CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

domingo, 31 de outubro de 2010

31 de Outubro dia nacional do Saci-Pererê


Origem da lenda do Saci, características principais, personalidade, histórias e lendas da floresta, folclore nacional, cultura popular do interior do Brasil, cultura afro-brasileira, Dia do Saci







Quem é o saci




O Saci-Pererê é um dos personagens mais conhecidos do folclore brasileiro.

Possuí até um dia em sua homenagem: 31 de outubro.

Provavelmente, surgiu entre povos indígenas da região Sul do Brasil, ainda durante o período colonial (possivelmente no final do século XVIII).

Nesta época, era representado por um menino indígena de cor morena e com um rabo, que vivia aprontando travessuras na floresta.



Porém, ao migrar para o norte do país, o mito e o personagem sofreram modificações ao receberem influências da cultura africana.

O Saci transformou-se num jovem negro com apenas uma perna, pois, de acordo com o mito, havia perdido a outra numa luta de capoeira.

Passou a ser representado usando um gorro vermelho e um cachimbo, típico da cultura africana.

Até os dias atuais ele é representado desta forma.



O comportamento é a marca registrada deste personagem folclórico.


Muito divertido e brincalhão, o saci passa todo tempo aprontando travessuras na matas e nas casas.

Assusta viajantes, esconde objetos domésticos, emite ruídos, assusta cavalos e bois no pasto etc.

 Apesar das brincadeiras, não pratica atitudes com o objetivo de prejudicar alguém ou fazer o mal.



Diz o mito que ele se desloca dentro de redemoinhos de vento, e para captura-lo é necessário jogar uma peneira sobre ele.

 Após o feito, deve-se tirar o gorro e prender o saci dentro de uma garrafa.

Somente desta forma ele irá obedecer seu “proprietário”.



Mas, de acordo com o mito, o saci não é voltado apenas para brincadeiras.


Ele é um importante conhecedor das ervas da floresta, da fabricação de chás e medicamentos feitos com plantas.


Ele controla e guarda os segredos e todos estes conhecimentos.


Aqueles que penetram nas florestas em busca destas ervas, devem, de acordo com a mitologia, pedir sua autorização. Caso contrário, se transformará em mais uma vítima de suas travessuras.



A crença neste personagem ainda é muito forte na região interior do Brasil. Em volta das fogueiras, os mais velhos contam suas experiências com o saci aos mais novos.


Através da cultura oral, o mito vai se perpetuando. Porém, o personagem chegou aos grandes centros urbanos através da literatura, da televisão e das histórias em quadrinhos.



Quem primeiro retratou o personagem, de forma brilhante na literatura infantil, foi o escritor Monteiro Lobato. Nas histórias do Sítio do Pica-Pau Amarelo, o saci aparece constantemente. Ele vive aprontando com os personagens do sítio.


A lenda se espalhou por todo o Brasil quando as histórias de Monteiro Lobato ganharam as telas da televisão, transformando-se em seriado, transmitido nas décadas de 1970-80.


 O saci também aparece em várias momentos das histórias em quadrinhos do personagem Chico Bento, de Maurício de Souza.



Dia do Saci



Com o objetivo de diminuir a importância da comemoração do Halloween no Brasil, foi criado em caráter nacional, em 2005, o Dia do Saci ( 31 de outubro). Uma forma de valorizar mais o folclore nacional, diminuíndo a influência do cultura norte-americana em nosso país.







Veja também:



Folclore Brasileiro







Para saber mais:



Indicação de leitura (bibliografia):



- A Lenda do Saci-pererê em Cordel - Coleção Mistura Brasileira

Autor: Marco Haurélio

Editora: Paulus



- O Saci-pererê - Resultado de um Inquérito

Autor: Monteiro Lobato

Editora: Editora Globo

sábado, 30 de outubro de 2010

Halloween


Dia das bruxas



Nota: Para outros significados de Halloween, veja Halloween (desambiguação).

Dia das bruxas

. Coca iluminada.

Também chamado por Haloween

Tipo Secular

Seguido por Mundial

Data 31 de Outubro

Início Amanhecer

Término Meia-noite

O Dia das Bruxas (Halloween é o nome original na língua inglesa) é um evento tradicional e cultural, que ocorre nos países anglo-saxônicos, com especial relevância nos Estados Unidos, Canadá, Irlanda e Reino Unido, tendo como base e origem as celebrações dos antigos povos (não existe referências de onde surgiram essas celebrações


Índice
1 História

2 Etimologia

3 Atualmente

4 Novos elementos do Halloween

5 Nota

6 Referências

7 Ligações externas





História



Um cartão comemorativo do Halloween.A origem do halloween remonta às tradições dos povos que habitaram a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C., embora com marcadas diferenças em relação às atuais abóboras ou da famosa frase "Gostosuras ou travessuras", exportada pelos Estados Unidos, que popularizaram a comemoração. Originalmente, o halloween não tinha relação com bruxas. Era um festival do calendário celta da Irlanda, o festival de Samhain, celebrado entre 30 de outubro e 2 de novembro e marcava o fim do verão(samhain significa literalmente "fim do verão").



A celebração do Halloween tem duas origens que no transcurso da História foram se misturando:



Origem Pagã

A origem pagã tem a ver com a celebração celta chamada Samhain, que tinha como objetivo dar culto aos mortos. A invasão das Ilhas Britânicas pelos Romanos (46 A.C.) acabou mesclando a cultura latina com a celta, sendo que esta última acabou minguando com o tempo. Em fins do século II, com a evangelização desses territórios, a religião dos Celtas, chamada druidismo, já tinha desaparecido na maioria das comunidades. Pouco sabemos sobre a religião dos druidas, pois não se escreveu nada sobre ela: tudo era transmitido oralmente de geração para geração. Sabe-se que as festividades do Samhain eram celebradas muito possivelmente entre os dias 5 e 7 de novembro (a meio caminho entre o equinócio de verão e o solstício de inverno). Eram precedidas por uma série de festejos que duravam uma semana, e davamo ao ano novo celta. A "festa dos mortos" era uma das suas datas mais importantes, pois celebrava o que para nós seriam "o céu e a terra" (conceitos que só chegaram com o cristianismo). Para os celtas, o lugar dos mortos era um lugar de felicidade perfeita, onde não haveria fome nem dor. A festa era celebrava com ritos presididos pelos sacerdotes druidas, que atuavam como "médiuns" entre as pessoas e os seus antepassados. Dizia-se também que os espíritos dos mortos voltavam nessa data para visitar seus antigos lares e guiar os seus familiares rumo ao outro mundo.



Origem Católica

Desde o século IV a Igreja da Síria consagrava um dia para festejar "Todos os Mártires". Três séculos mais tarde o Papa Bonifácio IV († 615) transformou um templo romano dedicado a todos os deuses ([[Panteão(Roma)
Panteão) num templo cristão e o dedicou a "Todos os Santos", a todos os que nos precederam na fé. A festa em honra de Todos os Santos, inicialmente era celebrada no dia 13 de maio, mas o Papa Gregório III(† 741) mudou a data para 1º de novembro, que era o dia da dedicação da capela de Todos os Santos na Basílica de São Pedro, em Roma. Mais tarde, no ano de 840, o Papa Gregório IV ordenou que a festa de Todos os Santos fosse celebrada universalmente. Como festa grande, esta também ganhou a sua celebração vespertina ou vigília, que prepara a festa no dia anterior (31 de outubro). Na tradução para o inglês, essa vigília era chamada All Hallow’s Eve (Vigília de Todos os Santos), passando depois pelas formas All Hallowed Eve e "All Hallow Een" até chegar à palavra atual "Halloween".



Etimologia

Posto que, entre o pôr-do-sol do dia 31 de outubro e 1° de novembro, ocorria a noite sagrada (hallow evening, em inglês), acredita-se que assim se deu origem ao nome actual da festa: Hallow Evening → Hallowe'en → Halloween. Rapidamente se conclui que o termo "Dia das bruxas" não é utilizado pelos povos de língua inglesa, sendo essa uma designação apenas dos povos de língua (oficial) portuguesa.



Outra hipótese é que a Igreja Católica tenha tentado eliminar a festa pagã do Samhain instituindo restrições na véspera do Dia de Todos os Santos. Este dia seria conhecido nos países de língua inglesa como All Hallows' Eve.



A relação da comemoração desta data com as bruxas propriamente ditas teria começado na Idade Média no seguimento das perseguições incitadas por líderes políticos e religiosos, sendo conduzidos julgamentos pela Inquisição, com o intuito de condenar os homens ou mulheres que fossem considerados curandeiros e/ou pagãos. Todos os que fossem alvo de tal suspeita eram designados por bruxos ou bruxas, com elevado sentido negativo e pejorativo, devendo ser julgados pelo tribunal do Santo Ofício e, na maioria das vezes, queimados na fogueira nos designados autos-de-fé.



Essa designação se perpetuou e a comemoração do halloween, levada até aos Estados Unidos pelos emigrantes irlandeses (povo de etnia e cultura celta) no século XIX, ficou assim conhecida como "dia das bruxas", uma lenda histórica.



Atualmente

Se analisarmos o modo como o Halloween é celebrado hoje, veremos que pouco tem a ver com as suas origens: só restou uma alusão aos mortos, mas com um carácter completamente distinto do que tinha ao princípio. Além disso foi sendo pouco a pouco incorporada toda uma série de elementos estranhos tanto à festa de Finados como à de Todos os Santos.



Entre os elementos acrescidos, temos por exemplo o costume dos "disfarces", muito possivelmente nascido na França entre os séculos XIV e XV. Nessa época a Europa foi flagelada pela Peste Negra e a peste bubônica dizimou perto da metade da população do Continente, criando entre os católicos um grande temor e preocupação com a morte. Multiplicaram se as Missas na festa dos Fiéis Defuntos e nasceram muitas representações artísticas que recordavam às pessoas a sua própria mortalidade, algumas dessas representações eram conhecidas como danças da morte ou danças macabras.



