyá


Oyà A To Iwo Efòn Gbé.


(Ela é grande o bastante para carrega o chifre do búfalo)


Oyà Olókò Àra.


(Oyà, que possui um marido poderoso)


Obìnrin Ogun,


(Mulher guerreira)


Obìnrin Odé.


(Mulher caçadora)


Oya Òrírì Arójú Bá Oko Kú.


(Oyà, a charmosa, que dispõe de coragem para morrer com seu marido)


Iru Èniyàn Wo Ni Oyà Yí N Se, Se?


(Que tipo de pessoa é Oyà?)


Ibi Oya Wà, Ló Gbiná.


(O local onde Oyà está, pega fogo)


Obìnrin Wóò Bi Eni Fó Igbá.


(Mulher que se quebra ao meio como se fosse uma cabaça)


Oyà tí awon òtá rí,


(Oyà foi vista por seus inimigos)


Tí Won Torí Rè Da Igbá Nù Sì Igbó.


(E eles, assustados, fugiram atirando as bagagens no mato)


Héèpà Héè, Oya ò!


(Eeepa He! Oh, Oyà!)


Erù Re Nikan Ni Mo Nbà O.


(És a única pessoa que temo)


Aféfé Ikú.


(Vendaval da Morte)


Obìnrin Ogun, Ti Ná Ibon Rè Ní À Ki Kún


(A mulher guerreira que carrega sua arma de fogo)


Oyà ò, Oyà Tótó Hun!


(Oh, Oyà, à Oyà respeito e submissão!)


Oyà, A P’Agbá, P’Àwo Mó Ni Kíákíá,


(Ela arruma suas coisas sem demora)


Kíákíá, Wéré Wéré L’ Oyà Nse Ti È


(Rapidamente Oyà faz suas coisas)


A Rìn Dengbere Bíi Fúlàní.


(Ela vagueia com elegância, como se fosse uma nômade fulani)


O Titi Tí Nfi Gbogbo Ará Rìn Bí Esin


(Quando anda, sua vitalidade é como a do cavalo que trota)


Héèpà, Oya Olómo Mesan, Ibá Re Ò!


(Eeepa Oya, que tem nove filhos, eu te saúdo!)


Então podemos ver, que ele resume todos os aspectos de Oyá, usando como base as lendas, como podemos indentificar, a ligação de Oyá com o búfalo, Os seus Nove filhos, e seu elemento fogo.




Hoje esse oriki ainda é muito atual, como o fato da metaformose de oyá no búfalo, representa o poder feminino, a força da mulher assumindo um capa, ou seja as filhas de Oyá, são delicadas e amorosas, porém se vestem com uma capa, para parecem mais fortes e outro ponto muito importante é o fato de muita gente dizer que Oyá não é boa mãe, como um orixá que carrega o titulo de Oya Olómo Mesan, Mãe dos Nove, pode ser má mãe?

Esse titulo tem muito haver com o fato da super proteção de oyá sobre seus filhos, e assim são suas filhas, como hoje Oyá era guerreria, e assim deixava seus filhos, mas segundo a lenda deixou seus chifres para que eles a envocasse caso precisassem, é como a mãe que vai todos os dias trabalhar, mas não esquecem que tem filhos a esperando.

Faça sempre essa reflexão sobre os orikis e asssim podemos compreender até mesmo nossa própria personalidade.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

A IMPORTÂNCIA DAS PINTURAS

A IMPORTÂNCIA DAS PINTURAS


Três elementos são utilizados nas casas de Candomblé, para diversas finalidades e são essenciais pela ação de proteção que exercem: Osun, Efun e Waji.


Osun e Waji são elementos vegetais e Efun é mineral. Todos são transformados em pó para preparar pintura, principalmente, a pintura do ori de iyawos, ou seja, das pessoas que se iniciam no Candomblé.


Osun, Efun e Waji servem aí para proteção da cabeça do iyawo, contra os efeitos negativos das ajé da sociedade das iyami. Isso porque, os pássaros enviados pelas ajé costumam pousar com as asas abertas sobre as cabeças das pessoas. Quando isso acontece, todo o mal fica nessas pessoas. Daí o procedimento de se pintar o iyawo.


Outra forma de se proteger das yamin é passar a mão constantemente pela cabeça, no intuito de impedir o pouso dos pássaros maus e que são denominados de eleye.


Portanto, vale ressaltar a importância da pintura de iyawo com esses elementos Osun, Efun e Waji, pois os mesmos neutralizam a cólera das yamins.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

O SIGNIFICADO DE PANÁ E KITANDA

O SIGNIFICADO DE PANÁ E KITANDA


Durante os ritos de iniciação, a pessoa é devidamente isolada mantendo contato somente com pessoas preparadas para cuidá-la.


Toda atenção lhe é dedicada, sendo-lhe destinada uma mãe criadeira também denominada de ojúbòna, para lhe assistir em tempo integral.