Alguns fiéis, dotados de um espírito mais burlesco, costumavam adornar na véspera da festa de finados as paredes dos cemitérios com imagens do diabo puxando uma fila de pessoas para a tumba: papas, reis, damas, cavaleiros, monges, camponeses, leprosos, etc. (afinal, a morte não respeita ninguém). Também eram feitas representações cênicas, com pessoas disfarçadas de personalidades famosas e personificando inclusive a morte, à qual todos deveriam chegar. Possivelmente, a tradição de pedir um doce, sob ameaça de fazer uma travessura (trick or treat, "doce ou travessura"), teve origem na Inglaterra, no período da perseguição protestante contra os católicos (1500 1700). Nesse período, os católicos ingleses foram privados dos seus direitos legais e não podiam exercer nenhum cargo público. Além disso, foram lhes infligidas multas, altos impostos e até mesmo a prisão. Celebrar a missa era passível da pena capital e centenas de sacerdotes foram martirizados.Produto dessa perseguição foi a tentativa de atentado contra o rei protestante Jorge I. O plano, conhecido como Gunpowder Plot ("Conspiração da pólvora"), era fazer explodir o Parlamento, matando o rei, e assim dar início a um levante dos católicos oprimidos. A trama foi descoberta em 5 de novembro de 1605, quando um católico converso chamado Guy Fawkes foi apanhado guardando pólvora na sua casa, tendo sido enforcado logo em seguida. Em pouco tempo a data converteu se numa grande festa na Inglaterra (que perdura até hoje): muitos protestantes a celebravam usando máscaras e visitando as casas dos católicos para exigir deles cerveja e pastéis, dizendo lhes: trick or treat(doce ou travessuras). Mais tarde, a comemoração do dia de Guy Fawkes chegou à América trazida pelos primeiros colonos, que a transferiram para o dia 31 de outubro, unindo a com a festa do Halloween, que havia sido introduzida no país pelos imigrantes irlandeses.Vemos, portanto, que a atual festa do Halloween é produto da mescla de muitas tradições, trazidas pelos colonos no século XVIII para os Estados Unidos e ali integradas de modo peculiar na sua cultura. Muitas delas já foram esquecidas na Europa



Novos elementos do Halloween

A celebração do 31 de Outubro, muito possivelmente em virtude da sua origem como festa dos druidas, vem sendo ultimamente promovida por diversos grupos neo-pagãos, e em alguns casos assume o caráter de celebração ocultista. Hollywood fornece vários filmes, entre os quais se destaca a série Halloween, na qual a violência plástica e os assassinatos acabam por criar no espectador um estado de angústia e ansiedade. Muitos desses filmes, apesar das restrições de exibição, acabam sendo vistos por crianças, gerando nelas o medo e uma idéia errônea da realidade. Porém, não existe ligação dessa festa com o mal. Na celebração atual do Halloween, podemos notar a presença de muitos elementos ligados ao folclore em torno da bruxaria. As fantasias, enfeites e outros itens comercializados por ocasião dessa festa estão repletos de bruxas, gatos pretos, vampiros, fantasmas e monstros, no entanto isso não reflete a realidade pagã.



Nota

A lanterna vegetal chamada de "jack o'lantern" em inglês, em português chama-se coca em Portugal e Abóbora do Dia das Bruxas no Brasil e é uma tradição ancestral.



Coca: papão; abóbora vazia (ou panela) com buracos representativos dos olhos e da boca com uma luz dentro, para meter medo, à noite; feiticeira.

Referências

↑ Gyles Brandreth (11 de Março de 2000). "The Devil is gaining ground" (em inglês). The Sunday Telegraph. Página visitada em 31 de Outubro de 2009..

↑ Halloween: Satan's New Year (2006) by Billye Dymally, Halloween: Counterfeit Holy Day (2005) by Kele Gershom, and Halloween: What's a Christian to Do? (1998) by Steve Russo. An opposing viewpoint is found in The Magic Eightball Test: A Christian Defense of Halloween and All Things Spooky (2006) by Lint Hatcher.

↑ Kevin Reece. ""School District Bans Halloween"" (em inglês). KOMO News. 24 de Outubro de 2004. (página da notícia visitada em 31 de Outubro de 2009)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

COMO SE PROTEGER DAS ENERGIAS NEGATIVAS !



Todos nós sabemos que as energias negativas são uma das maiores preocupações do ser humano, procurar fugir delas é besteira, ela nos alcança em qualquer lugar do planeta.


Mas podemos nos defender, começando a tomar uma séire de atitudes e providências.





CONHEÇA DIVERSAS DICAS PARA COMBATE-LAS.





1) NÃO TEMER NÍNGUÉM !



-Temer significa falta de fé.



-O medo faz com que baixemos o nosso campo vibracional, tornando-nos assim vulneráveis ás forças externas.

Sentir medo de alguém é dar um atestado de que ele é mais forte e poderoso, quanto mais você der forças ao opressor, mais ele se fortalecerá.



2) NÃO SINTA CULPA !



- Um dos maiores recursos usados pelos invejosos é fazer com que nos sintamos culpados pelas nossas conquistas.Não faça o jogo deles e saiba que o seu sucesso é merecido.



- Sustente suas vitórias sempre !



3) ADOTE UMA POSTURA ATIVA



Ao invés de pensar que alguém pode influencia-lo negativamente, por que não se adiantar e influência-lo beneficamente ?

Ou será que o mal dele é mais forte que o seu bem ?

por que será que nós sempre nos colocamos numa atitude passiva de vítima ?



- Antes que o outro nos alcance com a sua maldade, atinja-o antecipadamente com muita luz, pensamentos de paz e amor.



4) FIQUE SEMPRE DO SEU LADO !



-Auto-obsediar é não ouvir a voz da nossa alma, é dar mais valor a opinião dos outros.



-Os que enveredam por esse caminho acabam perdendo sua força pessoal e abrem as portas para toda sorte de pessoas dominadoras e energias de baixo nível.



- A força interior nossa defesa





5) SUBA PARA POSIÇÕES ELEVEDAS !



- Uma atmosfera de pensamentos e sentimentos de alto nível faz com que as baixas energias que tem pequeno alcance, não te atinjam.



6) FECHE-SE AS INFLUÊNCIAS NEGATIVAS



- Quando não puder ajudar, não meta-se.



- afastese de pessoas que não lhe acrescentam nada e só puxam para o lado negativo da vida, o mesmo vale para as leituras, filmes, novelas, programas de televisão, músicas... etc !



- afaste-se de passatempo de baixo nível e inutilidades.





- OBS !!!!!!



PARA SER FELIZ , NÃO PRECISA DE EMOÇÕES EXTREMAS.



VOCÊ, ANTES DE TUDO É FILHO DE OLODUMARÊ

( DEUS TODO PODEROSO )



O QUE MAIS VOCÊ PRECISA

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Efon a verdadeira história

Efon



Um pouco da história da chegada da nação Efon no Brasil



Efon é uma nação grande e com grandes orixás.


Na África a nação ainda existe, e lá ainda cultua-se muitos orixás que se perderam no caminho para o Brasil. Devido a influência Keto, a nação de Efon, perdeu um pouco de sua raiz, que hoje tento resgatar.




De uma forma simples e resumida tentaremos contar a história da casa que é o berço dos Efon no Brasil, o "Asé Yangba Oloroke ti Efon" ou simplesmente como é chamado o Terreiro do Oloroke situado à Rua Antonio Costa (antiga travessa de Oloke) nº 12, no bairro do Engenho Velho de Brotas - Salvador - Bahia, para que quando alguém ouvir falar de nosso Asé, saibam quem somos e de onde viemos.





Em primeiro lugar vamos à origem na África, mais exatamente em Ekiti-Efon (não confundir com Ifon, a terra de Osalufon) no Brasil usa-se o termo "Lokiti Efon" e onde reina absoluta aquela que é a rainha da nação no Brasil, Efon, ou seja, Osun. Pois é bom esclarecer que Osun, nossa matriarca, é nascida em Ekiti-Efon, onde ela era considerada a mãe de Logum Edé, Yemoja e do Awujale de Ijebu-Ere, no estado de Ekiti (Onadele Epega).


 Para concluir podemos traduzir o nome da divindade Efon dos tempos Lailai como sendo Osun, nome de seu rio e onde guardava seus tesouros, companheira inseparável de Oloroke que é seu pai, ficando assim esclarecido o porque da casa chamar-se terreiro do Oloroke e Osun ser a dona do Asé, sendo ele louvado juntamente com Osun nos nossos principais ritos.



Pois bem, foi desta localidade, que veio para o Brasil na condição de escravos por volta de 1850 o fundador da nação no Brasil, um Tio Africano , chamado José Firmino dos Santos, mais conhecido como, Tio Firmo (Oxum Tadê) que veio da região de Ijesá que inclui Adô Ekiti, Ifon, Akurê, Ilesa, Ikirê, Ekiti Efon etc.

Sua cidade natal seria Ilesá na antiga Ijesá onde foi iniciado para Oxum, e foi na cidade de Ifon que ele se iniciou em Ifá e recebeu o nome de Baba Erufá.



                                                                       Maria Violão





 Juntamente com ele, veio uma uma princesa do Ekiti-Efon , de nome Maria da Paixão(Adebolu), mais conhecida como Maria Violão, trouxe como orixá particular rei da nação, Olorokê (Aquele que é cultuado no alto). Como Adebolu, seu nome, significa A coroa que cobre a terra símbolo real por excelência.




Por volta de 1860 Tio Firmo e Maria Bernarda fundam o Asé Oloroke no engenho velho de Brotas, onde encontra-se até hoje, plantando ali o Asé de Osun e com isto além de fundar uma casa fundam também a Nação Efon.



Mais tarde tio Firmo passa a viver maritalmente com Maria Bernarda da Paixão que era sua governanta e passam a dividir as funções do Asé.