Um iyawo equivale a uma criança nova, recém-nascida e merecedora de todos os cuidados. Daí o iyawo também ser chamado de omotun, que quer dizer “criança nova”. Embora adulta e talvez bem vivida, a pessoa ao entrar para se iniciar se transforma numa criança, pois é um ser novo que nasce para a religião. Por esse motivo, após o ritual do oruko, ou seja, do nome de iyawo, torna-se necessário um novo ritual: o reaprendizado das coisas, que no Candomblé de Ketu chama-se Paná e nos de Angola, Kitanda.


A palavra paná em yorubá significa “fim do castigo”, em referência a quebra da rigidez exigida durante o começo da iniciação (banhos, pintura, raspagem) e kitanda, em kimbundo, significa “feira, mercado”.


Essa maior liberdade é proporcionada pela presença de entidades chamadas no Ketu de ere. Estas entidades têm características infantis proporcionando ao iyawo um certo relaxamento e repouso.


Estes rituais paná (no Ketu) e kitanda (no Angola) representam em verdade a quebra das kizilas em que o iyawo estava submetido durante o tempo de recolhimento. É o reaprendizado dos gestos e ações do dia a dia. Por isso, são colocados objetos como: tesoura, lápis, linha, agulha, vassoura, copos, pratos e ainda colocam-se frutas para serem vendidas. Enquanto os homens imitam trabalhos no campo, as mulheres representam tarefas caseiras. Mas tudo isso é feito num clima de total alegria.


Mas, o iyawo ainda sofrerá alguns èèwò durante algum tempo, tais como: não vai à praia, não toma bebida alcoólica, só se veste de branco e comporta-se de forma submissa diante dos mais velhos, além de não receber a benção com a cabeça coberta. Enfatizo que iyawo não toma benção com a cabeça coberta.


Adosu e Iyawo são denominações nas casas de Ketu; Muzenza, nas casas de Angola e Vodunsi, nas de Jeje.



terça-feira, 17 de maio de 2011

* O QUE SIGNIFICA ADÚRÀ ?


A palavra adúrà é do yorubá e significa “reza, prece ou oração”.


Estas adúrà ou orações tem por finalidade invocar os orixás, e também, solicitar ajuda para os problemas do dia a dia.


Porém, o que seria oríki?


Oríki, na verdade, seria um aglutinado de palavras usadas pelos yorubás na hora de fazerem sacrifícios ou pedidos aos orixás. O oríki, diferente da adúrà, seria a “súplica”.


É isto! A adúrà é a reza ou oração própria do orixá que não pode ser mexida. Enquanto o oríki são palavras expressas de forma intimista com o orixá, podendo ser modificado dependendo da ocasião em que for dito.


Abaixo, uma Adúrà à Odé:




Ode amoji elere


Otiti ami ilú uo biojo


Ari sokoto penpe guibon eni onã ikiré


Boba guibo ma da miran sí


Ode alaja pa amu ouem obó


Baba mí fiki fiki ekun ako oru


Ma jeki owo son mí


Ode wa fun mí, ni alafiá



“Caçador, pessoa forte que sacode a cidade


Pessoa que veste bermuda nas estradas molhadas da cidade de Ikiré


Se forem rasgadas ele tem outras


Caçador que tem cachorros, que matam qualquer animal


Meu Pai, o forte leopardo que não tem medo da madrugada


Não me deixa faltar dinheiro


Caçador, dê-me a paz”




segunda-feira, 16 de maio de 2011

PROVÉRBIOS AFRICANOS


Os provérbios abaixo têm origem africana.A África é um continente constituído de 53 países autônomos e 6 territórios.






"A abelha não leva chumbo."


"A luz com que vês os outros, é a luz com que os outros te vêem a ti."


"A mocidade é como a água da ribeira; entregue a si própria, destroi as pontes."


"As tatuagens nas costas são conhecidas daqueles que as executam (não de quem as traz.)"


"Bater no cão do amigo, o amigo é batido."


"Cada pessoa pede para o seu ídolo."


"Caranguejo esconde-se para a água passar."


"Mata primeiro o elefante e depois arranca-lhe os pelos da cauda."


"Na água turva é que se apanha o bargue."


"Na lareira uma pedra só não aguenta a marmita."


"O eco da primeira palavra fica sempre no coração."


"O macaco mesmo coberto com a pele dum carneiro, é sempre um macaco."


"Pouco a pouco a lagarta consegue devorar a folha da árvore."


"Padre sem sacristão, toca o sino com os pés."


"Quando dois elefantes brigam, quem sofre é a grama."


"Se passa o que é bom, também passa o que é mau."


"Trate bem a Terra. Ela não foi doada a você por seus pais. Ela foi emprestada a você por seus filhos."


"Aquele que aprende, ensina."


"Quando não existe inimigo no interior, o inimigo no exterior não pode te machucar."


"Se subir numa árvore, você deverá descer essa mesma árvore."


"Aquele que não sabe dançar irá dizer: A batida dos tambores estão ruins."


"Pobreza é escravidão."


"Lágrimas são melhor enxutas com nossas próprias mãos."


"O amanhã pertence a aqueles que se preparam hoje."


"Se um homem prometer te machucar enquanto dorme, durma, agora se for uma mulher, fique acordado."


"Se sua boca virar faca, cortará seus lábios."


"Cinzas voaram ao rosto de quem as jogou."


"Quando souber quem são os amigos dele, saberá quem é ele."


"Não diga ao homem que te carrega que ele fede."


"O que é bom se vende por si só, o que é ruim faz propaganda de si."


"Um leão não se vira quando um cachorrinho late."


"Se quer saber o final, preste atenção no começo."


"O mundo não lhe fez promessas"


"Indepente se foi a faca que caiu no melão ou se foi o melão que caiu sobre a faca, o melão irá sofrer."


"Ser feliz é melhor do que ser rei."


"O macaco só olha no rabo do outro."


Você não pode construir uma casa para o verão do ano passado.


Como a ferida inflama o dedo, o pensamento inflama a mente.


É a água calma e silenciosa que afoga um homem.


O coração de um homem e o fundo do mar são insondáveis.


Quem faz perguntas, não pode evitar as respostas.


Numa luta entre elefantes, o prejudicado é o capim.


Um inimigo inteligente é melhor do que um amigo estúpido.
[ Cf. África-Brasil: um Elo de Herança Ancestral ]

sábado, 14 de maio de 2011

FUNDAMENTOS DO CANDOMBLÉ:Obá, a verdadeira dona do cobre !


Obá, a verdadeira dona do cobre é um Orixá africano do Rio Obá ou rio Níger, primeira esposa de Xangô,  a qual recebeu do seu Real esposo toda o seu armamento de guerra no puro cobre africano, reforçando assim sua realeza e poder, ela foi coroada como sendo o primeiro general do exército de Xangô, a invensível Deusa da guerra ostenta uma coroa do mais maciço cobre como primeira Rainha, onde suas duas irmãs, Oyá e Oxum são na verdade as segundárias, identificada no jogo do merindilogun pelos odu odi, obeogunda e ossá.

 A primeira Amazona, chefe das guerreiras, caçadora, feminista, justiceira e camponesa veste vermelho e branco e em nosso axé usa o bordô, leva um escudo, espada Arco e flecha  (Ofá).

Oba é a senhora da sociedade elekoo, porém no Brasil esta sociedade passou a cultuar egungun.

Deste modo, obasy é a senhora da sociedade lesse-orixa.

Obá representa as águas revoltas dos rios.

As pororocas, as águas fortes, o lugar das quedas são considerados domínios de Obá.

Ela também controla o barro, aguá parada, lama, lodo e as enchentes. Trabalha junto com Nanã.

Representa também o aspecto masculino das mulheres (fisicamente) e a transformação dos alimentos de crus em cozidos.

Orixá, embora feminina, energética, temida, e forte, considerada mais forte que muitos Orixás masculinos, vencendo na luta Oxalá, Xangô e Orumilá.







História do cobre


O cobre nativo, o primeiro metal usado pelo homem, era conhecido por algumas das mais antigas civilizações que se tem notícia e tem sido utilizado pelo menos há 10.000 anos - onde atualmente é o norte do Iraque foi encontrado um colar de cobre de 8700 a.C.; porém o descobrimento acidental do metal pode ter ocorrido vários milênios antes. Em 5000 a.C. já se realizava a fusão e refinação do cobre a partir de óxidos como a malaquita e azurita. Os primeiros indícios de utilização do ouro não foram vislumbrados até 4000 a.C. Descobriram-se moedas, armas, utensílios domésticos sumérios de cobre e bronze de 3000 a.C., assim como egípcios da mesma época, inclusive tubos de cobre. Os egípcios também descobriram que a adição de pequenas quantidades de estanho facilitava a fusão do metal e aperfeiçoaram os métodos de obtenção do bronze; ao observarem a durabilidade do material representaram o cobre com o Ankh, símbolo da vida eterna.



 Na antiga China se conhece o uso do cobre desde, ao menos, 2000 anos antes de nossa era, e em 1200 a.C. já fabricavam-se bronzes de excelente qualidade estabelecendo um manifesto domínio na metalurgia sem comparação com a do Ocidente.


Na Europa o homem de gelo encontrado no Tirol (Itália) em 1991, cujos restos têm uma idade de 5300 anos, estava acompanhado de um machado com uma pureza de 99,7%, e os elevados índices de arsênico encontrados em seu cabelo levam a supor que fundiu o metal para a fabricação da ferramenta.


O cobre é um metal de transição avermelhado, que apresenta alta condutibilidade elétrica e térmica, só superada pela da prata. É possível que o cobre tenha sido o metal mais antigo a ser utilizado, pois se têm encontrado objetos de cobre de 8700 a.C. Pode ser encontrado em diversos minerais e pode ser encontrado nativo, na forma metálica, em alguns lugares. fenícios importaram o cobre da Grécia, não tardando em explorar as minas do seu território, como atestam os nomes das cidades Calce, Calcis e Calcitis (de χαλκος, bronze), ainda que tenha sido Chipre, a meio caminho entre Grécia e Egito, por muito tempo o país do cobre por excelência, ao ponto de os romanos chamarem o metal de aes cyprium ou simplesmente cyprium e cuprum, donde provém o seu nome. Além disso, o cobre foi representado com o mesmo signo que Vênus (a afrodite grega), pois Chipre estava consagrada a deusa da beleza e os espelhos eram fabricados com este metal. O símbolo, espelho de Vênus da mitologia e da alquimia, modificação do egípcio Ankh , foi posteriormente adotado por Carl Linné para simbolizar o gênero feminino(♀).