Acredita-se que nesta época ambos já eram libertos.

Os Igbas ou assentamentos dos orixás foram trazidos da África e estão até a presente data preservados no Ile. La encontra-se a Osun de Tio Firmo e Oloke de Maria Bernarda entre outros.

Apesar da libertação dos escravos, a perseguição a cultos Afros foi intensa e conta-se que Tio Firmo foi preso por várias vezes.

A árvore do Iroko, um dos símbolos da casa, foi plantada após a libertação dos escravos, mas bem no final do século XIX, e a muda do Iroko veio da Casa de Osumare.



Outra história interessante do Iroko do terreiro do Oloroke, é que onde ele foi plantado era caminho das pessoas, pois ainda não haviam muros nem cercas e foi debaixo do Iroko da casa, que a finada Mãe Runho da nação Jeje deu a luz a Nicinha Lokosi e esta informação pode ser confirmada por Nenê de Osagiyan neto carnal de Runho e por outros antigos ligados ao Bogun.



Tio firmo vindo a falecer por volta de 1905 , fica a frente do Ase., Maria da Paixão (Adebolu). Maria Violão iniciou várias pessoas entre os quais podemos citar Mãe Milu que foi a Ya kekere do Asé, Matilde de Jagun (Baba Oluwa) sua sucessora e terceira mãe da casa,Cristóvão Lopes dos Anjos (Ogun Anauegi) , Celina de Yemonja (esposa de Cristóvão), Paulo de Sango, filho carnal de Mãe Milu, Crispina de Ogun, a quinta pessoa a governar o Asé, e muitos outros.







Matilde Muniz Nascimento




No dia 4 de outubro de 1936 morre Maria Bernarda da Paixão aos 94 anos de idade. Após muitas divergências assume a casa Matilde de Jagun, Baba Oluwa, que fez muitos iyawo entre os quais Noélia de Osun e Emiliana também de Osun. Tia Matilde tinha vontade que Waldemiro de Xangô (Obálokitiassi) feito na casa por Cristóvão Lopes dos Anjos (Ogun Anauegi) e que tomou 7 anos com ela assumise o Ase quando ela fosse. Mãe Matilde vem a falecer no dia 30 de outubro de 1970 aos 67 anos de idade.



Cristovão Lopes





Após o falecimento de Matilde quem assume a casa é Cristóvão de Ogun que faleceu no dia 23 de setembro de 1985 aos 83 anos de idade. Após a morte de Cristóvão, a casa do Ase ficou fechada. Waldemiro de Xangô (Obálokitiassi) Baiano comprou a terra que fica o barracão, tentando assim levar à frente para que o Ase não acabe.



Baiano então reabre o Ase e senta na cadeira Mãe Crispina de Ogun. Após a morte de Mãe Crispina, a cadeira está a espera de uma nova Yalorisa ou Babalorisa até a data de hoje.



Eu também que sou feito desta nação com muito orgulho, estou resgatando tudo que estava se perdendo por causa da influência do Keto, para que a nação e o axé não se acabe.



OBS.: Acabar em termos, pois enquanto existir Oxum, Logun Edé, Olorokê, Olokê e outros orixás exclusivos desta nação ela não acabará.



A nação de Efon é pequena no Brasil mas tem grandes orixás.

Cante com a gente



A INJÔ LAYÓ



OMÓ EFON FARAYÓ



( DANCE COM A FELICIDADE

OS FILHOS DE EFON SÃO INICIADOS PARA A FELICIDADE )

Arquétipo Das Pessoas Regidas Pelo Orixá

ARQUÉTIPOS


Com o passar do tempo, a definição e a concepção do que é o orixá no Brasil


tendem a evoluir.


Em se tratando de africanos escravizados no Novo Mundo, ou de


seus descendentes aí nascidos, sejam ele de sangue africano ou mulatos, tão claros


de pele quanto possível, não havia e não há problemas, pois o sangue africano que


corre em suas veias, não importando a proporção , justifica a dependência ao orixá


– ancestral.

Progressivamente, o candomblé viu aumentar o número de seus adeptos, não


somente mulatos cada vez mais claros, como também de europeus, e até de


asiáticos, absolutamente destituídos de raízes africanas.


Os transes de possessão dessas pessoas têm geralmente um caráter de perfeita


autenticidade, mas parece difícil incluí-los na definição acima apresentada: a do


orixá-ancestral que volta à terra para se reencarnar, durante um momento, no


corpo de um de seus descendentes.


Embora os crentes não- africanos não possam reivindicar laços de sangue com os


seus orixás, pode haver, no entanto, entre eles, certas afinidades de


temperamento.


Africanos e não – africanos têm em comum tendências inatas e um

comportamento geral correspondente àquele de um orixá, como a virilidade


devastadora e vigorosa de Xangô, a feminilidade elegante e coquete de Oxum, a
sensualidade desenfreada de Oiá Iansã, a calma benevolente de Nanã Buruku, a
vivacidade e a independência de Oxóssi, o masoquismo e o desejo de expiação de


Omolu, etc.

Gisele Cossard observa que ”se se examinarem os iniciados agrupando – os pôr


orixás, nota –se que eles possuem, geralmente, traços comuns, tanto no biótipo


como em características psicológicas.


Os corpos parecem trazer, mais ou menos


profundamente, segundo os indivíduos, a marca das forças mentais e psicológicas


que os anima”.

Podemos chamar essas tendências de arquétipos da personalidade escondida das


pessoas.

Dizemos escondida porque não há nenhuma dúvida, certas tendências

inatas não podem desenvolver – se livremente dentro de cada um, no decorrer de
sua existência, se elas entrarem em conflito coma as regras de conduta, admitidas


nos meios em que vivem.


A educação recebida e as experiências vividas, muitas


vezes alienantes, são as fontes seguras de sentimentos de frustração e de


complexos,e conseqüentes bloqueios e dificuldades.


Se uma pessoa, vítima de problemas não – solucionados, é “escolhida” como filho


ou filha de santo pelo orixá, cujo arquétipo corresponde a essas tendências


escondidas, isso será para ela a experiência mais aliviadora e reconfortante pela


qual possa passar. No momento do transe, ela experiência mais aliviadora e


reconfortante pela qual possa passar. No momento do transe, ela comporta – se ,


inconscientemente, como o orixá, seu arquétipo, e é exatamente a isso que a


aspiram as suas tendências secretas e reprimidas.


Toda essa experiência permanecendo no domínio do inconsciente, o resultado da


intervenção do orixá pode ser comparado ao dos psicodramas de Moreno, com a


diferença, porém, que, ao invés de ser um processo que tende a liberar um doente


de suas angústias, no meio deprimentes de uma clínica, o inexprimível é mais


poeticamente exteriorizado numa atmosfera de agradável exaltação, no decorrer de


uma brilhante festa, onde reina a amigável aprovação de admiradores fascinados.


Os arquétipos de personalidade das pessoas não são rígidos e uniformes como os


descritos nos capítulos seguintes, pois existem nuances provenientes da


diversidade de “qualidades” atribuídas a cada orixá. Oxum, pôr exemplo, pode ser


guerreira, coquete ou maternal, dependendo do nome que leva. Como veremos,,


diz – se que há doze Xangôs, sete Oguns sete Iemanjás, dezesseis Oxalás (na


África eles seriam cento e cinqüenta e quatro), tendo cada um suas características


particulares. Eles são, segundo os casos jovens ou velhos ,amáveis ou ranzinzas,


pacíficos ou guerreiros, benevolentes ou não.


No Brasil, além do mais, cada indivíduo possui dois orixás.


Um deles é mais


aparente aquele que pode provocar crises de possessão , o outro é mais discreto e


é “assentado”, fixado, acalmado.


Apesar disso, ele influencia também o


comportamento das pessoas. O caráter particular e diferenciado de cada indivíduo

resulta da combinação e o equilíbrio que se estabelecem entre esses elementos da


personalidade.


Bibliografia Livro: Orixás Autor: Pierre Fatumbi Verger


Tradução: Maria Aparecida da Nobrega


Editora: Corrupio


. 01/08/2002 Arquétipo das pessoas regidas pelo Orixá Exú O arquétipo de Exú é muito comum em nossa sociedade, onde proliferam pessoas


com caráter ambivalente, ao mesmo tempo boas e más, porém com inclinação para


a maldade, o desatino, a obscenidade, a depravação e a corrupção. Pessoas que


têm a arte de inspirar confiança e dela abusar, mas que apresentam, em


contrapartida, a faculdade de inteligente compreensão dos problemas dos outros e


a de dar ponderados conselhos, Com tanto mais zelo quando maior a recompensa


esperada. As cogitações intelectuais enganadoras e as intrigas políticas lhes


convêm particularmente e são, para elas, garantias de sucesso na vida.


Bibliografia: Livro: Orixás Autor: Pierre Fatumbi Verger


Tradução: Maria Aparecida da Nóbrega


Editora Corrupio


. 01/08/2002 Arquétipos da pessoas regidas pelo Orixá Ogum O arquétipo de Ogum é o das pessoas violentas, briguentas e impulsivas, incapazes


de perdoarem as ofensas de que foram vítimas. Das Pessoas que perseguem


energeticamente seus objetivos e não se desencorajam facilmente. Daqueles que


nos momentos difíceis triunfam onde qualquer outro teria abandonado o combate e


perdido toda esperança. Das que possuem humor mutável, passando de furiosos


acessos de raiva ao mais tranqüilo dos comportamentos. Finalmente, é o arquétipo

das pessoas impetuosas e arrogantes, daquelas que se arriscam a melindrar os
outros por uma certa falta de discrição quando lhe prestam serviços, mas que,

devido à sinceridade e franqueza de suas intenções, tornam-se difíceis de serem odiadas Bibliografia: Livro: Orixás Autor: Pierre Fatumbi Verger


Tradução: Maria Aparecida da Nóbrega


Editora Corrupio


. 01/08/2002 Arquétipo das pessoas regidas pelo Orixá Oxossi O arquétipo de Oxossi é o das pessoas espertas, rápidas, sempre alerta e em


movimento. São pessoas cheias de iniciativa e sempre em vias de novas


descobertas ou de novas atividades. Têm o senso da responsabilidade e dos


cuidados para a família . São generosas, hospedeiras e amigas da ordem, mas


gostam muito de mudar de residência e achar novos meios de existência em


detrimento, algumas vezes, de uma vida doméstica harmoniosa e calma.