O uso do bronze predominou de tal maneira durante um período da história da humanidade que terminou denominando-se «Era do Bronze». O período de transição entre o neolítico (final da Idade da Pedra) e a Idade do Bronze foi denominado período calcolítico (do grego Chalcos), limite que marca a passagem da pré-história para a história.





sexta-feira, 13 de maio de 2011

Sexta-Feira 13




A Sexta-feira no dia 13 de qualquer mês, é considerada popularmente como um dia de azar.


O número 13 é considerado de boa sorte.

Na numerologia o número 12 é considerado de algo completo, como por exemplo: 12 meses no ano, 12 tribos de Israel, 12 apóstolos de Jesus ou 12 signos do Zodíaco. Já o 13 é considerado um número irregular, sinal de infortúnio.

A sexta-feira foi o dia em que Jesus foi crucificado e também é considerado um dia de azar. Somando o dia da semana de sorte (sexta) com o número de azar (13) tem-se o mais azarado dos dias.


Triscaidecafobia é um medo irracional e incomum do número 13. O medo específico da sexta-feira 13 (fobia) é chamado de parascavedecatriafobia ou frigatriscaidecafobia.




História:
A superstição foi relatada em diversas culturas remontadas muito antes de Cristo.


Existem histórias remontadas também pela mitologia nórdica.

Na primeira delas, conta-se que houve um banquete e 12 deuses foram convidados.

Loki, espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e armou uma briga que terminou com a morte de Balder, o favorito dos deuses.

Há também quem acredite que convidar 13 pessoas para um jantar é uma desgraça, simplesmente porque os conjuntos de mesa são constituidos, regra geral, por 12 copos, 12 talheres e 12 pratos.


Segundo outra versão, a deusa do amor e da beleza era Friga (que deu origem a frigadag, sexta-feira). Quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, Friga foi transformada em bruxa.

Como vingança, ela passou a se reunir todas as sextas com outras 11 bruxas e o demônio, os 13 ficavam rogando pragas aos humanos. Da Escandinava a superstição espalhou-se pela Europa.


Com relação à sexta-feira, diversas culturas a consideram como dia de mau agouro:


1.Alguns pesquisadores relatam que o grande dilúvio aconteceu na sexta-feira.


2.A morte de Cristo aconteceu numa sexta-feira quando é celebrada a páscoa.


3.Marinheiros ingleses não gostam de zarpar seus navios à sexta-feira.


No cristianismo é relatado um evento de má sorte em 13 de Outubro de 1307, sexta-feira, quando a Ordem dos Templários foi declarada ilegal pelo rei Filipe IV de França. Os seus membros foram presos simultaneamente em todo o país e alguns torturados e, mais tarde, executados por heresia.


Outra possibilidade para esta crença está no fato de que Jesus Cristo provavelmente foi morto numa sexta-feira 13, uma vez que a Páscoa judaica é celebrada no dia 14 do mês de Nissan, no calendário hebraico.


Recorde-se ainda que na Santa Ceia sentaram-se à mesa treze pessoas, sendo que duas delas, Jesus e Judas Iscariotes, morreram em seguida, por mortes trágicas, Jesus por crucificação e Judas provavelmente por suicídio.


Note-se também que, no Tarô, a carta de número 13 representa a Morte.

Eventos históricos e pseudo-históricosAlguns incidentes ocorridos nessa data:






Mu, terra de nossos ancestrais, foi destruído em uma sexta-feira 13, e esta seria a origem do medo deste dia, segundo o pseudo-historiador James Churchward.


13 de Dezembro de 1968: O governo militar do Brasil decreta o AI-5, que, entre outras coisas, suspendeu direitos e garantias políticas, decretou estado de sítio no Brasil e dava poderes aos militares de fechar o Congresso.


O pior incêndio de florestas na história da Austrália ocorreu em uma sexta-feira 13 de 1939, onde aproximadamente 20 mil quilômetros de terra foram queimados e 71 pessoas morreram.


A queda do avião que levava a equipe uruguaia de rúgbi nos Andes foi em uma sexta-feira 13 de 1972. Os acontecimentos neste acidente deram origem ao filme Alive (Vivos) de 1993 com direção de Frank Marshall (Resgate Abaixo de Zero).


Sexta-Feira 13 Santa Sexta-Feira 13 Santa, Sexta-Feira 13 da Paixão ou ainda Sexta-Feira 13 de morte são nomes dados às Sextas-feiras Santas que acontecem no dia 13, normalmente em março ou abril.
São consideradas ainda mais azaradas e perigosas que as sextas-feiras 13 comuns.

A última delas ocorreu em 13 de abril de 2001 e a próxima será em 13 de abril de 2063.


Celebrações da Sexta-feira 13 em PortugalEm Portugal, muitas cidades e vilas celebram a Sexta-feira 13. A maior festa acontece no castelo de Montalegre, Trás-os-Montes. Em Montalegre, todas as sextas-feiras 13 há uma grande festa, onde não faltam as bruxas, os bruxos, feitiços, teatro e a famosa queimada.


Na vila de Vinhais, na aldeia de Cidões, também se festeja a sexta-feira 13. Nesta festa, as pessoas reúnem-se á volta de uma grande fogueira. Há também um banquete com produtos locais.


Em Cavalinhos, Leiria, as mulheres juntam-se num encontro onde os homens não podem participar. A noite é das mulheres, que aproveitam para passarem uma noite com muita adrenalina á mistura.


Noutras cidades portuguesas, como Braga, Loulé ou Porto, a sexta-feira 13 é celebrada com muita animação e com muitas bruxas á mistura.


Referências

1. A origem da sexta-feira 13. Universia Brasil (13/08/2004).


2. Mundo estranho revista abril


3. Superstições náuticas


4. James Churchward, Os símbolos sagrados de Mu (1933), Capítulo V, Símbolos usados em ensinamentos religiosos [em linha]


5.Sexta feira 13. Página visitada em 19 de Maio de 2010.


13 de Maio - Abolição ou Acerto?

Processo de abolição da escravatura no Brasil


Os negros, trazidos do continente Africano, eram transportados dentro dos porões dos navios negreiros.


Devido as péssimas condições deste meio de transporte, muitos deles morriam durante a viagem. Após o desembarque eles eram comprados por fazendeiros e senhores de engenho, que os tratavam de forma cruel e desumana.


Apesar desta prática ser considerada “normal” do ponto de vista da maioria, havia aqueles que eram contra este tipo de abuso. Estes eram os abolicionistas (grupo formado por literatos, religiosos, políticos e pessoas do povo); contudo, esta prática permaneceu por quase 300 anos. O principal fator que manteve a escravidão por um longo período foi o econômico. A economia do país contava somente com o trabalho escravo para realizar as tarefas da roça e outras tão pesados quanto estas. As providências para a libertação dos escravos deveriam ser tomadas lentamente.


A escravidão começou a declinar com o fim do tráfico de escravos, em 1850 (Após a aprovação de lei de autoria de Eusébio de Queirós). Progressivamente, os imigrantes europeus assalariados substituíram os escravos no mercado de trabalho. Mas foi só a partir da Guerra do Paraguai que o movimento abolicionista ganhou impulso. Milhares de ex-escravos que retornaram da guerra vitoriosos, muitos até condecorados, correram o risco de voltar à condição anterior por pressão dos seus antigos donos. O problema social tornou-se uma questão política para a elite dirigente do Segundo Reinado.


A partir de 1870, a região Sul do Brasil passou a empregar assalariados brasileiros e imigrantes estrangeiros; no Norte, as usinas substituíram os primitivos engenhos, fato que permitiu a utilização de um número menor de escravos. Já nas principais cidades, era grande o desejo do surgimento de indústrias.Visando não causar prejuízo aos proprietários, o governo, pressionado pela Inglaterra, foi alcançando seus objetivos aos poucos. O primeiro passo foi dado em 1850, com a extinção do tráfico negreiro. Vinte anos mais tarde, foi declarada a Lei do Ventre-Livre (de 28 de setembro de 1871). Esta lei tornava livre os filhos de escravos que nascessem a partir de sua promulgação.


Em 1885, foi aprovada a lei Saraiva-Cotegipe ou dos Sexagenários que beneficiava os negros de mais de 65 anos.Foi em 13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, que liberdade total finalmente foi alcançada pelos negros no Brasil. Esta lei, assinada pela Princesa Isabel, abolia de vez a escravidão no Brasil.


Uma versão sobre o 13 de maio
A lei Áurea foi o coroamento da primeira mobilização nacional da opinião pública, na qual participaram políticos e poetas, escravos, libertos, estudantes, jornalistas, advogados, intelectuais e operários. Esse 13 de maio, (que já foi feriado nacional durante a República Velha), da princesa Isabel de Bragança (filha do Imperador Dom Pedro II), que estudamos na escola primária é o 13 de maio da doação da liberdade, e ressalta o apoio dado por muitos brancos da época à abolição da escravatura.


Uma segunda versão
Os militantes do atual movimento negro no Brasil evocam um outro 13 de maio, que vê a abolição, em 13 de maio de 1888, como sendo um "golpe branco" visando frear o avanço da população negra, na época, uma minoria oprimida.


Consenso na história contemporânea:
Todo o processo da abolição no Brasil foi lento e ambíguo, pois, como afirma José Murilo de Carvalho: "A sociedade estava marcada por valores de hierarquia, de desigualdade; marcada pela ausência dos valores de liberdade e de participação; marcada pela ausência da cidadania". Hoje, ainda, segundo Murilo de Carvalho, a "carga de preconceitos que estruturam nossa sociedade, bloqueiam a mobilidade, impedem a construção de uma nação democrática".