Bibliografia: Livro: Orixás Autor: Pierre Fatumbi Verger


Tradução: Maria Aparecida da Nóbrega


Editora Corrupio


. 01/08/2002 Arquétipo das pessoas regidas pelo Orixá Xangô O arquétipo de Xangô é aquele das pessoas voluntariosas e enérgicas, altivas e


conscientes de sua importância real ou suposta. Das pessoas que podem ser


grandes senhores, corteses, mas que não toleram a menor contradição, e, nesses


casos, deixam-se possuir por crises de cólera, violentas e incontroláveis. Das


pessoas sensíveis ao charme do sexo oposto e que se conduzem com tato e


encanto no decurso das reuniões sociais, mas que podem perder o controle e


ultrapassar os limites da decência. Enfim, o arquétipo de Xangô é aquele das


pessoas que possuem um elevado sentido da sua própria dignidade e das suas


obrigações, o que as leva a se comportarem com um misto de serenidade e


benevolência, segundo o humor do momento, mas sabendo guardar, geralmente,


um profundo e constante sentimento de justiça


Bibliografia: Livro: Orixás Autor: Pierre Fatumbi Verger


Tradução: Maria Aparecida da Nóbrega


Editora Corrupio






.

Personalidade dos filhos de Exú Orixá



Exu (o orixá), diferentemente dos outros orixás, era pobre, desprovido de bens, de "pontos de força", como os rios, o mar, as montanhas e nem mesmo uma missão específica ele possuía.

 Isso o fazia andar para lá e para cá, tal qual os andarilhos que conhecemos hoje em dia.

Mas eis que um dia Exu resolveu visitar Oxalá e ao vê-lo ali, entretido, criando os homens e as mulheres e ficou fascinado com esse trabalho, passando a visitá-lo com uma frequência maior que os outros orixás, que apareciam, ficavam umas poucas horas e iam embora.

 Ao contrário dos outros, Exu ficou na casa de Oxalá por 16 anos, prestando muita atenção e aprendendo como Oxalá fazia o seu trabalho.

Ele não perguntava nem opinava, apenas observava.


Não querendo perder tempo em seu importante trabalho, Oxalá pediu a Exu que ficasse na encruzilhada por onde passavam aqueles que vinham visitá-lo e que só deixasse passar quem levasse uma oferenda a Ele (Oxalá), que trabalhava cada vez mais e não queria entreter-se com visitas.

E assim agiu Exu, coletando as oferendas que os outros orixás deixavam para Oxalá, entregando-lhe posteriormente.




Exu fazia tão bem o seu trabalho que Oxalá decidiu recompensá-lo da seguinte forma: quem viesse até Oxalá, teria que entregar algo a Exu também. E quem estivesse voltando da casa de Oxalá, deveria agir da mesma forma.





Como bom guardião, Exu defendia a passagem, espantava os indesajáveis e assim tornou-se forte, rico e poderoso, ganhando o domínio sobre as encruzilhadas, que tornaram-se o seu "ponto de força". Hoje nada se faz sem antes agradar a Exu.




Arquétipo de Exú: magros, altos, sorridentes, extrovertidos demais, alegres, ambiciosos, com fé na vida, esperançosos para melhorar e positivos.



OS FILHOS DE EXÚ NO AMOR



O HOMEM DE EXÚ

Exu, o Orixá do sexo, da procriação e da fertilidade, faz de seus filhos homens com enorme poder de sedução. Cabe a ele o papel de dar continuidade à espécie. Justamente por ser extremamente sensual, e também por ser versátil, será capaz de agir dessa forma com várias pessoas ao mesmo tempo. O mais interessante de tudo é que ele dificilmente se afasta definitivamente das mulheres com quem manteve vínculos amorosos e sexuais. Por esta razão, não é difícil reconquistá-lo, principalmente se ele se deu bem sexualmente com essa parceira interessada em tê-lo de volta.

AFINIDADES:- Com mulheres de Oxum, Oxumaré, Oyá e Oxóssi.





A MULHER DE EXÚ





Assim como o homem de Exú, a mulher é dotada de muita sensualidade. Mas esta é uma característica que ela não deixa transparecer com facilidade. Pelo contrário, tentará escondê-la atrás de uma imagem bastante reservada. Poderá fazer isso durante toda vida se não se sentir segura com seu companheiro. E segurança emocional para uma filha de Exú significa encontrar um homem que desenvolva com ela uma grande cumplicidade. Aí sim ela se soltará e se mostrará como realmente é: extremamente sensual. Só que para revelar-se plenamente deverá ser conduzida, porque a filha de Exú costuma ser passiva nas artes do amor.

AFINIDADES:- Com homens de Oxum, Oxumaré, Oyá e Oxóssi.

Mensagens a todos os adeptos e simpatizante do cultos aos Orixás !

Ela começa em uma noite escura e assustadora, daquelas de arrepiar os pelos do corpo.


Realmente o Sol tinha se escondido nesse dia, e a Lua, tímida, teimava em não iluminar com seus encantadores raios, brilhosos como fios de prata, a morada dos Orixás.

 Nessa estranha noite, Ogum, o Orixá das "guerras", saiu do alto ponto onde guarda todos os caminhos e dirigiu–se ao mar. Lá chegando, as sereias começaram a cantar e os seres aquáticos agitaram–se. Todos adoravam Ogum, ele era tão forte e corajoso.

Yemanjá que tem nele um filho querido, logo abriu um sorriso, aqueles de mãe "coruja" quando revê um filho que há tempos partiu de sua casa, mas nunca de sua eterna morada dentro do coração. — Ah Ogum, que saudade, já faz tanto tempo! Você podia vir visitar mais vezes sua mãe, não é mesmo? — ralhou Yemanjá, com aquele tom típico de contrariedade.— Desculpe, sabe, ando meio ocupado. — Respondeu um triste Ogum.— Mas, o que aconteceu? Sinto que estás triste. — É, vim até aqui para "desabafar" com você "mãezinha". Estou cansado! Estou cansado de muitas coisas que os encarnados fazem em meu nome.

Estou cansado com o que eles fazem com a "Espada da Lei", que julgam carregar. Estou cansado de tanta demanda. Estou muito mais cansado das "supostas" demandas, que apenas existem dentro do íntimo de cada um deles... Estou cansado...Ogum retirou seu elmo, e por de trás de seu bonito capacete, um rosto belo e de traços fortes pôde ser visto. Ele chorava. Chorava uma dor que carregava há tempos.

Chorava por ser tão mal compreendido pelos humanos. Chorava por ninguém entender, que se ele era daquele jeito, protetor e austero, era porque em seu peito a chama da compaixão brilhava. E, se existe um Orixá leal, fiel e companheiro, esse Orixá é Ogum. Ele daria a própria Vida, por cada pessoa da humanidade, não apenas pelos filhos do Axé. Não! Ogum amava a humanidade, amava a Vida. Mas infelizmente suas atribuições não eram realmente entendidas.

 As pessoas não viam em sua espada, a força que corta as trevas do ego, e logo a transformavam em um instrumento de guerra. Não via nele a potência e a força de vencer os abismos profundos, que criam verdadeiros vales de trevas na alma de todos. Não viam em sua lança, a direção que aponta para o autoconhecimento, para iluminação interna e eterna. Não! Infelizmente ele era entendido como o "Orixá da Guerra", um homem impiedoso que utiliza–se de sua espada para resolver qualquer situação. E logo, inspirados por isso, lá iam os filhos de fé esquecer dos trabalhos de assistência a espíritos sofredores, a almas perdidas entre mundos, aos trabalhos de cura, esqueciam do amor e da compaixão, sentimentos básicos em qualquer trabalho espiritual, para apenas realizarem "quebras e cortes" de demandas, muitas das quais nem mesmo existem, ou quando existem, muitas vezes são apenas reflexos do próprio estado de espírito de cada um.

E mais, normalmente, tudo isso torna–se uma guerra de vaidade, um show "pirotécnico" de forças ocultas. Muita "espada", muito "tridente", muitas "armas", pouco coração, pensamento elevado e crescimento espiritual. Isso magoava Ogum. Como magoava: — Ah, filhos de Axé, por que vocês esquecem que o Axé é pura força e simplesmente amor e caridade? A minha espada sempre protege o justo, o correto, aquele que trabalha pela luz, fiando seu coração em Olorum.

Por que esquecem que a Espada da Lei só pode ser manuseada pela mão direita do amor, insistindo em empunhá-la com a mão esquerda da soberbia, do poder transitório, da ira, da ilusão, transformando-a em apenas mais uma espada semeadora de tormentos e destruição... Então, Ogum começou a retirar sua armadura, que representava a proteção e firmeza no caminho espiritual que esse Orixá traz para nossa vida. E totalmente nu ficou frente à Yemanjá. Cravou sua espada no solo. Não queria mais lutar, não daquele jeito. Estava cansado...


Logo um estrondo foi ouvido e o querido, mas também temido Xapanã apareceu. E por incrível que pareça o mesmo aconteceu. Ele não agüentava mais ser visto como uma divindade da peste e da magia negativa. Não entendia, como ele, o guardião da Vida podia ser invocado para atentar contra Ela. Magoava–se por sua alfanje da morte, que é o princípio que a tudo destrói, para que então a mudança e a renovação aconteçam, ser tão temida e mal compreendida pelos homens.

Ele também deixou sua alfange aos pés de Yemanjá, e retirou seu manto escuro como a noite. Logo se via o mais lindo dos Orixás, aquele que usa uma cobertura para não cegar os seus filhos com a imensa luz de amor e paz que se irradia de todo seu ser. A luz que cura, a luz que pacifica, aquela que recolhe todas as almas que se perderam na senda do Criador. Infelizmente os filhos de fé esquecem-se disso... Mas o mais incrível estava por acontecer. Uma tempestade começou a desabar aumentando ainda mais o aspecto incrível e tenebroso daquela estranha noite.

E todos os outros Orixás começaram a aparecer, para logo, começarem também a despir suas vestimentas sagradas, além de deixarem ao pé de Yemanjá suas armas e ferramentas simbólicas. Faziam isso em respeito a Ogum e Omulu, dois Orixás muito mal compreendidos pelos filhos de santo. Faziam isso por si próprios. Iansã queria que as pessoas entendessem que seus ventos sagrados são o sopro de Olorum, que espalha as sementes de luz do seu amor.

Oxossi queria ser reverenciado como aquele que, com flechas douradas de conhecimento, rasga as trevas da ignorância. Um a um, todos foram se despindo e pensando quanto os filhos de Axé compreendiam erroneamente os Orixás. Yemanjá, totalmente surpresa e sem reação, não sabia o que fazer. Foi quando uma irônica gargalhada cortou o ambiente.

 Era Exu. O controvertido Orixá das encruzilhadas, o mensageiro, o guardião, também chegava para a reunião, acompanhado de Pombagira, sua companheira eterna de jornada. Mas os dois estavam muito diferentes de como normalmente se apresentam.

Andavam curvados, como que segurando um grande peso nas costas. Tinham na face, a expressão do cansaço. Mas, mesmo assim, gargalhavam muito. Eles nunca perdiam o senso de humor! E os dois também repetiram aquilo que todos os Orixás foram fazer na casa de Yemanjá.

 Despiram–se de tudo. Exu e Essa, sem dúvida, eram os que mais razões tinham de ali estarem. Inúmeros eram os absurdos cometidos por humanos em nome deles. Sem contar o preconceito, que o próprio filho de santo ajudou a criar, dentro da sociedade, associando–o a figura do Diabo:—Hahaha, lamentável essa situação, hahaha, lamentável! —Exu chorava, mas Exu continuava a sorrir. Essa era a natureza desse querido Orixá.

Yemanjá estava desesperada! Estavam todos lá, pedindo a ela um conforto. Mas nem mesmo a encantadora Rainha do Mar sabia o que fazer:— Espere! Pensou Yemanjá! — Oxalá, Oxalá não está aqui! Ele com certeza saberá como resolver essa situação. E logo Yemanjá colocou-se em oração, pedindo a presença daquele que é o Rei entre os Orixás. Oxalá apresentou-se na frente de todos.

Trazia seu opaxorô, o cajado que sustenta o mundo. Cravou ele na Terra, ao lado da espada de Ogum. Também despiu-se de sua roupa sagrada, pra igualar-se a todos, e sua voz ecoou pelos quatro cantos do Orun: —Olorum manda uma mensagem a todos vocês meus irmãos queridos! Ele diz para que não desanimem, pois, se poucos realmente os compreendem, aqueles que assim o fazem, não medem esforços para disseminar essas verdades divinas.


Fechem os olhos e vejam, que mesmo com muita tolice e bobagem relacionada e feita em nossos nomes, muita luz e amor também está sendo semeado, regado e colhido, por mãos de sérios e puros trabalhadores nesse às vezes triste, mas abençoado planeta Terra.

 Esses verdadeiros filhos de fé que lutam por um Axé sério, sem os absurdos que por aí acontecem. Esses que muito além de "apenas" prestarem o socorro espiritual, plantam as sementes do amor dentro do coração de milhares de pessoas. Esses que passam por cima das dificuldades materiais, e das pressões espirituais, realizando um trabalho magnífico, atendendo milhares na matéria, mas também, milhões no astral, construindo verdadeiras "bases de luz" na crosta, onde a espiritualidade e religiosidade verdadeira irão manifestar-se.



 Esses que realmente nos compreendem e buscam-nos dentro do coração espiritual, pois é lá que o verdadeiro Orun reside e existe. Esses incríveis filhos de Axé, que não colocam as responsabilidades da vida deles em nossas costas, mas sim, entendem que tudo depende exclusivamente deles mesmos. Esses fantásticos trabalhadores anônimos, soltos pelo Brasil, que honram e enchem o Axé de alegria, fazendo a filhinha mais nova de Olorum brilhar e sorrir...





Quando Oxalá se calou os Orixás estavam mudados. Todos eles tinham suas esperanças recuperadas, realmente viram que se poucos os compreendiam, grande era o trabalho que estava sendo realizado, e talvez, daqui algum tempo, muitos outros iriam se juntar nesse ideal. E aquilo os alegrou tanto que todos começaram a assumir suas verdadeiras formas, que são de luzes fulgurantes e indescritíveis. E lá, do plano celeste, brilharam e derramaram-se em amor e compaixão pela humanidade.






Na Terra, baianos, marinheiros, boiadeiros, ciganos e todos os povos de Axé, sorriam. Aquelas luzes que vinham lá do alto os saudavam e abençoavam seus abnegados e difíceis trabalhos. Uma alegria e bem–aventurança incríveis invadiram seus corações. Largaram as armas. Apenas sorriam e abraçavam-se. O alto os abençoava...





Mas, uma ação dos Orixás nunca fica limitada, pois é divina, alcançando assim, a tudo e a todos. E lá no baixo astral, aqueles guardiões e guardiãs da lei nas trevas também foram alcançados pelas luzes Deles, os Senhores do Alto. Largaram as armas, as capas, e lavaram suas sofridas almas com aquele banho de luz. Lavaram seus corações, magoados por tanta tolice dita e cometida em nome deles. Exus e Essas, naquele dia foram tocados pelo amor dos Orixás, e com certeza, aquilo daria força para mais muitos milênios de lutas insaciáveis pela Luz.





Milhares de espíritos foram retirados do baixo–astral, e pela vibração dos Orixás puderam ser encaminhados novamente à senda que leva ao Criador.

 E na matéria toda a humanidade foi abençoada. Aos tolos que pensam que Orixás pertencem a uma única religião ou a um povo e tradição, um alerta. Os Orixás amam a humanidade inteira, e por todos olham carinhosamente. Aquela noite que tinha tudo para ser uma das mais terríveis de todos os tempos, tornou–se benção na vida de todos. Do alto ao embaixo, da esquerda até a direita, as egrégoras de paz e luz deram as mãos e comungaram daquele presente celeste, vindo diretamente do Orun, a morada celestial dos Orixás.





Vocês, filhos de Axé, pensem bem! Não transformem O Candomblé em geral em um campo de guerra, onde os Orixás são vistos como "armas" para vocês acertarem suas contas terrenas. Muito menos se esqueçam do amor e compaixão, chaves de acesso ao mistério de qualquer um deles. Candomblé é simples, é puro sentimento, alegria e razão. Lembrem–se disso.





E quanto a todos aqueles, que lutam por um Candomblé serio, esclarecido e verdadeiro, independente da linha seguida, lembrem–se das palavras de Oxalá ditas linhas acima.


Não desanimem com aqueles que vos criticam, não fraquejem por aqueles que não têm olhos para ver o brilho da verdadeira espiritualidade. Lembrem–se que vocês também inspiram e enchem os Orixás de alegria e esperança.



A todos, que lutam pelo Candomblé nessa Terra de Orixás, esse texto é dedicado. Honrem a Eles. Sejam LUZ, assim como Eles São! Axé pra quem é de Axé !!!

Personalidade dos filhos de Ogum


O Homem de Ogum



Ele é confiante ,entusiasmado, generoso ,solidário , enérgico ,ousado,ativo em seu lado positivo e pode também ser intolerante,violento,impulsivo,obstinado,egoísta e exigente em seu lado negativo.



A mulher de Ogum



Elas são sinceras,encantadoras,vigorosas,corajosas,entusiasmadas,românticas que são qualidades que excedem seu lado negativo já que ela também pode ser mandona,irritada e impulsiva.


O Físico e o Temperamento



O filho e a filha de ogum são geralmente magros e altos (pode haver exceções).Apesar de ser um pouco tímido e discreto quase nunca passa despercebido.



O temperamento reflete o vigor físico do filho de Ogum :ele está sempre em atividade, é determinado e criador. O espírito de competição é evidente e a impaciência e as frustrações ao perder criam mais incentivo para ele seguir em frente.



Ele não reflete sobre os riscos de uma ação, pois é impetuoso e impulsivo e está sempre travando batalhas.



Sem o impulso e a coragem de Ogum a humanidade demoraria muito para alcançar o progresso . é ele o desbravador , aquele que abre o caminho para quem vem atrás. Moises é uma personalidade típica de Ogum :sua ira ao quebrar as tábuas da lei divina ,a coragem para dirigir seu povo numa viagem para o desconhecido , o poder a ele atribuído de abrir caminhos são atributos de um homem de Ogum.



Como todo homem possui seus defeitos o filho de Ogum considera apenas seu próprio ponto de vista, seguir metas que lhe são importantes sem considerar todos os que direta ou indiretamente estão envolvidos com ele.



Os desafios aguçam o espírito combativo de Ogum e o modo dele utilizar a sua força pode parecer, aos olhos de quem não o compreende bem,altivez e arrogância.



Qualquer forma de limite representa uma prisão para uma pessoa regida por ogum. Ele precisa se enxergar livre para ir e vir a vontade.não consegue expandir sua alegria ,força e energia em um ambiente restritivo e sempre igual. A novidade serve de estímulo à ação.



Com capacidade de liderar e coragem suficiente para enfrentar qualquer missão ,consegue reunir a sua volta pessoas que colaboram com ele por prazer sentindo-se revitalizadas pelas qualidades magnéticas e energéticas dessa personalidade tão forte.