Os dados aqui apresentados estão referendados nos endereços abaixo:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Abolicionismo_no_Brasil

http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/abolicao.htm

O 13 de maio é mesmo uma data a ser comemorada?






Em 13 de maio de 2008, comemou-se os 120 anos da assinatura da lei Áurea pela princesa Isabel, que ocupava então a Regência do Império do Brasil, em virtude de um tratamento de saúde que seu pai, o imperador dom Pedro 2º, realizava na Europa.


História
A data está um pouco desprestigiada desde a década de 1970, quando os movimentos negros brasileiros resolveram instituir um dia da consciência negra para ressaltar o papel dos próprios negros no processo de sua emancipação. Assim, o dia 20 de novembro, que relembra a execução de Zumbi, seria um contraponto ao 13 de maio.


De acordo com essa perspectiva, o 13 de maio seria uma data que representaria a abolição como um ato de "generosidade" da elite branca e transformaria a princesa na personagem principal da libertação dos escravos. Ao contrário, o 20 de novembro, homenageando Zumbi e o quilombo de Palmares, seria um símbolo da resistência e da combatividade dos negros, que, de fato, não aceitaram passivamente a escravidão.

Aos poucos, o dia nacional da consciência negra ganhou prestígio, até ser incluído no calendário escolar brasileiro, pelo artigo 79-B, da lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que incluiu no currículo escolar a obrigatoriedade da temática "história e cultura afro-brasileira". Tornou-se também, segundo a Agência Brasil, um feriado em 225 municípios brasileiros, inclusive São Paulo, a maior metrópole do país.


Comemorar o 13 de maio
A questão que se pode levantar a partir disso é: há ou não motivos para a comemoração do 13 de maio? A efeméride tem, sim, seu valor histórico. Ela comemora a vitória do movimento abolicionista e do parlamento brasileiro. A campanha abolicionista, um dos maiores movimentos cívicos da história do Brasil, ao lado da campanha pelas Diretas Já, atingiu o êxito no exato momento que a princesa Isabel assinou a célebre lei.


Por outro lado, é importante ter em mente que a história trata de fatos do passado, mas as interpretações desses fatos dependem da época em que elas são feitas. O significado dos fatos, portanto, varia de acordo com as gerações de historiadores que se debruçam sobre eles e, também, segundo a ideologia que está por trás de suas interpretações.


Assim, o que se valoriza numa determinada época, pode simplesmente ser considerado menos importante ou até se pôr de lado numa ocasião posterior. Um outro exemplo da história ajuda a esclarecer a questão: a comemoração de 21 de abril, que relembra o martírio de Tiradentes só passou a existir após a Independência do Brasil. Enquanto éramos colônia portuguesa, Tiradentes não era considerado um herói, muito pelo contrário.


Depois da abolição


Enfim, a lei Áurea serviu para libertar 700 mil escravos que ainda existiam no Brasil em 1888 e proibir a escravidão no país. Independentemente disso, não se pode deixar de reconhecer que a abolição não resolveu diversas questões essenciais acerca da inclusão dos negros libertos na sociedade brasileira. Depois da lei Áurea, o Estado brasileiro não tomou medidas que favorecessem sua integração social, abandonando-os à própria sorte.


Essa dívida social, porém, não pode ser imputada somente à princesa Isabel e à monarquia. A situação social dos negros não melhorou com a República. Sobre isso, o Estado só veio a se pronunciar com mais veemência no ano 2003, com a instituição da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, que tem desenvolvido projetos visando a inclusão social do negro.


Apesar disso, as estatísticas do IBGE ainda registram grande desigualdade em relação a negros e brancos. Alguns exemplos referentes à educação são bastante significativos. Os dados mais recentes apontam a taxa de analfabetismo das pessoas com 15 anos de idade ou mais: 8,3% de brancos e 21% de negros.


A média de anos de estudo das pessoas com 10 anos de idade ou mais é de quase seis anos para os brancos e cerca de três e meio para negros. Enquanto 22,7% dos brancos com 18 anos ou mais concluíram o ensino médio, somente o fizeram 13% dos negros.



quarta-feira, 11 de maio de 2011

* FUNDAMENTOS DO CANDOMBLÉ: Ogum é o senhor do ferro para sempre, história do ferro e mitologia do metal de Ogum.



Tem-se indícios do uso de ferro, seguramente procedente de meteoritos, quatro milênios a.C., pelos sumérios e egípcios.



Cada vez mais objetos de ferro, datados entre o segundo e terceiro milênio antes de Cristo, foram encontrados (estes se distinguem do ferro proveniente dos meteoritos pela ausência de níquel) na Mesopotâmia, Anatólia e Egito. Entretanto, seu uso provável destinou-se a fins cerimoniais, por ter sido um metal muito caro, mais do que o ouro na época. Algumas fontes sugerem que talvez o ferro era obtido como subproduto da obtenção do cobre.