Sem aceitar palpites no que faz , ele franco e rude ao impor a sua vontade aos seus subordinados. É capaz de castigar prontamente qualquer falha , mas seu perdão vem depressa e logo pede desculpas quando se excede no seu comportamento.



Gosta da verdadePersonalidade dos filhos de Ogum acima de tudo, nunca fala por trás de alguém , suas críticas são abertas, pois detesta dissimulação.



Amor e Casamento



Quem consegue cativar e manter junto a si um filho de ogum tem o privilégio de saber que jamais será enganado.nunca ouvirá desculpas esfarrapadas para explicar onde ele esteve ou o que fez.o filho de Ogum não mente,ele diz a verdade espera ser acreditado.qualquer duvida irá ofende-lo.



Quando um filho de Ogum encontra uma pessoa de temperamento cordato , porém que possua opiniões fortes e próprias ele fica feliz. Se essa pessoa souber se manter equilibrada na difícil corda bamba que é agradar sem ceder, ela conseguirá manter o relacionamento vivo.o filho de ogum não gosta de oessoas sem idéias próprias, vai querer para companheiro (a) alguém que as possua em quantidade, mas que também saiba expô-las de modo especial.



Saúde



A saúde de um filho de Ogum é boa .ele é resistente e sua constituição forte evita as doenças.os pontos fracos dele são as articulações,as dores de cabeça ,as febres fortes.



Quando está doente o filho de ogum não quer ficar em repouso .é muito trabalhoso convence-lo a descansar e dar tempo ao seu corpo para se recuperar.só fica na cama quando está verdadeiramente mal ,aí então fala pouco e fica nervos com a obrigação em parar para se refazer.



Seus problemas de saúde são mais para o tipo violento e repentino do que para doenças crônicas e demoradas.



As doenças nervosas como ulceras, esgotamentos e depressão são menos comuns, mas podem atingi-lo se ele cometer excessos de trabalho ou for mal sucedido em seus empreendimentos.

Personalidade dos filhos de Oxóce

O homem de Oxóssi




Pouco conservador possui múltiplos interesses não analisa qualquer assunto por um tempo maior, sua atuação seria, partindo do interesse que algo lhe provoca, observar, emitir um conceito próprio e ir adiante, atrás de novidade.

Não consegue se deter tempo suficiente para conhecer profundamente algum assunto,mais conhece um pouco de tudo.

 Gosta de companhia, faz parte do seu temperamento alegre. As crianças o adoram, dá bastante liberdade e as estimula a variar a suas atividades, embora seja falho no lado disciplinar. Não é ciumento e não quer ser alvo de ciúmes nem quer que sua liberdade seja tolhida por causa dele, alguns filhos de Oxóssi com problemas emocionais e profissionais passam por períodos de depressão, pode ser vitima de tramas traiçoeiras e pode ter atos e palavras mal interpretados.







Mulher de Oxóssi



A filha de Oxóssi é uma intelectual, embora administre bem o seu lar passa pouco tempo dentro dele, prefere o ambiente profissional ou a vida em sociedade. O homem que se casa com essa mulher casa com muitas mulheres diferentes ao mesmo tempo, pode surpreender sempre é criativa divertida, curiosa por qualquer novidade, fiel e dedicada, variar é seu ponto forte a parte física de uma relação é a que menos interessa a mulher de Oxóssi ela se aproxima de alguém que a atraia mental e espiritualmente. Gosta de discutir é muito temperamental é petulante e fala para ferir quando está brigando. Como mãe é maravilhosa. Ensinara os filhos a independência, será imaginativa e amorosa e organizara para eles muitas atividades estimulantes . A traição não está na natureza da filha de Oxóssi ela já mais sacrificaria lar e filhos por uma aventura.


O Físico e o Temperamento



Seus filhos são alegres e joviais, muito falantes, nervosos e inseguros ,embora não transmitam essas emoções, pelo contrário sua companhia é agradável e estimulante. A simpatia que ele irradia faz com que sempre esteja rodeado por um grupo ativo e dinâmico. Místicos e intuitivos, são dotados de notável rapidez mental, gostam de ouvir conselhos e orientações, mas esquecem tudo na hora de agir, torna-se então precipitado e sem lógica por vezes indeciso, acompanhá-lo não é fácil.



Tem muitos amigos, mas não gosta de intimidade excessiva, é amável e acolhedor, mas reserva-se bastante. Deixa-se levar por elogios, o que lhe traz alguns dissabores, fala e escreve muito bem, exímio coordenador de atividades, distribui bem as tarefas de cada um, só que para ele nunca sobra nada para fazer embora pareça ser o mais ativo de todos. É inventivo e original em seus planos, é astuto e sagaz, mas também é impaciente com os lentos, com os calmos e reflexivos, deixando para trás aqueles que não acompanham seu ritmo ativo. Movimento e mudanças são uma constante para ele, suas idéias mudam quando menos se espera,nada está estabelecido, tudo é passível de sofrer alterações. Aprecia discussões pelo prazer de vencer intelectualmente idéias opostas as suas, é afetuoso generoso e sensível, mas atitudes apaixonadas e ardentes não fazem parte deste arquétipo, ele se interessa mais pelos aspectos intelectuais em suas relações. A monotonia entedia o filho de Oxossi, que precisa sempre ser estimulado, esses estímulos são trazidos pelas inovações e mudanças, assim ele consegue manter-se interessado e produzir. Como é um pensador independente tem dificuldade em aceitar opiniões diferentes das suas, trabalhar em equipe é desgastante se tiver que enfrentar conflitos constantes.



Amor e Casamento



Muito sentimentais, os filhos de Oxóssi precisam do conforto do amor, mas quando se envolve e percebe que sua liberdade fica comprometida recua assustado, mas quando bem harmonizado intelectualmente, e sentindo-se livre mantém-se num relacionamento estável. Provavelmente, quem inventou o casamento em casas separadas foi um filho de Oxóssi . Sua personalidade independente exige que ele tenha um canto só seu onde nada e ninguém o perturbe, ali ele se reequilibra e recupera seu delicado sistema nervoso, ele é como o mercúrio: ele desliza, é difícil mante-lo estável , quando é comprimido foge e se divide, só pode ser controlado, nunca pressionado. É atraído pela beleza, pelo otimismo, pela inteligência e pelo bom humor. Aprecia que seu companheiro tenha interesses diversos dos seus, sente-se então enriquecido pelas experiências que lhe são relatadas, os desafios em conjunto o fascinam, já uma pessoa rígida com poucos objetivos pessoais o entedia. A vida familiar pode ser uma boa base para o filho de Oxóssi, desde que seja estimulado em suas idéias e tenha livre expressão o convívio com a família será revigorante para ele. Os assuntos secretos, o ocultismo e o esoterismo o atraem, um relacionamento cármico será possível para ele, pois está aberto a reconhecê-lo em todos os níveis, tirando dele o aprendizado necessário. A vida amorosa não tem para ele a mesma importância que para os filhos de outros Orixás. Com o tempo alguns podem até decidir se tornarem celibatários por convicção.



Trabalho e Dinheiro



O filho de Oxóssi tem aptidões múltiplas, gosta do estímulo mental constante e procura sempre novidade no que faz, essas características norteiam sua vida profissional. Quando tem um projeto em andamento, sua atividade redobra e é capaz de gastar muita energia para desenvolvê-lo. O esgotamento que a dedicação intensa ao trabalho provoca é capaz de afetar seu sistema nervoso sensível.



O filho deste Orixá precisa aprender que para construir uma carreira bem sucedida é preciso que ele seja prático no seu idealismo, essa realidade é às vezes um pouco difícil de ser encarada por ele. O perfeccionismo, a minuciosidade e a imaginação que põe em seu trabalho faz com que seja o melhor em sua especialidade. Responsabilidades monótonas e burocráticas deprimem o seu espírito, ele está melhor situado em um trabalho onde puder traçar planejamentos e realizar mudanças. Toma decisões rapidamente é e bom para enfrentar crises, mas distraído com pequenos detalhes.



Saúde



O sistema nervoso do filho de Oxóssi é muito sensível, é o primeiro a refletir o seu desequilíbrio físico. A insônia é um problema pra esse filho, pois impede que repouse seu cérebro ativo como deveria, ele raramente consegue dormir o necessário. Acidentes, ferimentos, contusões, pancadas que atingem seus ombros, braços, mãos e dedos são freqüentes, bem como danos às pernas e aos pés. Os pulmões, intestinos e o estomago são órgãos que costumam apresentar alguma fragilidade. Artrite e o reumatismo também podem afligir a saúde dos filhos de Oxóssi.

domingo, 24 de outubro de 2010

Personalidade dos filhos de Logum Edé

Arquétipo de Logun-Odé :

                                           é muito orgulhoso de seu corpo - a atual política de cultivo do corpo poderia ser regida por Logun Odé. É sedutor, vaidoso, preguiçoso e ciumento.


São tipos ambivalentes, podendo ser bem educados, bem humorados, refrescantes como a folha de Odundun e a água, mas também serem sombrios como os antepassados.

Orixá Logun Odé é responsável por tonturas e desmaios o que pode ser confundido com provocações dos Eguns.
 Seu culto na África está quase que extinto, porém na Bahia mantem-se vivo.

Seus filhos não podem usar vermelho.







OS FILHOS DE LOGUM ODÉ NO AMOR


O HOMEM DE LOGUN EDÈ
É um homem com detalhes especiais no campo amoroso. Aparentemente tímido, na realidade, da mesma forma que seu orixá, espreita seu alvo(pessoa) até ter certeza que sua flecha não o errará. Não gosta de ser rejeitado e por esta razão joga de forma tática e matreira na conquista. Ele é aquele homem que entra por último num "papo", depois de certificar que pode dominar o assunto. Por ser um caçador nato, este homem não solta sua presa e consequentemente é super-ciumento... seu amor é seu amor e pronto! Seus pontos fracos são a vaidade, o "estômago", o verde e um sexo "agitadinho". Sexualmente é passivo e gosta de ser trabalhado, sendo que gosta de ser agarrado, apertado,beijado e mordido. Mas depois de tudo, gosta mesmo é de um carinho...

AFINIDADES:- Com mulheres de Yemanjá, Oxanguian,Ewá, Oxumaré, Nanan, Oxalá, Oxum, Oxóssi, Oyá, Exu e Ogun.





A MULHER DE LOGUN-ODÉ

É a mulher que sustenta qualquer "parada" de um homem. Ela nasceu macho dentro do corpo de uma linda mulher-menina, aparentemente auto-suficiente. Mas, na realidade ela e de disputar qualquer situação e entregar-se totalmente quando ama, demonstrando uma surpreendente possessividade e o maior ciúme que já existiu no Mundo. Ela tem que ser bem manuseada por gostar de se sentir nas mãos de um "forte". Ela é a mulher que sempre irá dormir agarradinha ao seu homem de tal forma que, mesmo dormindo, ainda dará beijinhos em quem ama. Geralmente tem o corpo farto, com seios, pernas, coxas e quadris de chamar a atenção. Seus pontos fracos são a inteligência do homem,um sexo super-ativo, um beijo meloso, as festas e muita fartura.


AFINIDADES:- Com homens de Yemanjá, Oxanguian, Ewá, Oxunmaré, Nanan, Oxalá, Oxum, Oxóssi, Oyá, Exu e Ogun.

Personalidade dos filhos de Nanã

              
NANÃ, dona dos pântanos e da sabedoria


Divindade antiqüíssima da África, Nanã Buruku é a uma senhora turrona, firme nas suas opiniões e um pouco ranzinza. É considerada a avó dos orixás.

• A HISTÓRIA: conta a lenda que todos os grandes homens das tribos da África, os imalés, se reuniram para decidir quem era o mais valente dos orixás. Louvaram Obatalá, o criador dos seres humanos, falaram das qualidades de Orumilá, o senhor do destino, exaltaram a força de Xangô, o justiceiro, e enfatizaram a importância de Exu, o grande mensageiro divino. Mas, ao fim, decidiram escolher Ogum como o mais forte. Nanã fez um muxoxo. “Quem é esse tal de Ogum? O que ele faz?”, perguntou ela. Os chefes contaram como Ogum criou os instrumentos de agricultura e as armas da guerra, pois é o senhor dos metais. “Os seres humanos dependem dele para sobreviver”, justificaram. “É pouco”, resmungou Nanã. E decidiu que não ia render homenagem a Ogum. Paciente, o grande orixá da guerra resolveu intervir. “Nanã, fui escolhido por bravos guerreiros para ser homenageado. É justo que a senhora também o faça”, ponderou. “De jeito nenhum. Não concordo com a decisão”, disse a velha. E assim ficaram por horas discutindo. Até que, para forçá-la a mudar de idéia, Ogum lançou uma maldição: “Se for assim, de agora em diante, a senhora e seus filhos não poderão mais usar meus metais para guerrear e caçar. Quero ver como vão se arranjar”. “Dá-se um jeito”, disse ela, teimosa. Até hoje, os filhos de Nanã não usam metais no terreiro e suas oferendas não podem ser cortadas com faca. A comida oferecida é feita com colheres de pau.



• CARACTERÍSTICAS: cheias de autoridade, as filhas de Nanã parecem emanar a majestade das velhas rainhas. Ninguém ousa brincar com elas – nem elas gostam disso. Senso de humor não é seu forte, embora às vezes nem percebam esse seu jeito austero. Mesmo quando jovens e bonitas, parecem ter a maturidade, a prudência e a sabedoria das mulheres idosas. Porém são teimosas: quando decidem algo, não voltam atrás.



• CONSELHO: procure a companhia de gente mais jovem, experimente trabalhos corporais que dissolvam a rigidez do corpo e tente ver com mais compreensão os pontos de vista dos outros. Dançar também ajuda muito a devolver a alegria.

Personalidade dos filhos de Ossânym

arquétipo de Ossain é das pessoas de caráter equilibrado, capazes de controlar seus sentimentos e emoções.

Daquelas que não deixam suas simpatias e antipatias intervirem nas suas decisões ou influenciarem as suas opiniões sobre pessoas e acontecimentos.

É o arquétipo dos indivíduos cuja extraordinária reserva de energia criadora e resistência passiva ajuda-os a atingir os objetivos que fixaram.

Daqueles que não têm uma concepção estrita e um sentido convencional de moral e da justiça.

 Enfim, daquelas pessoas cujos julgamentos sobre os homens e as coisas são menos fundados sobre as noções de bem e de mal do que sobre as de eficiência".






DEFENSOR DA NATUREZA.





Observador, calado, atormentado, incansável, debochado,

saudosista, nervoso e intransigente.



Seus filhos tem certa atração pela religiosidade e pelos aspectos ritualísticos da realidade em geral.0 tipo psicológico dos filhos de OSSAIN tem um temperamento secreto e imprevisível, ele se esconde, "põe outro na frente porque não gosta de aparecer". Do ponto de vista morfológico, é delicado e frágil; às vezes quando velhos, torna-se manco ou aleijado. É discreto, calado, nada conta de sua vida e faz questão de preservar sua liberdade. Desligado dos aspectos triviais da vida cotidiana, quando persegue a solução de algum problema científico ou filosófico esquece de alimentar-se. É sensível, generoso, compassivo, ama os animais, sobretudo, os pássaros. Reservados, estudiosos, sinceros e obedientes, dono de grande poder de persuasão, os regidos por este Orixá, são sensitivos, equilibrados e não confiam facilmente nos outros a fim de preservar seus segredos, pois são extremamente misteriosos e não são influenciáveis. Cientistas natos adoram criar e descobrir coisas novas

Mas, possuem aspectos negativos, podem ser feiticeiros, são traiçoeiros, misteriosos, capazes de qualquer maldade para ter aquilo que querem. Não fazem muitos amigos, nem suas amizades são duradouras, são volúveis e raramente bem sucedidos no amor.
Osanyin




Osanyin é o orixá das folhas medicinais e litúrgicas.



A sua importância é fundamental, pois nenhuma cerimônia pode ser feita sem a sua presença, sendo ele o detentor do axé - o poder - imprescindível até mesmo aos próprios deuses.

As folhas nascidas das árvores e as plantas constituem uma emanação direta do poder sobrenatural da terra fertilizada pela chuva (água-sêmem) e, com esse poder, a ação das folhas podem ser múltiplos, para diversos fins.

As folhas como as escamas e penas, são e representam o procriado. Elas representam o "sangue-preto", axé do culto.

Òsányin possui um poder ao mesmo tempo benéfico e perigoso. O Eye é um pássaro que o representa, o Igbá Òsányin é seu emblema, confeccionado com ferro, e simboliza uma árvore de sete ramos com um pássaro em sua haste central, o ferro reforça a ligação com o axé do preto mineral, e o pássaro é a relação folha-pena e elemento procriado. Nada se faz no candomblé sem este orixá, as folhas sagradas, para tudo se usa, na iniciação há um boorí específico para Òsányin, a cabeça do neófito é lavada com um líquido composto de folhas associadas a diversos orixás, mas dependentes, em última instância, para seu efeito, da colaboração de Òsányin. Há um encarregado de recolher as folhas frescas no mato e prepará-las, é chamado Olósàyin.

Òsányìn vive na floresta em companhia de àroni, um anãozinho de uma perna só que fuma um cachimbo feito de casca de caracol enfiado num talo oco cheio de suas folhas favoritas.A sua importância é fundamental, pois nenhuma cerimônia pode ser feita sem a sua presença, sendo ele o detentor do axé - o poder - imprescindível até mesmo aos próprios deuses.







Seu maior símbolo..........ramo com folhas, pássaro

Suas plantas...................quebra-pedra, mamona, pitanga, jurubeba, coqueiro, café

Seu dia...........................quinta-feira

Sua cor...........................verde e rosa, ou amarelo, marrom

Seu mineral.....................estanho

Seus elementos................terra

Saudação........................Euê Ô !

Domínios:......................a mata virgem, o axé das ervas

Comidas:........................canjiquinha, pamonha, inhame, bolos de feijão e arroz, farofa de fubá; abacate

Animais:........................pássaros

Quizilas..........................ventania, jiló

Características.................reservado, voltado para pesquisas e ciências, intuitivo, traiçoeiro.

O que faz : ..................dá força curativa às ervas medicinais.

Riscos de saúde...............fraqueza geral, pressão alta, tensão que pode causar estafa.

Personalidade dos filhos de Omolú


CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OBALUAIÊ-OMOLÚ




São pessoas que ocultam sua individualidade sob uma máscara de austeridade.

Têm muita dificuldade em se relacionar, pois são muito fechados e de pouca conversa.

Geralmente apaixonam-se por pessoas totalmente diferentes de si próprias, isto é, por figuras extrovertidas e sensuais. Gostam de ver o ser amado brilhar, embora o invejem.

Os filhos de Obaluaiê são irônicos, secos e diretos. Não são pessoas de levar desaforos para casa e nem de falar pelas costas.Odeiam fofocas e vulgaridades do gênero.A solidão é muito peculiar a essas pessoas, devido à sua própria personalidade. Não se sentem satisfeitos quando a vida corre normalmente, precisam mostrar seu sofrimento, exagerando, muitas vezes, nesse tipo de comportamento. São pessoas firmes e decididas, que lutam para conseguir seus objetivos.Geralmente, não sentem medo da morte, pois, no fundo de seu ser, compreendem que ela é apenas uma renovação.Os descendentes desse orixá são muito independentes e têm a necessidade de crescer com suas próprias forças e recursos.Apresentam pouco brilho em seu rosto e um semblante sério, com raros momentos de descontração. Parece que eles carregam, sobre os ombros, todo o sofrimento do mundo. Adoram fazer caridade e aliviar o sofrimento das pessoas.Os filhos de Obaluaiê têm muita afinidade com profissões ligadas à área médica. Muitas dessas pessoas, devido à influência do seu orixá, que comanda os eguns, podem ter experiências sobrenaturais, como visões, sonhos, etc.Uma característica negativa, que pode aparecer nos filhos de Obaluaiê, é o masoquismo.