Entre 1600 e 1200 a.C., observou-se um aumento de seu uso no Oriente Médio, porém não como substituto ao bronze.


Entre os séculos XII e X antes de Cristo, ocorreu uma rápida transição no Oriente Médio na substituição das armas de bronze para as de ferro. Esta rápida transição talvez tenha ocorrido devido a uma escassez de estanho, e devido a uma melhoria na tecnologia em trabalhar com o ferro. Este período, que ocorreu em diferentes ocasiões segundo o lugar, denominou-se Idade do ferro, substituindo a Idade do bronze. Na Grécia iniciou-se por volta do ano 1000 a.C., e não chegou à Europa ocidental antes do século VII a.C.. A substituição do bronze pelo ferro foi paulatina, pois era difícil produzir peças de ferro: localizar o mineral, extraí-lo, proceder a sua fundição a temperaturas altas e depois forjá-lo.

Na Europa central, surgiu no século IX a.C. a "cultura de Hallstatt" substituindo a "cultura dos campos de urnas", que se denominou "Primeira Idade do Ferro", pois coincide com a introdução do uso deste metal. Aproximando-se do ano 450 a.C., ocorreu o desenvolvimento da "cultura da Tène", também denominada "Segunda Idade do Ferro". O ferro era usado em ferramentas, armas e joias, embora segue-se encontrando objetos de bronze.

Junto com esta transição de bronze ao ferro descobriu-se o processo de "carburação", que consiste em adicionar carbono ao ferro. O ferro era obtido misturado com a escória contendo carbono ou carbetos, e era forjado retirando-se a escória e oxidando o carbono, criando-se assim o produto já com uma forma. Este ferro continha uma quantidade de carbono muito baixa, não sendo possível endurecê-lo com facilidade ao esfriá-lo em água. Observou-se que se podia obter um produto muito mais resistente aquecendo a peça de ferro forjado num leito de carvão vegetal, para então submergi-lo na água ou óleo. O produto resultante, apresentando uma camada superficial de aço, era menos duro e mais frágil que o bronze.

Na China, o primeiro ferro utilizado também era proveniente dos meteoritos. Foram encontrados objetos de ferro forjado no noroeste, perto de Xinjiang, do século VIII a.C.. O procedimento utilizado não era o mesmo que o usado no Oriente Médio e na Europa.

Nos últimos anos da Dinastia Zhou (550 a.C.), na China, se conseguiu obter um produto resultante da fusão do ferro (ferro fundido). O mineral encontrado ali apresentava um alto conteúdo de fósforo, com o qual era fundido em temperaturas menores que as aplicadas na Europa e outros lugares. Todavia, durante muito tempo, até a Dinastia Qing (aos 221 a.C.), o processo teve uma grande repercussão.


O ferro fundido levou mais tempo para ser obtido na Europa, pois não se conseguia a temperatura necessária. Algumas das primeiras amostras foram encontradas na Suécia, em Lapphyttan e Vinarhyttan, de 1150 a 1350 d.C.

Na Idade Média, e até finais do século XIX, muitos países europeus empregavam como método siderúrgico a "farga catalana". Obtinha-se ferro e aço de baixo carbono empregando-se carvão vegetal e o minério de ferro. Este sistema já estava implantado no século XV, conseguindo-se obter temperaturas de até 1200 °C. Este procedimento foi substituído pelo emprego de altos fornos.


No princípio se usava carvão vegetal para a obtenção de ferro como fonte de calor e como agente redutor. No século XVIII, na Inglaterra, o carvão vegetal começou a escassear e tornar-se caro, iniciando-se a utilização do coque, um combustível fóssil, como alternativa. Foi utilizado pela primeira vez por Abraham Darby, no início do século XVIII, construindo em Coalbrookdale um "alto forno". Mesmo assim, o coque só foi empregado como fonte de energia na Revolução industrial. Neste período a procura foi se tornando cada vez maior devido a sua utilização, como por exemplo, em estradas de ferro.


O alto forno foi evoluindo ao longo dos anos. Henry Cort, em 1784, aplicou novas técnicas que melhoraram a produção. Em 1826 o alemão Friedrich Harkot construiu um alto forno sin mampostería para humos.


Em finais do século XVIII e início do século XIX começou-se a empregar amplamente o ferro como elemento estrutural em pontes, edifícios e outros. Entre 1776 e 1779 se construiu a primeira ponte de ferro fundido por John Wilkinson e Abraham Darby. Na Inglaterra foi empregado pela primeira vez o ferro na construção de edifícios por Mathew Boulton e James Watt, no princípio do século XIX. Também são conhecidas outras obras deste século, como por exemplo, o "Palácio de Cristal" construído para a Exposição Universal de 1851 em Londres, do arquiteto Joseph Paxton, que tem uma armação de ferro, ou a Torre Eiffel, em Paris, construída em 1889 para a Exposição Universal, onde foram utilizadas milhares de toneladas de ferro.




Ogum dá aos homens o segredo do ferro.