Personalidade dos filhos de Oxumarê



O Arquétipo dos seus filhos








Como é de costume a todas as divindades originárias do daomé (cultura Jeje), é relativamente difícil estabelecer um arquétipo específico de comportamento associado ao orixá, já que ele é misterioso e cheio de sombras em seus mitos. Os filhos de Oxumarê são bem mais difíceis de serem reconhecidos do que os guerreiros filhos de Iansã, os calmos e sábios filhos de Oxalá e os maternais e familiares filhos de Yemanjá, por exemplo. Mesmo assim, algumas características básicas podem ser listadas. Há porém, divergências em relação às suas características ao consultarmos autores diferentes. Para uns Oxumarê é associado à riqueza: “Oxumarê é o arquétipo das pessoas que desejam ser ricas; das pessoas pacientes e perseverantes nos seus empreendimentos e que não medem sacrifícios para atingir seus objetivos”. Para certos autores os filhos de Oxumarê possuem o dom da vidência. Quando vivia na Terra, Oxumarê previa tudo, adivinhava o que ia acontecer, a tal ponto que não era mais possível viver. Os deuses então decidiram mantê-lo afastado dos homens, pois a clarividência total acaba transformando-se em maldição. A seu pedido, Oxumarê obteve a autorização de descer na terra de três em três anos, o que talvez explique parte do mistério referente ao culto deste orixá e também sua rara participação nos jogos de búzios, onde os orixás em geral se revezam nas respostas – mas é raro se encontrar uma resposta de Oxumarê. Seus filhos estão entre aquelas pessoas que, de tempo em tempos, mudam tudo em sua vida: mudam de casa, de emprego, como se ciclos se sucedessem sempre, obrigatoriamente, exigindo e provocando um rompimento com o passado e iniciando diuturnamente a busca de um novo equilíbrio, até o momento da real mudança. Também são apontados nos filhos de Oxumarê certos traços de orgulho e de ostentação, algo que os aproxima do clichê do novo-rico exibicionista. A androginia do orixá por vezes é estendida a seus filhos. Estes, segundo alguns historiadores seriam bissexuais em potencial, mas essa interpretação não é aceita universalmente, tendo alguns sacerdotes especificado que não há ligação possível entre papel, preferência sexual e orixá. Fisicamente são pessoas que se movimentam de forma leve, pouco levantando os pés do chão, sugerindo mesmo a idéia que rastejam. São pessoas que apesar do descrito anteriormente, tem uma grande energia nervosa e necessitam se movimentar, agilidade, indo de um lado para outra. São pessoas que como a cobra, armam seus botes de forma silenciosa, e atacam só quando tem certeza da vitória. São pessoas difíceis de se relacionarem devido a grande facilidade de mudarem tudo de uma hora para outra. São pessoas fechadas e apesar da família e dos amigos são muito fechados e quase sempre obrigatoriamente solitários. Além da tendência de serem esguios a terem pele oleosa, talvez bastante escorregadia, outra característica física saliente que possuem é o olhar, já que olhos de cobra, grandes e um pouco salteados.






OXUMARÊ – A Dualidade Presente






Oxumarê é um Orixá bastante cultuado no Brasil, apesar de existirem muitas confusões a respeito dele, principalmente nos sincretismos e nos cultos mais afastados do candomblé tradicional africano como a Umbanda. A confusão começa a partir do próprio nome, já que parte dele também é igual ao nome do orixá feminino Oxum, a senhora das águas doces. Algumas correntes da Umbanda, inclusive, costumam dizer que Oxumarê é uma das diferentes formas e tipos de Oxum, mas no candomblé tradicional tal associação é absolutamente rejeitada. São divindades distintas, inclusive quanto aos cultos e à origem. Em relação a Oxumarê, qualquer definição mais rígida é difícil e arriscada. Não se pode nem dizer que seja um orixá masculino ou feminino, pois ele é as duas coisas ao mesmo tempo: metade do ano é macho, a outra metade é fêmea. Por isso mesmo a dualidade é o conceito básico associado a seus mitos e a seu arquétipo. Essa dualidade onipresente faz com que Oxumarê carregue todos os opostos e todos os antônimos básicos dentro de si: bem e mal, dia e noite, macho e fêmea, doce e amargo, etc.... Nos seis meses em que é uma divindade masculina, é representado pelo arco-íris que, segundo algumas lendas é aponte que possibilita que as águas de Oxum sejam levadas ao castelo no céu de Xangô. Nos seis meses subseqüentes, o orixá assume a forma feminina e se aproxima de todos os opostos do que representou no semestre anterior. É então uma cobra, obrigado a se arrastar agilmente tanto na terra como na água, deixando as alturas para viver sempre junto ao chão. Sob essa forma, segundo alguns mitos, Oxumarê encarna sua figura mais negativa, provocando tudo que é mau e perigoso. Oxumarê é o orixá do movimento, da ação, da eterna transformação, do contínuo oscilar entre um caminho e outro que norteia a vida humana. É o orixá da tese e da antítese. Por isso, seu domínio se estende a todos os movimentos regulares, que não podem para, como a alternância entre chuva e bom tempo, dia e noite, positivo e negativo. Certas casas de Umbanda e certos zeladores tem em seus cultos a não presença do orixá Oxumarê. Ledo engano aqueles que pensam que Oxumarê não faz parte dos cultos de Umbanda. É o orixá das sete cores do arco-íris, e por isso traz na sua essência as sete linhas dentro de Umbanda. É o orixá das cores e de tudo o que é belo. Não existe altar sem rosas e não existe rosa sem cor. Ai está presente Oxumarê. Em termos superficiais, pode-se também associar o arco-íris ao bem e a cobra ao mal por que se o primeiro é uma imagem colorida, bonita, que traz o prazer estético as pessoas, o segundo é um animal perigoso, que pode levar o homem a morte. Outra fonte de identificação a respeito do Orixá vem das contradições existentes em suas lendas. Acontece que a origem do Orixá é uma de uma cultura diferente da maior parte doso orixás cultuados no Brasil e na própria África. Oxumarê é uma divindade originária da cultura do daomé, região centro-norte da África. Há séculos tal civilização foi dominada pelos iorubás, povo mais primitivo no sentido de organização social e visão religiosa, mas, em compensação, mais poderoso em termos de organização militar. Como aconteceu com Roma e Grécia, a dominação política de uma sociedade menos rica em produções culturais ou no terreno da superestrutura em geral fizeram com que os mitos dos daomeanos não fossem apenas reprimidos. Pelo contrário os iorubás não tentaram impor sua cultura ao povo dominado. Ficaram , na verdade, impressionados com sua cosmologia e tentaram assimilá-la, principalmente nas figuras que não fossem formas semelhantes a divindades que também possuíssem. Ao mesmo tempo, há uma diferença básica entre a cultura do Daomé e o ponto de vista dos iorubás sobre as divindades em geral. Se as figuras guerreiras de um Ogum sensual e arrebatado, de uma Iansã explícita e franca ou de uma Oxum espertamente maliciosa e diplomática são fáceis de serem compreendidas, formando arquétipos claros, os orixás do Daomé são mais soturnos, misteriosos. Suas lendas não os apresentam completamente como as lendas dos nagôs. Fica sempre um território um pouco escondido, algo secreto, misterioso, no comportamento deles, toda uma faixa de ambigüidade que não permite uma definição tão certeira e simples como dos orixás do país Yorubá. Os deuses do Daomé são mais punitivos, circunspectos, austeros e vingativos. Não são apenas levados pela passionalidade das figuras mais comuns do mundo iorubá, que da mesma forma que punem arrasadoramente, dramaticamente se arrependem do que fizeram aos seres humanos. Não, Oxumarê, Iroko, Omulu, Obaluaiê e Nanã, os orixás do Daomé mais conhecidos e cultuados, castigam quando dispostos ou provocados, mas raramente se arrependem e não possuem as falhas humanas risíveis e humanizadoras das figuras do panteão iorubá. Por ser comum seu “aparecimento” como cobra e como arco-íris nos rios e cachoeiras, Oxumarê costuma receber suas oferendas nesses locais, outro fator a aumentar a confusão que se estabelece entre ele e Oxum, que também é cultuada nesses ambientes.







O Culto ao Orixá



Oxumarê, como a maior parte dos orixá daomeanos e, principalmente, como outros orixás cujo habitat preferencial é a floresta (Ossain, Oxóssi) por exemplo, e comemorado cerimonialmente às terças feiras (certas nações dão a quarta feira junto com Xangô e Iansã). Como é produto da cultura do Daomé, sua mãe, ao contrário de Yemanjá mãe de praticamente todos os orixás iorubás – com exceção de Logunedé, filho de Oxóssi e Oxum – é a austera Nanã Buruku. Seu pai, não existente na cultura matriarcal dos daomeanos, tornou-se pela assimilação cultural nagô Oxalá, a figura masculina de mais destaque desta cultura. Seu elemento é todo o tipo de movimento constante, de substituição, ruptura, fim, mudança e reinicio. Seu domínio é o arco-íris e a cobra. As contas de Oxumarê denotam sua dualidade pois possuem duas cores e verde e o amarelo. O sincretismo é raro, mas quando acontece, a figura associada ao orixá do arco-íris é a de São Bartolomeu. Para ele são sacrificados bodes, galos e galinhas d’angola (conquíns). As suas comidas ritualísticas podem ser o feijão com milho, a pipoca, azeite, camarões além dos bolos de batata doce com formas de cobras e poços. Seu instrumento é o cacho sagrado das sete cores do arco-íris. Sua saudação é Arrôboboi!!!