Na Terra criada por Obatalá, em Ifé, os orixás e os seres humanos trabalhavam e viviam em igualdade. Todos caçavam e plantavam usando frágeis instrumentos feitos de madeira, pedra ou metal mole, por isso o trabalho exigia grande esforço.


Com o aumento da população de Ifé, a comida andava escassa, era necessário plantar uma área maior. Os orixás então se reuniram para decidir como fariam para remover as árvores do terreno e aumentar a área da lavoura.


Ossaim, o orixá da medicina, dispôs-se a ir primeiro e limpar o terreno, mas seu facão era de metal mole e ele não foi bem sucedido. Do mesmo modo que Ossaim, todos os outros orixás tentaram um por um e fracassaram na tarefa de limpar o terreno para o plantio.


Ogum, que conhecia o segredo do ferro, não tinha dito nada até então, quando todos os outros orixás tinham fracassado, Ogum pegou seu facão, de ferro, foi até a mata e limpou o terreno. Os orixá, admirados, perguntaram a Ogum de que material era feito tão resistente facão, Ogum respondeu que era de ferro, um segredo recebido de Orunmilá.


Os orixás invejavam Ogum pelos benefícios que o ferro trazia, não só à agricultura, mas como à caça e até mesmo à guerra. Por muito tempo os orixás importunaram Ogum para saber do segredo do ferro, mas ele mantinha o segredo só para si.


Os orixás decidiram então oferecer-lhe o reinado em troca de que ele lhes ensinasse tudo sobre aquele metal tão resistente, Ogum aceitou a proposta. Os humanos também vieram a Ogum pedir-lhe o conhecimento do ferro, e Ogum lhes deu o conhecimento da forja, até o dia em que todo caçador e todo guerreiro tiveram suas lanças de ferro.


Mas, apesar de Ogum ter aceitado o comando dos orixás, antes de mais nada ele era um caçador, certa ocasião, saiu para caçar e passou muitos dias fora numa difícil temporada, quando voltou da mata, estava sujo e maltrapilho. Os orixás não gostaram de ver seu líder naquele estado, eles o desprezaram e decidiram destituí-lo do reinado.


Ogum se decepcionou com os orixás, pois, quando precisaram dele para o segredo da forja, eles o fizeram rei e agora dizem que não era digno de governá-los, então Ogum banhou-se, vestiu-se com folhas de palmeira desfiadas, pegou suas armas e partiu, num lugar distante chamado Irê, construiu uma casa embaixo da árvore de acocô e lá permaneceu.


Os humanos que receberam de Ogum o segredo do ferro não o esqueceram. Todo mês de dezembro, celebram a festa de Iudê-Ogum. Caçadores, guerreiros, ferreiros e muitos outros fazem sacrifícios em memória de Ogum.



Ogum é o senhor do ferro para sempre.



Orixá Ocô cria a agricultura com ajuda de Ogum.


No princípio, havia um homem que se chamava Ocô, mas Ocô não fazia nada o dia todo, não havia o que fazer, simplesmente. Quando os alimentos na Terra escassearam, Olorum encarregou Ocô de fazer plantações, que plantassem inhame, pimenta, feijão e tudo mais que os homens comem.


Ocô gostou de sua missão, ficou todo orgulhosos, mas não tinha a menor idéia de como executá-la, até que viu, debaixo de uma palmeira, um rapaz que brincava na terra, com um graveto ele revolvia a terra e cavava mais fundo, Ocô quis saber o que fazia o rapaz. “Preparando a terra para plantar, para plantar as sementes que darão as plantas”, explicou o rapaz de pele reluzente. “Que sementes, se nem plantas ainda há?”, perguntou, incrédulo, Ocô. “Nada é impossível para Olodumare”, foi a resposta.


Começaram então a cavar juntos a terra, o graveto que usavam como ferramenta quebrou-se e passaram então a usar lascas de pedra, o trabalho, entretanto, não rendia e Ocô saiu a procura de alguma maneira mais prática.


Outro dia, quando Ocô voltou sem solução, o rapaz tinha feito fogo, protegendo-o com lascas de pedra, viram então que a pedra se derretia no fogo. A pedra líquida escorria em filetes que se solidificavam. “Que ótimo instrumento para cavar!”, descobriu efusivamente o inventivo rapaz. Ele pôde então usar o fogo e fazer lâminas daquela pedra, e modelar objetos cortantes e ferramentas pontiagudas.


Ele fez a enxada, a foice e fez a faca e a espada e tudo o mais que desde então o homem faz de ferro para transformar a natureza e sobreviver. O rapaz era Ogum, o orixá do ferro. Juntos resolveram a terra e plantaram e os alimentos foram abundantes.


E a humanidade aprendeu a plantar com eles, cada família fez a sua plantação, sua fazenda, e na Terra não mais se padeceu de fome, e Ocô foi festejando como Orixá Ocô, o Orixá da Fazenda, da plantação, pois fazenda é o significado do nome Ocô.


E Ogum e Orixá Ocô foram homenageados e receberam sacrifícios como os patronos da agricultura, pois eles ensinaram o homem a plantar e assim superar a escassez de alimentos e derrotar a fome.